Mom

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Já estávamos no ato, Joshua é o tipo de cara que não faz amor. Cada vez que ele me penetrava era um gemido mais alto.

-Sandy, você me deixa louco. -falou no meu ouvido.

Arranhava suas costas, enquanto ele sugava meu pescoço. Eu sei que é errado, pra mim é errado! Mas é mais forte que eu.
Josh me vira me colocando de quatro no sofá, ele penetra e dou um grito. Sinto ele batendo em minha bunda, nunca gostei disso, mesmo assim não liguei. Ele puxava meus cabelos, o que aumentava mais o meu prazer. Já estava perto do orgasmo, ele também. Minutos depois chegamos ao ápice, me viro e ele se deita sobre mim.
Ofegantes, suados... Ele coloca sua testa colada a minha, me da um beijo, mas paro, levanto, me enrolo em uma "coberta" que deixo em cima do sofá. Josh me encara.

-O que foi? Eu fiz algo errado?

-Fez. Você veio me procurar, eu não entendo, meses atrás você disse que não me amava e agora chega, e fala que me ama. Por que Joshua? Por que?

-Sandra. -diz colocando sua cueca. -Quando Anne me disse que havia dormido com o melhor amigo dela, eu vi, eu vi que: eu tinha tudo em minhas mãos... Eu tinha a mulher perfeita, que poderia ser a mãe dos meus filhos, a mulher que eu poderia envelhecer junto.. Que nunca teria a capacidade de me trair, assim como eu trai ela. Anne não é você!

-Isso, ela não sou eu. Eu nunca te trairia como VOCÊ me traiu. - O choro já vinha mas tento segurar. - Eu acho melhor você ir.

-Amor, por favor. Eu te peço uma chance. Eu prometo ser...

-Não prometa o que não pode cumprir! Você também me prometeu amor, e só meu deu tristeza.. Eu não quero mais sofre, eu não quero. - Não consigo segurar o choro. - Vai embora!

-Eu vou, mas eu volto. A gente precisa conversa. - ele coloca a calça, fico parada enrolada na coberta o observando. -Tchau. - da um beijo em minha testa e sai.

Sento no chão, soluçando. Não sabia o que fazer, Joshua mexia comigo. Não achei que seria assim quando nós nos víssemos pela primeira vez desde o termino.. Achei que estaria com alguém, feliz.
Subo, tomo um banho, arrumo a bagunça da sala, quando os empregados chegassem ia pedir para que desinfetasse o sofá.. Ou melhor: a sala inteira.
Subo de novo, me deito, leio um pouco e acabo pegando no sono.

8AM

Meu telefone toca, procuro ainda com os olhos fechados, abro com dificuldade por conta da luz, vejo na tela o nome... Era Gesine.

-Oi, Gesine. Você sabe que horas são? Meu Deus. - digo mau humorada, como sempre.

-Sandra. - diz quase que num sussurro, ela não está bem, eu sei disso.

-O que aconteceu? - digo preocupada.

-A mamãe Sandra. -Congelo, mamãe estava com câncer, e os médicos falaram que ela não tinha muito tempo de vida. Mas eu acreditava que ela teria.

-O que tem ela? -digo com voz de choro.

-Eu sinto muito, eu não queria te falar por telefone. Eu te amo Sandra. -Gesine sabia, que eu era muito próxima a nossa mãe, tanto quanto ela.

24 de março de 2000. Claramente o pior dia da minha vida. Depois do enterro, fomos para a casa dos meus pais.
Papai estava desolado, eu sei que com o tempo a dor ia diminuir, mas nunca irá passar.
Chegamos e papai e o primeiro a sair do carro, logo depois Gesine e eu. Vou direito para meu quarto, tomo um banho quero tirar o cheiro de enterro do meu corpo. Já era 5PM.
Coloco uma roupa aconchegante, e vou para a varanda, que, tinha outra casa em frente, que sempre estava vazia... Só era usada nas férias, mas naquele dia tinha alguém lá. Da varando dava pra ver o céu estrelado, o céu mais bonito que eu já avia visto. O vento frio bate, aperto meus braços e me viro pra entrar quando ouço um barulho de música alta vindo da casa do lado a de meus pais. Papai não iria do seguir dormir, ele precisa de silêncio... Gesine e eu também, hoje foi um dia muito cheio. Coloco um casaco e desço, não vou conseguir descansar com esse barulho.

Life is just parties... Or notOnde histórias criam vida. Descubra agora