Capítulo 31 - Declan Salvatore

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— Sam, não me faz perder a pouca paciência que ainda tenho. Não quero saber o quanto vai demorar, só faça que demore o mínimo possível, eu tô louco pra partir aquele cara ao meio com o maior machado que eu tiver. — digo olhando para Sam.

— Cara, fica calmo. Se ele morrer rápido assim, vão desconfiar de você. Ele precisa ser preso e não morto, você tem ligação direta com ele, vão suspeitar quem o assasinou. — se levanta pegando dois copos e um whisky.

Se senta ao meu lado novamente no sofá da sua casa. Enche os dois copos e me entrega um.

— Esquece isso por enquanto, você tá com a cabeça cheia. Vamos comemorar, você vai ser pai. — levanta a mão com o copo erguido para mim.

— Porra, tinha esquecido essa parte... Como você fez? — lhe olho.

— Não tem um jeito certo, você vai saber. Eu não tive muitas experiências... Você sabe... — ele fica sério.

— Eu não queria ter filhos Sam, não quero me tornar meu pai, não pelas traições, pelo jeito que ele me tratava...E se eu for um pai ruim?... Ainda tem esse meu "hobby". Não queria envolver uma criança nesse meio. — me encosto no sofá.

— Você vai ser um ótimo pai Declan, não pensa em como seu pai foi pra você, esquece isso e faz diferente. E sobre o hobby, melhor ver isso depois, curte o momento paizão. — fala sorrindo.

— É apavorante? — pergunto.

— Não, é incrível. Espera só escutar o coraçãozinho batendo... Segurar o bebê nos braços... É incrível Declan. — fala com o olhar distante, provavelmente se lembrando da sua vida.

— Espero não ser velho demais pra isso. — bebo o whisky de uma vez.

— Velho você é, mas tenha fé, brother. — fala rindo.

Seu telefone toca. Ele faz um sinal para que eu aguarde e atende o telefone.

— Pois não, madame? — fala sorrindo. — ... Ele tá aqui na minha frente... Certo... Beijo na bunda... — termina de falar e me entrega o telefone. — É a Rebecca.

Suspiro antes de pegar o telefone... Já sei que vem bronca.

— Oi becca... — sou interrompido.

ONDE VOCÊ ESTÁ DECLAN? — grita do outro lado da linha.

— Com o Sam... — me interrompe de novo.

VOCÊ É MALUCO OU O QUE? ISSO SÃO HORAS DE VER O AMIGUINHO? VOCÊ DEIXOU A EMILY AQUI SOZINHA... — respira profundamente. — ...Ela teve um sangramento por causa do bebê, Declan. E você não estava aqui ao lado dela.

Levanto rápido sentindo meu coração bater mais rápido que o normal.

— Aconteceu alguma coisa com o bebê? — pergunto com medo da resposta.

Não sei, levaram ela para fazer mais exames. — sua voz fica trêmula.

— Estou voltando. — Desligo o telefone. — Preciso voltar ao hospital, a Emily teve um sangramento por causa do bebê. — falo para Sam.

— Eu te levo, não bebi o whisky e você sim, além do fato de estar desesperado. Vamos. — levanta e pega a chave do carro.

...

Sam estaciona de qualquer jeito e descemos do carro apressados.

— Ela já... — o médico nos chama me interrompendo.

— Olá de novo, a Emily já está de volta ao quarto. Foi apenas um susto. Ela levou alguns chutes na barriga então já esperávamos que iria sangrar. Só demorou um pouco para que acontecesse, por isso nossa estranheza. Já podem ir vê-la... — não espero ele continuar e saio em direção ao quarto em que ela estava.

Acho e entro de vez. A encontro chorando sentada na cama com os pés para fora. Ela estava olhando para suas mãos no colo. Se assusta com minha entrada e olha nos meus olhos.

Sua expressão de medo muda para ódio.

— Declan, por favor... — a interrompo.

— Me desculpa. — falo me aproximando parando na sua frente.

— Some da minha frente, Declan. — fala com raiva.

Lhe abraço e ela resiste tentando me afastar. Lhe aperto mais para que pare.

Ela vai relaxando e escuto um soluço sair da sua boca.

— Me desculpa, amor. Não queria te deixar sozinha depois de tudo que você passou, mas todas essas notícias foram um choque. — aliso seu cabelo.

— Porém deixou, Declan... — suspira e se afasta olhando nos meus olhos. — Se eu tivesse perdido o bebê seria melhor pra você, sinto muito se isso não aconteceu... — a interrompo.

— Não fala isso cachinhos dourados. Foi um choque, já passou. Eu realmente não queria ser pai, mas depois que conheci você... Você mudou muita coisa em mim, jamais abandonaria você grávida ou mandaria você abortar, a gravidez foi um acidente porém não é um erro. — aliso seu rosto. — Eu te amo e quero ter esse filho com você Emy, quantos você quiser. — suspiro. — Uma pessoa me disse pra esquecer os traumas que meu pai causou e fazer diferente. — sorrio.

Enxugo suas lágrimas.

Ela passa um tempo em silêncio me observando, acredito que esteja avaliando minha fala.

— Como vamos fazer? Eu ainda estudo...

— E nem vai parar por conta disso. Vamos dar um jeito, juntos. — beijo sua testa.

— Vou ter um bebê antes de casar... Antes de terminar a faculdade... — começa a se desesperar.

— Emily. — levanto seu rosto fazendo que com me olhe. — A gente casa, você termina a faculdade, e nós vamos morar juntos. Vai dar tudo certo ok? Só preciso que confie em mim. — encosto nossos lábios.

Lhe beijo devagar. Ela se afasta rápido.

— Nós vamos ter um cachorro. — me olha.

— Se você quiser, vamos. — sorrio.

— Não foi uma pergunta, nós realmente vamos ter um cachorro. Tem uma senhora que atendo na clínica, ela vai me doar um filhote de cane corso. — me observa.

— Cane corso? Gosto dessa raça por serem protetores, e você fica protegida quando eu não estiver por perto. — falo analisando seu rosto.

Só agora percebi o quanto ela está ferida. Sua cabeça contém um faixa fina, seu rosto está um pouco inchado e com marcas roxas. Observo seu corpo com marcas de mão.

Olho para sua barriga e vem na mente que teremos um filho... É chocante pensar isso, porém não fico mais triste ou com raiva... Talvez apavorado, porém, afasto todos os pensamentos.

Aliso sua barriga e falo:

— Oi, é o papai. — sorrio.

Olho para Emily e ela está chorando, me deixando preocupado.

— O que foi? Tá com dor? Fiz alguma coisa errada? — pergunto.

— Não, só fiquei emocionada. — fala sorrindo e chorando ao mesmo tempo.

— Entendi, hormônios da gravidez... — sou atingido por um tapa antes de terminar a frase.

— Não me testa. Ja me estressou demais hoje. — fala tentando ficar séria.

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Podem respirar novamente, está tudo bem... Por enquanto... 👀🤫

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Você Pode Me Consertar? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora