Capítulo dois

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– Meu Deus, fizeram um estrago nesse rostinho lindo! – Amanda disse, segurando o rosto de Detlev com uma das mãos enquanto analisava o corte que provavelmente deixaria uma cicatriz. – Sabe, eu tenho o nome de uma boa pomada cicatrizante, se quiser posso te passar.

– Seria ótimo se eu pudesse comprá-la. – Detlev revirou os olhos, lembrando-se das ameaças na madrugada passada. – Se aquele troglodita me ver comprando algo, provavelmente me castrará.

– É impressionante como Axel consegue um pau no cu. – Ela negou com a cabeça. – Todos os absurdos que dizem sobre ele são um eufemismo comparado à realidade.

– Se eu pudesse voltar no tempo teria comprado H* fiado com qualquer outra pessoa que não fosse ele, nem que fosse diluída com sal de cozinha. – O rapaz admitiu. Ele tinha pegado a droga com Axel porque ele tinha a fama de vender coisas de qualidade e de sempre vender fiado, Detlev jamais imaginou que ele se transformaria em seu pior pesadelo. As formas de cobrança de Axel eram desumanas em um nível extremo. Desde tortura física e psicológica, até estupros coletivos e por fim mortes lentas, doloridas e que precisavam de exame pericial para o reconhecimento do corpo.

– Eu compro a pomada para você. – Amanda anunciou em um tom penoso.

– Obrigada, Mandy. Não precisa gastar seu dinheiro com isso. – O outro argumentou.

– Det, querido. Para mim, você é o homem mais bonito que existe. Esse seu corpinho esbelto e alto, seus cachinhos castanhos e esse seus olhos cor de mel... – Ela suspirou dramaticamente. – Isso tudo é tão meu fraco. Se não fossemos tão amigos, me casaria com você. Não vou deixar que um idiota estrague o meu homem ideal

– Mandy... Você sabe que assim que quiser se casar comigo só me diga a data e a hora, e eu estarei no altar. – Detlev enlaçou os braços na cintura de Amanda e a abraçou forte. Ele não estava mentindo.

– Eu sei, querido... Eu sei.

 Eu sei

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– Você... tem algo para mim? – O homem baixo na casa dos trinta perguntou, ofegante.

– Eu já lhe disse que não. – Detlev respondeu sem paciência enquanto o carregava para fora da boate. – Escuta, se você está cold turkey, vá para a estação e veja se encontra algo. Aqui no Olimpo não nos metemos nos vícios de ninguém. Cada um com seu problema, cara.

– Você está mentindo. – O homem agora tremia e tinha ânsias de vômito. Detlev o sentou na calçada e se posicionou em pé na sua frente, cruzando os braços. – Eu sei que você usa também.

– Se eu tivesse alguma coisa, eu estaria no banheiro me picando ao invés de estar aqui ouvindo você se lamentar e gemer. Acredite, eu preferiria mil vezes uma boa viagem do que ser babá de viciado. – Ele se virou nos calcanhares e caminhou em direção a entrada do Olimpo. – E me faça o favor de não me dar mais trabalho por hoje. Vaza daqui.

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