Capítulo treze

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Louis estava andando de um lado para o outro em sua sala de estar, seus pés já estavam doendo. Axel o atormentava há três dias querendo saber o porquê dele não ter feito o que lhe foi ordenado, e sinceramente, Louis não sabia o motivo. Algo o incomodava profundamente desde a noite que observou Detlev fumando na janela e covardemente fugiu. Na verdade, algo o incomodava profundamente desde o dia que ele teve a maldita ideia de salvar sua vida. Ele desejou ter os amigos – os únicos – para conversar. Louis era um homem de poucas amizades, mas três pessoas conquistaram seu coração. Uma delas era Donatello, um italiano petulante que o irritava mais do que tudo, mas que ele amava. Malik era um somaliano sério e que parecia ser assustador, mas na verdade era um amor de pessoa. E por último, tinha Amanda.

O relacionamento de Louis com Amanda era peculiar. Na verdade, a maioria das pessoas não sabiam que eles eram amigos. A decisão do segredo partiu de Louis, que quando começou a trabalhar com Axel e a se envolver com pessoas perigosas, se preocupou com a integridade física dela. A verdade era que, todos os domingos, Louis e Amanda almoçavam juntos. Amanda fazia uma comida divina e Louis muitas vezes se pegou ansiando por aquele momento dominical. Os dois tinham se desentendido depois que Louis bateu em Detlev na boate, mas já tinham superado.

Seus amigos estavam no Texas havia alguns meses em uma missão de Axel. A única pessoa disponível seria Mandy. Louis alcançou o telefone que estava no balcão americano e discou o número da amiga.

– Oi, Lou. – Disse docemente ao atender.

– Oi, linda. – Louis respondeu. – Por acaso você está em casa?

– Sim, por quê? Aconteceu algo? – Seu tom de voz descontraído sumiu, dando espaço a um alarmado.

– Não aconteceu nada demais. Eu vou aí, tudo bem? – Perguntou.

– Claro, tudo sim. Vou te aguardar. – Respondeu e encerrou a ligação.

Louis correu em direção ao banheiro e tomou uma ducha rápida. Foi até seu guarda-roupas, escolheu uma camisa gola alta e com mangas compridas preta que era indecentemente colada. Vestiu uma calça cargo preta e seus coturnos de sempre. Passou perfume, bagunçou os cabelos e saiu. A viagem até a casa de Amanda era cerca de 20 minutos e correu bem. Ele estacionou na frente do complexo de pequenos apartamentos e saiu do carro em direção à portaria.

– Como vai, senhor Guzman? – Louis perguntou educadamente.

– Vou bem, menino Louis. – O porteiro respondeu com seu sotaque espanhol e não pestanejou em liberar a entrada de Louis.

Subiu até o terceiro andar e bateu na porta do apartamento 305.

– Até que enfim, Lou. Venha, entre logo. Está um gelo. – Mandy disse ao abrir a porta. Louis entrou e os dois se abraçaram apertado.

– É bom te ver, Mandy. – Louis disse em um suspiro, capturando o cheiro de shampoo de limão dos cabelos da amiga.

– Eu também, Lou. Entre, vamos nos sentar.

Os dois saíram do hall de entrada e foram para a sala. O apartamento de Amanda era menor que o de Louis, mas os cômodos eram muito bem distribuídos. A sala era ampla, com um sofá que ocupava uma parede inteira. Tinha lindas plantas decorando todo o apartamento e uma varanda com uma poltrona muito confortável. Louis se sentou no grande sofá e Mandy chegou logo depois com duas xícaras fumegantes de chá de canela, o preferido de Louis.

– Então, querido. Desembuche o que está afligindo seu coração. – Disse ela sorridente.

– Mandy, estou me sentindo estranho sobre uma pessoa... – Louis começou. – Ele é um devedor. Eu comecei a cobrar ele a pouco mais de um mês, mas estou tendo dificuldade em continuar o trabalho.

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