— Estou aqui, satisfeito? — escuto Rebecca falar assim que cruzamos pela porta.
O Sam ligou para ela e implorou para que vinhesse escutar o que temos para dizer. Não foi fácil, mas ele conseguiu.
— Senta. — ele pede à Rebecca.
— Não, prefiro ficar em pé. — diz me olhando claramente com raiva.
Assim que a Emily saiu daqui eu surtei, quebrei tudo que vi pela frente e agora preciso de móveis novos para meu quarto.
Não me passou pela cabeça que ela leria minhas mensagens. Porra, que vacilo. Não era assim que eu pretendia contá-la. Mas aconteceu e sinto como se tivesse perdido meu chão.
— Anda, não tenho o tempo todo. Deixei a Emy sozinha pra vim escutar vocês. — revira os olhos.
— Como ela tá? — pergunto lhe olhando.
— Delcan, pelo amor de Deus, como você acha que ela está?... — praticamente cospe as últimas palavras.
— Vamos direto ao ponto? — Sam nos interrompe. — Conta logo Declan.
Suspiro. Meu relacionamento com a Emily vai depender de como a Rebecca vai receber as informações, porque talvez a Emily escute a amiga.
— Eu mato pessoas Rebecca, é um hobby. — Ela arregala os olhos. — Porém, só mato pessoas ruins, traficantes, estupradores, máfia e etc. Eu não mato pessoas inocentes, e tenho provas que comprovam o que estou dizendo. Eu matei sim os pais da Emily, por que eles traficavam mulheres! Eles não eram inocentes, tenho provas disso também. — termino de falar e lhe observo.
Ela me olha por um tempo e depois desvia o olhar para o Sam. Ele confirma com a cabeça e ela suspira.
— Me mostra. — se aproxima sentando ao meu lado do sofá.
Já é um passo.
Sam pega várias pastas na mesinha de centro e se senta do outro lado da Rebecca. Ela fica no nosso meio e começa a ler tudo.
...
Minutos se passam até que ela enfim termina. Se levanta andando de um lado para o outro.
— Okay. Acho que preciso me internar, vou ficar louca. — suspira. — Como falamos isso para Emily? Ela não vai acreditar, eram os pais dela. — nos olha.
— Ela vai acreditar em você Becca, você tem que ajudar. — fala Sam se levantando.
Ele se aproxima da Rebecca, sustenta seu rosto e lhe olha.
— Por favor, precisamos ajudar nossos amigos. Por mim Becca. — diz Sam.
Ela lhe observa, desvia o olhar para mim e diz:
— Tudo bem, mas preciso levar essas pastas. — se afasta dele e caminha de volta para o sofá.
Suspiro aliviado. Tudo está nas mãos da Rebecca, espero que consiga. Ela pega tudo que precisa e Sam a acompanha até a porta.
A Emily é mais nova que eu, tenho medo de que não tenha cabeça suficiente para entender o que faço. Agora é torcer para que dê tudo certo.
Apoio minha cabeça no sofá deixando as lágrimas descerem. Porra nunca chorei por nada, sinto como se estivesse fraco, já é a segunda vez que isso acontece, a primeira foi quando soube que ela estava no hospital e agora isso.
Não fui feito pra ser fraco, não posso ser fraco.
Escuto a campainha tocar, abro os olhos e vejo Sam indo abrir a porta.
— Será que esqueceu algo? — me olha confuso.
Abre a porta e Jhon pai da Rebecca entra por ela. Me levanto rápido do sofá e lhe observo.
Ele encara o Sam e desvia o olhar me procurando pelo apartamento, assim que me acha caminha na minha direção.
— Então você é o Justiceiro? — fico confuso com sua pergunta. — A porra do assasino que mata os fora da lei. — para na minha frente.
— Jhon... Eu posso explicar... — me interrompe.
— Sorte a sua que as meninas vieram me falar isso, pedi para que não se metessem nessa história, mas pelo visto vocês falaram pra Rebecca, já que a vi saindo daqui. — se senta no sofá. — Relaxa Declan, eu não mordo. Senta aí. — aponta para seu lado no sofá.
— Eu vou... vou deixar vocês... — Sam começa a falar, mas Jhon lhe interrompe.
— Fique, aliás você não é o cúmplice? — da um sorrisinho para Sam.
Ele alterna o olhar entre nós dois até que se senta na poltrona a nossa frente.
— Então, depois que as meninas vieram me falar sobre vocês, eu liguei o um com o mais dois e percebi que você era o tal do Justiceiro que a polícia tanto fala. Para sua sorte Declan, eu pouco me importo com o que você faz, na verdade agradeço, facilita meu trabalho. — olha para nós dois. — Só não entendo os pais da Emily, por que? O que eles eram?
Porra, o dia de hoje tá cheio de revelações.
— Eles traficavam mulheres, temos provas, mas sua filha levou para mostrar a Emily. — explica Sam.
— Então você pretende falar da sua vida para Emily? — pergunta me olhando.
— Sim, Jhon. Eu amo ela, não pretendia esconder, só que o jeito que ela descobriu não foi fácil. — passo a mão na cabeça.
— É, percebi pela história que as meninas contaram... — suspira. — Olha, Declan. Eu não pretendo te denunciar, primeiro por causa da Emy, e segundo porque não acho o que você faz é uma coisa ruim. Só não a envolva nesses seus assuntos se pretender continuar com isso. — se levanta. — Bom, vou passar na casa das meninas e conversar com a Emily, talvez ela ouvindo de mim possa acreditar.
— Obrigado, Jhon. — aperto sua mão.
Ele retribui e sai do apartamento.
— Porra, quase cago nas calças feito uma criança. — escuto Sam falar.
— Espere só para quando for dizer que vai namorar a filha dele. — sorrio para ele.
— Do que você tá falando? Porque eu namoraria a Rebecca? — me olha confuso.
— Por nada, Sam. — subo para meu quarto.
Me sinto mais aliviado por saber que a Rebecca e o Jhon acreditaram em mim. Agora só preciso que a Emily acredite.
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.Estoy louca. 🤯
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Você Pode Me Consertar? - Livro 1
Lãng mạn(+18) Emily Woods, 20 anos, teve seus pais assassinados quando ainda era jovem. Apesar do passado triste e o relacionamento com seu ex conturbados, Emily é uma mulher extremamente feliz e de bem com a vida. Estuda medicina veterinária e mora com sua...