Capítulo cinco

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– Porra, que nojo! É vômito ali? – Louis perguntou fazendo careta. – Cara, limpa isso.

Detlev o observou. Seu rosto ainda carregava resquícios da luta dos dois: um dos olhos estava levemente roxo, a bochecha tinha um corte e o nariz ainda estava um pouco inchado. Depois seguiu o olhar dele e se deu conta que não tinha limpado a sujeira. Sentiu-se envergonhado por um momento, mas logo depois se corrigiu. Tudo bem que Louis estava meio certo, o apartamento estava uma zona, mas quem ele pensava que era para reclamar disso? Sequer tinha sido convidado a estar lá!

– Você me bate, me segue, controla meu dinheiro, invade minha casa e ainda vem dar pitaco nas minhas coisas? – Se levantou e parou em frente a ele. – Vaza daqui.

Mas ele apenas foi ignorado. O invasor passou por ele, se jogando no sofá.

– Vim buscar seu salário.

– Que salário? – O moreno desconversou, caminhando até a cozinha em busca de um pano.

– Eu sei que você recebeu hoje. Não faça gracinhas. – Ele se ajeitou no sofá.

– Argh! Schlingel! (Patife!) – O outro xingou.

– Se está achando ruim, pague logo o que você deve. E já mandei você parar de falar comigo em alemão. – O loiro reclamou. Detlev não pôde deixar de perceber que era a primeira vez que Louis acertava a sua nacionalidade.

– Escuta aqui, seu cuzão. Meu maior sonho é voltar no tempo e nunca ter usado nenhuma droga na vida, mas não para não ser um viciado. É para não ter que dever Axel e consequentemente ter que aturar você na minha cola. – Detlev apontou o dedo acusadoramente para Louis enquanto limpava o vômito com um pano usando o pé esquerdo. O rosto do loiro se contorceu em uma carranca e ele se levantou, caminhando até o outro.

– Por que não se prostitui para pagar? Você já tem cara de que faz isso. Estava no banheiro drogado e gemendo feito uma puta. – Cuspiu.

Os olhos de Detlev escureceram. Ele encarou a íris gélida em busca de qualquer resquício de humor – o que não faria o comentário menos ruim.

– Você é o ser humano mais nojento que eu conheço. Saia da minha casa. – Ordenou baixo e grave.

– Não sem antes pegar o dinheiro.

– Eu vou receber a noite e eu vou te dar cada centavo, vou passar fome se for preciso. Vou fazer tudo para eu nunca mais precisar ver sua cara repulsiva. Saia da minha casa agora, Louis. – Repetiu com a voz enojada e apontou para a saída. Louis o encarou duramente antes de se deslocar de sua frente e caminhar até a porta.

– A noite estarei aqui para pegar o dinheiro. – Ele rosnou antes de ir.

A noite no Olimpo estava agitada para um domingo

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A noite no Olimpo estava agitada para um domingo. Detlev inspirou o cheiro característico do lugar: cigarros, álcool e suor perfumado. A voz do Alex Turner pulsava em seus ouvidos enquanto ele cantava Knee Socks e o rapaz balançava uma coqueteleira enquanto fazia um drink para a negra de vestido colado que estava debruçada sobre o balcão.

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