Capítulo 37 - Declan Salvatore

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— Estou aqui, satisfeito? — escuto Rebecca falar assim que cruzamos pela porta.

O Sam ligou para ela e implorou para que vinhesse escutar o que temos para dizer. Não foi fácil, mas ele conseguiu.

— Senta. — ele pede à Rebecca.

— Não, prefiro ficar em pé. — diz me olhando claramente com raiva.

Assim que a Emily saiu daqui eu surtei, quebrei tudo que vi pela frente e agora preciso de móveis novos para meu quarto.

Não me passou pela cabeça que ela leria minhas mensagens. Porra, que vacilo. Não era assim que eu pretendia contá-la. Mas aconteceu e sinto como se tivesse perdido meu chão.

— Anda, não tenho o tempo todo. Deixei a Emy sozinha pra vim escutar vocês. — revira os olhos.

— Como ela tá? — pergunto lhe olhando.

— Delcan, pelo amor de Deus, como você acha que ela está?... — praticamente cospe as últimas palavras.

— Vamos direto ao ponto? — Sam nos interrompe. — Conta logo Declan.

Suspiro. Meu relacionamento com a Emily vai depender de como a Rebecca vai receber as informações, porque talvez a Emily escute a amiga.

— Eu mato pessoas Rebecca, é um hobby. — Ela arregala os olhos. — Porém, só mato pessoas ruins, traficantes, estupradores, máfia e etc. Eu não mato pessoas inocentes, e tenho provas que comprovam o que estou dizendo. Eu matei sim os pais da Emily, por que eles traficavam mulheres! Eles não eram inocentes, tenho provas disso também. — termino de falar e lhe observo.

Ela me olha por um tempo e depois desvia o olhar para o Sam. Ele confirma com a cabeça e ela suspira.

— Me mostra. — se aproxima sentando ao meu lado do sofá.

é um passo.

Sam pega várias pastas na mesinha de centro e se senta do outro lado da Rebecca. Ela fica no nosso meio e começa a ler tudo.

...

Minutos se passam até que ela enfim termina. Se levanta andando de um lado para o outro.

— Okay. Acho que preciso me internar, vou ficar louca. — suspira. — Como falamos isso para Emily? Ela não vai acreditar, eram os pais dela. — nos olha.

— Ela vai acreditar em você Becca, você tem que ajudar. — fala Sam se levantando.

Ele se aproxima da Rebecca, sustenta seu rosto e lhe olha.

— Por favor, precisamos ajudar nossos amigos. Por mim Becca. — diz Sam.

Ela lhe observa, desvia o olhar para mim e diz:

— Tudo bem, mas preciso levar essas pastas. — se afasta dele e caminha de volta para o sofá.

Suspiro aliviado. Tudo está nas mãos da Rebecca, espero que consiga. Ela pega tudo que precisa e Sam a acompanha até a porta.

A Emily é mais nova que eu, tenho medo de que não tenha cabeça suficiente para entender o que faço. Agora é torcer para que dê tudo certo.

Apoio minha cabeça no sofá deixando as lágrimas descerem. Porra nunca chorei por nada, sinto como se estivesse fraco, já é a segunda vez que isso acontece, a primeira foi quando soube que ela estava no hospital e agora isso.

Não fui feito pra ser fraco, não posso ser fraco.

Escuto a campainha tocar, abro os olhos e vejo Sam indo abrir a porta.

— Será que esqueceu algo? — me olha confuso.

Abre a porta e Jhon pai da Rebecca entra por ela. Me levanto rápido do sofá e lhe observo.

Ele encara o Sam e desvia o olhar me procurando pelo apartamento, assim que me acha caminha na minha direção.

— Então você é o Justiceiro? — fico confuso com sua pergunta. — A porra do assasino que mata os fora da lei. — para na minha frente.

— Jhon... Eu posso explicar... — me interrompe.

— Sorte a sua que as meninas vieram me falar isso, pedi para que não se metessem nessa história, mas pelo visto vocês falaram pra Rebecca, já que a vi saindo daqui. — se senta no sofá. — Relaxa Declan, eu não mordo. Senta aí. — aponta para seu lado no sofá.

— Eu vou... vou deixar vocês... — Sam começa a falar, mas Jhon lhe interrompe.

— Fique, aliás você não é o cúmplice? — da um sorrisinho para Sam.

Ele alterna o olhar entre nós dois até que se senta na poltrona a nossa frente.

— Então, depois que as meninas vieram me falar sobre vocês, eu liguei o um com o mais dois e percebi que você era o tal do Justiceiro que a polícia tanto fala. Para sua sorte Declan, eu pouco me importo com o que você faz, na verdade agradeço, facilita meu trabalho. — olha para nós dois. — Só não entendo os pais da Emily, por que? O que eles eram?

Porra, o dia de hoje tá cheio de revelações.

— Eles traficavam mulheres, temos provas, mas sua filha levou para mostrar a Emily. — explica Sam.

— Então você pretende falar da sua vida para Emily? — pergunta me olhando.

— Sim, Jhon. Eu amo ela, não pretendia esconder, só que o jeito que ela descobriu não foi fácil. — passo a mão na cabeça.

— É, percebi pela história que as meninas contaram... — suspira. — Olha, Declan. Eu não pretendo te denunciar, primeiro por causa da Emy, e segundo porque não acho o que você faz é uma coisa ruim. Só não a envolva nesses seus assuntos se pretender continuar com isso. — se levanta. — Bom, vou passar na casa das meninas e conversar com a Emily, talvez ela ouvindo de mim possa acreditar.

— Obrigado, Jhon. — aperto sua mão.

Ele retribui e sai do apartamento.

— Porra, quase cago nas calças feito uma criança. — escuto Sam falar.

— Espere só para quando for dizer que vai namorar a filha dele. — sorrio para ele.

— Do que você tá falando? Porque eu namoraria a Rebecca? — me olha confuso.

— Por nada, Sam. — subo para meu quarto.

Me sinto mais aliviado por saber que a Rebecca e o Jhon acreditaram em mim. Agora só preciso que a Emily acredite.

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Estoy louca. 🤯

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Você Pode Me Consertar? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora