Capítulo 12 - Declan Salvatore

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Por que inventei de beber no meio da semana? Desligo o despertador que toca alto piorando minha dor de cabeça.

Me levanto indo fazer a mesma rotina que faço toda manhã. Termino tudo, desço as escadas pra preparar meu café.

Assim que me sento pra comer, pego meu celular e vejo que tenho duas mensagens. Uma do Sam e outra da Hanna. Lá vem...

Abro primeiro q do Sam:

Sam: Bom dia estressadinho, que horas podemos conversar hoje?

Dou risada com o "estressadinho".

Você: Primeiramente vai à merda. Podemos almoçar juntos de12h às 14h. Me encontra no restaurante em frente a empresa. Beijo na bunda.

Envio, fecho a conversa abrindo a mensagem seguinte:

Hanna: Oi lindo, tô com saudade. Tô ansiosa para te ver sexta-feira no evento, vou usar aquela lingerie que você amou. Beijos.

Em seguida ela enviou uma foto sua usando apenas a lingerie. Ignoro a mensagem voltando a comer.

Esqueci completamente que convidei ela pro evento. Espero que a Emily não esbarre com ela.

...

— Tá atrasado vinte minutos.— falo assim que Sam se senta.

— Foi mal, tava resolvendo umas coisas na delegacia, parece que vão trocar de delegado. Isso me atrapalha geral, ainda mais com seu lançe. — fala a última parte em um sussuro.

Isso realmente é ruim.

— E agora? Esse delegado é de boa? — pergunto baixo.

— Não, o cara é foda. Vou resolver isso. — coça a barba. — O que você faz não é tão ruim assim, todas eram pessoas ruins. A maioria da polícia te venera por fazer isso, mas sempre tem uns chato pra caralho. Sabe como é né? — explica. — Tenho que investigar em qual dessas alternativas ele se encaixa.

Se ele for da alternativa que repudia o que faço, vai complicar tudo.

...

Pedimos nosso almoço. Comemos em alguns minutos até que decidimos conversar sobre o caso.

— Então... É uma mulher. Tráfico de pessoas. — me entrega uma pasta com sua foto, endereço e seus "serviços".

Encarando as fotos percebo talvez que nunca me acostumarei que existem pessoas ruins no mundo. Sam encontrou essa menina que fugiu, a foto é do seu corpo todo espancando e no laudo explica que ela contém vestígios de estupro.

Ela relata no laudo que essa traficante as guarda em uma jaula, soltando apenas a noite para se prostituir em uma boate de sexo.

Sinto meu sangue subir lendo e vendo fotos. Um flash de que talvez essa menina poderia ser a Emily, se passa na minha cabeça, tenho que me segurar para não sair daqui e ir direto matar essa vagabunda.

— Você tá bem, cara? — escuto Sam falar.

Lhe encaro, bebo um copo d'água.

— Sim, só que... Isso é um absurdo, não consigo me acostumar. — passo a mão no rosto. — A menina tem quase a idade da Emily. Tão jovem e ter que passar por isso... — suspiro.

— Ahh, agora saquei essa sua expressão de ódio. — fala sorrindo. — Você tá indo pra um caminho tenebroso Declan. O que você faz... Nem todo mundo tem coragem pra aceitar isso. Você já parou pra pensar que se esse seu rolo com a Emily for longe demais... Se ela descobrir essa parte da sua vida... Não vai ser legal. — fala olhando nos meus olhos.

Sorrio com seu "aconselhamento".

— Não vou longe demais, eu só quero transar com ela. Nada mais vai rolar, você me conhece, não nasci pra essas coisas de namoro, casamento e seja lá o que envolve duas pessoas felizes para sempre. — explico.

— Sei... Só se liga.

— Eu... chamei ela pro evento. — o vejo segurar o riso. — O problema não é esse, é que a Hanna também vai. Como vou conseguir levar a Emily para um hotel? — pergunto.

— Você tá fudido, a Hanna não larga do seu pé. — fala rindo.

— Valeu pela ajuda amigão. — respondo estressado.

Somos interrompidos pelo meu celular tocando. Pego dentro do bolso do paletó e vejo que é minha mãe.

— Tenho que atender. — falo pro Sam.

— Beleza, vou ao banheiro. — se levanta e sai.

Atendo o telefone e escuto sua voz.

Você esqueceu que tem mãe? — fala assim que atendo.

— Bom dia mãe, e não, não me esqueci, só ando ocupado. — explico.

Sei, quando largar passe aqui. Estou com saudades.

— Tá certo dona Elena.

Ótimo, beijos, amo você.

— Também amo você mãe.

Desligo o telefone na mesma hora que Sam se senta à mesa.

— Podemos voltar a falar do caso? — aponta para pasta.

— Sim.

Passamos todo o almoço resolvendo quando viajarei para a França, resolvemos que seria depois do evento.

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A Hanna e a Emily no mesmo lugar? Lá vem... 👀🍿

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Você Pode Me Consertar? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora