Capítulo 15 - Declan Salvatore

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Acordei decidido que beijaria a Emily hoje e foi isso que fiz. Achei que depois do beijo essa minha obsessão morreria, mas foi totalmente ao contrário, só cresceu.

Queria muito conversar com ela agora, pois amanhã preciso viajar para a França e só volto segunda-feira. Porém não estamos em um local certo para isso.

E pra falar a verdade ainda estou me acostumando com todos esses sentimentos, falei para ela confiar em mim, sendo que nem eu mesmo confio.

Tive que me separar dela para dar atenção aos patrocinadores do evento e agora não a acho mais.

Vejo o Sam com a Rebecca perto do bar e me aproximo.

— Vocês viram a Emily? — pergunto.

— Não. — responde o Sam.

— Eu vi ela conversando com uma loira lá na área externa. — diz Rebecca.

Sam me olha no mesmo instante.

— A loira, com que roupa ela tava? — pergunto.

— Um vestido branco. — responde Rebecca.

— Merda. — me afasto dele e caminho para área externa.

Não vejo as duas em lugar algum aqui fora. Entro novamente a procuro por Emily. A Hanna é uma manipuladora e mentirosa, seja lá o que ela falar para a Emy espero que não escute.

— Procurando seu novo acessório? — escuto a voz de Hanna atrás de mim.

Me viro e a encaro.

— O que você disse a ela? — aumento o tom da voz.

— Não te interessa lindo, o que importa é que estou com saudades, vamos embora daqui e ir a um hotel, o que acha? — fala colocando os braços ao redor do meu pescoço.

Seguro seu braço com força tirando eles de mim.

— Hanna... — tento me acalmar. — Dá pra ir se oferecer a outro? Já te disse que não transo com a mesma pessoa duas vezes, com você não seria diferente. Agora vê se me esquece sua maluca. — solto seu braço.

Me afasto antes que faça besteira.

Procuro novamente pela Emily e a acho sentada em um das cadeiras de frente ao palco que acontecerá o leilão.

Caminho até ela que não nota minha presenca até que eu me sente ao seu lado.

Apoio minha mão nas suas pernas e lhe olho de lado.

— Emy... — ela me interrompe.

— Quem é a loira obssecada? — pergunta sem me olhar.

Penso antes de responder.

— Transei com ela a muito tempo atrás... Desde de lá, ela não me deixa em paz, seja pessoalmente ou por mensagens. — sou sincero.

Ela vira o rosto me olhando nos olhos.

— Você deixou que isso acontecesse, ela te manda mensagem porque você não bloqueia, ela veio aqui porque você chamou. Então não reclame dizendo "ela não me deixa em paz". — desvia o olhar.

Ela tem razão e... caramba... ela tá com ciúmes de mim? Sorrio.

— Emy, só você importa agora. Seja lá o que ela te disse... Não absorve. — viro seu rosto na minha direção. — Você é tudo o que eu quero no momento. — aliso seu rosto.

— Até quando Declan? — pergunta.

Suspiro pensando no que falar.

— Não quero conversar sobre isso agora. — falo olhando ao redor.

As pessoas começam a chegar sentando nas cadeiras.

— Vem, não quero você aqui no meio dessas pessoas. — pego na sua mão lhe puxando.

— O que tem elas? — pergunta olhando ao redor.

— Tem muito homem que não presta, aqui. Não quero nenhum deles rondando o que é meu. — falo olhando nos seus olhos.

— Como se você prestasse. — fala com um sorrisinho debochado no rosto.

Ignoro a provocação e lhe guio para as primeiras fileiras em frente ao palco. A deixo do lado do Sam e da Rebecca.

— Cuidado pra não mostrar demais. — falo olhando para suas pernas.

— Claro, senhor. — fala num tom de ironia.

Me afasto e subo para o palco. Falo um pequeno discurso, desço e me sento ao lado da Emily. Logo em seguida começa o leilão.

...

Fazem exatamente três horas que o evento começou, o leilão acabou, agora estão todos dançando e bebendo. Tive que me afastar novamente da Emily para ter umas conversas chatas com alguns convidados.

— Ei. — escuto Sam me chamando.

Me viro em sua direção.

— Acho melhor você ficar perto da Emily. Tem um cara lá... — antes que termine de falar me afasto indo em direção dela.

Olho ao redor e lhe acho sentada no bar de costas para mim, ao seu lado está um funcionário meu.

Caminho na direção deles com o sangue fervendo. Vejo ele colocar a mão em sua perna e caminho mais rápido.

— Você quer perder a porra da mão? — falo tirando sua mão da perna dela.

— Deeeclan. — fala Emily com a voz enrolada.

Ela está um pouco bêbada.

Você, está demitido. — aponto para seu peito. — Vaza.

— Chefe... — o homem tenta falar.

— Você quer morrer? Eu tô muito afim de matar alguém. — falo me aproximando dele.

Ele me olha alguns segundo e se afasta.

— Você tá querendo brincar com o perigo? — falo para Emily assim que o homem sai de perto.

— Vem, vamo acabar logo com isso. Depois você se livra de mim. — fala tentando me puxar, mas não saio do canto.

— Acabar com o que? — pergunto confuso.

— Vamos transar logo, assim eu deixo de ser seu objeto da vez. — suspira. — Escutei alguém me chamando de garota de programa. — fala com a expressão de nojo.

— Quem foi? — pergunto com raiva.

— Não me lembro, não importa. Vem. — tenta me puxar novamente.

— Emily, olhe pra mim. — lhe seguro com força. — Nós não vamos transar agora, você não é o que essas pessoas disseram. Já disse que conversamos sobre isso depois, mas vou logo avisando, você é minha, então não fique de gracinha com homens, ainda mais estando bêbada. Ouviu? — olho nos seus olhos.

— Não sou sua. — fala se soltando.

Ainda não, cachinhos dourados. — sorrio.

— Que seja... vou pra casa. — fala se afastando.

Lhe puxo de volta.

— Você vai sozinha? Cadê a Rebecca? — olho ao redor.

— Provavelmente transando com o Sam. — fala sorrindo.

Não duvido, pelo jeito que conversavam durante todo o evento...

— Eu te levo. — começo a andar segurando sua mão.

— Declan, eu já sou bem grandinha. Sei o caminho de casa mesmo estando um pouco bêbada. — termina de falar e quase tropeça.

— Tem certeza? Porque não parece. — viro o rosto lhe olhando de lado enquanto caminho.

Andamos até o meu carro, abro a porta para que entre, depois dou a volta e entro. Dirigo até sua casa e ficamos em silêncio o caminho todo.

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Aiai esse Declan.🥵😅

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Você Pode Me Consertar? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora