Capítulo 26 - Emily Woods

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Se passaram uma semana desde que o Declan me deu aquele anel. Nós não conversamos mais sobre o assunto filhos.

Na verdade eu não sei nada sobre ele além de que não quer filhos. Isso precisa mudar...

Hoje não tive aula da faculdade, então estou sozinha em casa. Me levanto do sofá a procura do meu celular.

O acho na cozinha e procuro o contato do Declan.

Você: Tá ocupado?

Envio e espero pela resposta, que chega poucos minutos depois.

Arrogante: Não, o que houve?

Você: Pode vim aqui?

Arrogante: É urgente? Tô na casa da minha mãe.

Sinto uma pontada de decepção. Eu queria conhecer sua mãe. Qual o problema dele com isso? Ele disse que me ama... Acho que estou de TPM.

Você: Quando vou conhecer sua mãe?

Falo, direta.

Arrogante: Vamos marcar um dia. Daqui a pouco chego aí.

Você: Esquece.

Prefiro que ele não venha mesmo, estou com vontade de brigar.

Me sinto insegura, já faz bastante tempo, tempo suficiente para que ele me apresentasse a ela. Será que mudou de ideia ao meu respeito?

Afasto os pensamentos e volto para o sofá.

...

Escuto a campainha tocar, e já imagino quem seja. Falei que não vinhesse... saco.

Me levanto a caminho da porta abrindo logo em seguida. Declan veste uma bermuda branca, sapato e uma blusa na cor vermelha.

— Oi, amor. — da um passo para frente ficando a pouco centímetros de mim.

— Nada de amor. — me afasto para fechar a porta, mas ele consegue me impedir.

— Qual é Emily, o que foi? — pergunta entrando. Fecha a porta e me segue até o sofá.

— Nada, Declan. — suspiro e me sento.

Ele se senta ao meu lado de frente para mim.

— Amor, não me faz perder a paciência. — toca meus cachos.

— Perder a paciência? Quem já perdeu a paciência fui eu, Declan. — falo me virando ficando de frente para ele.

— Com o quê? — observa meu rosto.

— Você esconde sua vida de mim, não sei quase nada sobre você, além do fato que você tem uma mãe e seu pai morreu. Ah, e não podemos esquecer que não conversamos sobre filhos.

Ele desvia o olhar ficando em silêncio por alguns minutos.

— Nunca apresentei ninguém a minha mãe, isso tudo é novo pra mim, Emy. — me olha. — Desculpa se não te falei muito sobre minha vida. É tudo muito complicado.

Ele me puxa para mais perto. Beija minha testa e em seguida me beija.

Incrível a capacidade que seu beijo me acalma, é como se tudo ao nosso redor não existisse mais. Declan me beija calmamente ao mesmo tempo que me puxa para sentar em seu colo.

Nos afastamos por falta de ar. Ele me observa por um tempo até que quebra o silêncio.

— Meu pai traía minha mãe e eu já vi muita dessas traições... Odiava saber, porém, não disse nada a ela. Descobri um dia desse que ela sabia de tudo. Eu sempre odiei ele por isso, além do fato de não ser presente e quando estava por perto era um péssimo pai. — começa a alisar meu braço e observa seus próprios movimentos.

— Sinto muito por isso. — aliso seu rosto.

Ele me olha.

— Por isso eu nunca quis algo sério com nenhum mulher, não quero ser igual ao meu pai, homens são fracos Emily. Eu nunca trairia você, mas tenho medo que isso que nós temos não seja pra sempre, e é por isso que eu não quero ter filhos.

Ok... Isso... Não foi o que eu esperava.

— Se você não tem certeza sobre nós, porque me deu esse anel, Declan? — pergunto com raiva crescendo demtro de mim.

— Porque estamos vivendo o agora. Sem pensar no futuro. — diz segurando meu rosto.

Você tá vivendo o agora. Eu não penso assim. — me levanto do seu colo.

— Emy, eu só estou sedo sincero, você chegou e mudou muita coisa em mim. Mas, não dá pra mudar tudo de uma vez. — levanta se aproximando de mim.

Ele me segura pela cintura.

— Não quero perder você, Declan. Mas, eu quero pensar em um futuro e não em algo incerto.

— Vamos fazer o seguinte, vou pensar sobre isso, ok? — alisa meu rosto.

— Okay.

— Posso dormir aqui? Com você. — pergunta me olhando.

— Pode. — sorrio.

Ele vai pensar. Isso é bom certo? Tenho que pensar em tudo que ele acabou de me dizer. Seus traumas... Pobre, Declan...

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Você Pode Me Consertar? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora