Dívida impagável (Zoro x Nami)

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Nami

Alguns dias se passaram desde que encontrei Zoro naquela situação minimamente constrangedora. Nenhum de nós tocou no assunto até agora.

Não que eu me importe, acho. Ele poderia estar tendo sexo com a Pamela Anderson que eu não estaria nem aí. No entanto, minha única reação naquele momento foi fugir o mais depressa possível...por quê?

Decido não pensar mais sobre o assunto e finalmente ligo o meu computador a fim de ver se obtive alguma reposta. Mas nada, absolutamente nada.

Que merda. Roronoa não vai gostar disso.

Parece que, na vida, cada pessoa nasce com um tipo de "balança da sorte e do azar" e que, ao longo da vida, essa balança vai mudando lentamente. Alguns períodos cheios de azar, outros de sorte. Que irônico que os ricos só têm sorte, não é mesmo?

De súbito, oiço alguém bater na porta do quarto. Digo a essa pessoa para entrar e vejo Luísa, uma das empregadas, caminhando em minha direção.

— Senhorita, eu vim apenas limpar seu quarto por ordens do Sr. Roronoa. - Luísa me diz com um sorriso manso.

Finalmente alguém nessa santa casa que não me olha com desdém ou condescendência.

Assinto com a cabeça e me levanto da cama a fim de deixar Luísa trabalhar. Enquanto ela arruma a cama, uma pergunta surge em minha mente.

— Luísa, você sabe o porquê de ter uma porta mais isolada das outras?

Por algum motivo, vejo a empregada congelar em seu lugar. Parece que eu sei algo que não deveria saber.

— Oh, um, é apenas a cave...o senhor Roronoa não deixa ninguém entrar lá além dele mesmo...ninguém sabe o porquê..

Noto um pouco de mentira em seu tom de voz, porém decido ignorar.

Após isso, não conversámos.

Ótimo, mais uma pessoa que me odeia...

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Algumas horas se passam e ainda não consigo falar com Zoro sobre minhas tentativas falhadas de conseguir emprego. Ele anda bastante ocupado com reuniões...ou talvez outras coisas.

Bom, seja o que for, certamente não é da minha conta.

O que eu sei é que ele não vai gostar das notícias. Conheço ele desde pequeno, estudámos na mesma escola e só nos separámos no último ano do ensino médio.

Ele sempre foi determinado e engraçado, me ajudando sempre em situações difíceis e vice versa. No entanto, tenho certeza que algo fez ele mudar drasticamente para o mandão que é hoje.

Me encontro sentada no banco do jardim, observando o belo cenário que me rodeia. Tudo é verde e aparenta estar perfeitamente bem cuidado. Pelo menos aquele homem tem bom gosto.

De repente, sinto alguém tocar em meu ombro. Zoro estava me encarando com um olhar misterioso.

— Ah, Sr. Roronoa...em que posso ajudá-lo? - Pergunto formalmente caso ele esteja irritado.

Que engraçado, ele realmente está.

— Você está estritamente proibida de ir para o porão, entendeu? Luísa me contou tudo. - Posso praticamente ver a fumaça imaginária saindo pela cabeça dele.

— Olha Zoro...eu realmente não sabia. Mas o que você tem a esconder, hein? - Indago, deixando as formalidades de lado.

— Nada. Só não quero que você vá lá.

E, sem mais nem menos, se levantou e foi embora.

Suspiro novamente. Acho que essa é a coisa que mais fiz assim que cheguei aqui. Não me culpo. É frustrante, embora seja grata por ele ter me ajudado.

De súbito, meu celular em meu bolso vibra. Pego no mesmo e vejo que recebi uma mensagem da Robin dizendo:

"Acabei de sair do trabalho. Que tal uma saída de amigas no shopping? Me encontrre lá daqui meia hora."

Robin sempre me anima, não importa a situação. Dou um sorrisinho e rapidamente me levanto, caminhando em direção ao meu quarto.

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— Não. - O tom de Zoro era sério.

— Como assim "não"? Vai ser só uma tarde no shopping! O que de mal pode acontecer? - Indago, genuinamente curiosa.

Acabei de contar a Roronoa sobre a minha ida ao shopping com Robin. Ele não parece estar de bom humor.

— Você não vai. Não sozinha. Vou te acompanhar.

O quê?! Ele está falando sério??

— Zoro, não é preciso.

— É sim. Eu vou quer você queira Quer não.

— Ugh, tá!!! - Respondo com ódio.

Não acredito que esse homem bilionário quer simplesmente fazer compras com duas garotas. Ele deve estar, no mínimo, louco.

Enfim, pego em minhas coisas e caminho em direção à saída da casa.

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CONTINUA