HIGANBANA | sunki

07: Terceiro Estágio

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Sunoo estava completamente arrependido. Era como se estivesse prestes a ganhar em um jogo de tabuleiro, mas por uma jogada precipitada, teve que voltar no início do caminho. Era assim que ele se sentia.

— Então, você disse para ele parar? — Sunghoon perguntava, ainda sem conseguir entender os motivos do Kim.

Sunoo se culpava mentalmente enquanto ele e o de cabelos pretos, limpavam o chão da sala, repleto por flores, espinhos, e com certeza, muito sangue.

O de cabelos castanhos, só conseguia pensar em arrependimento; ele queria Niki de volta. E esse sentimento estava fazendo com que seu interior incomodasse mais, doesse mais... Isso lhe assustava.

— Sim, pois eu sabia que ele havia me beijado por dó... — Sunoo estava completamente inseguro.

— Não tinha como ter certeza, você deveria ter deixado fluir. — Sunghoon aconselhou ao terminar de passar o pano no chão.

Sunoo se jogou exausto no sofá, pensava que ele mesmo estava causando a sua ruína, mesmo que não tivesse a intenção.

O resto daquele dia foi "tranquilo", sem contar os choros e reclamações de dor vindas do jovem Kim. E não era para menos, os espinhos estavam consideravelmente maiores; o que causava medo, tanto nele quanto em Sunghoon.

De noite, Sunoo estava acabando de sair do banho, vestido com seu moletom, quando escutoy um barulho no andar de baixo; como Sunghoon estava em seu quarto, com certeza não foi causado por ele, o moreno resolveu ir checar.

Com as mãos um pouco gélidas, ele segurou no corrimão, descendo cuidadosamente as escadas. Aquela noite era uma noite chuvosa, os barulhos dos relâmpagos e pingos de chuva batendo nas janelas eram ouvidos por todos os lugares.

Era um bom dia para ficar deitado, com alguém que você goste para assistir alguma comédia romântica, ou até mesmo um filme de terror. Sunoo só tinha Sunghoon com ele, pois havia afastado Niki, mesmo que foi ele quem pediu para ser beijado.

Quando chegou no andar de baixo sussurrou aliviado por perceber que não era um ladrão, um psicopata, ou um sequestrador, era apenas uma janela aberta, que por culpa do forte vento batia na parede, causando um alto estrondo.

— Obrigado por fechar a janela, Sunghoon! — Sunoo gritou em um tom irônico após fechar a janela, mas se arrependeu.

Após o Park responder o agradecimento como se fosse realmente merecido. Sunoo sentiu diversas fincadas em sua garganta, desejou voltar no tempo e jamais ter gritado.

Cansado, ele se deitou no sofá, encarando a grande janela em sua frente. A visão dos altos prédios e da chuva acalmaram o coração do loiro, mas o sentimento de arrependimento tomava seu peito. Ele queria Niki ali com ele o abraçando de forma carinhosa e com muito amor.

— Posso chamar os meninos para virem aqui amanhã de tarde? — Sunghoon perguntou para o jovem pensativo — Poderíamos jogar alguns jogos de tabuleiro, comprei o novo detetive. — ele disse do topo da escada.

Se estivesse em uma situação normal, Sunoo negaria para não ter que lidar com Nishimura e a sua vergonha tão cedo, mas ele não tinha tanto tempo. Ele precisava pedir desculpas e amenizar aquele clima constrangedor.

Sunoo concordou e junto a Sunghoon, ficaram assistindo todo o catálogo da Netflix e comendo a maior quantidade de porcarias que conseguiram pelo resto do dia, no quarto do de cabelos castanhos. Eles eram inseparáveis, e Sunghoon não suportaria perder seu melhor amigo.

O Kim se sentiu bem ao dormir na presença do Park, era um sentimento puro de carinho e proteção. O mais baixo, se sentia querido junto ao mais alto.

E então, de manhã, Sunghoon escutou a campainha. Antes que Sunoo acordasse, ele saiu do quarto e desceu as escadas, xingando mentalmente quem estivesse do lado de fora.

Mas ao abrir a porta, ele esqueceu todos os pensamentos negativos e teve uma grande vontade de sorrir; mas ele não o fez, manteve sua pose de garoto bravo.

— O que quer, Heeseung? — perguntou de uma maneira ríspida.

— Queria conversar com o Sun, ele está? — o platinado perguntou, parecia chateado.

Sunghoon deu espaço para que ele entrasse e quando percebeu a expressão de chateação, ficou preocupado. Heeseung entrou no apartamento, olhando de um lado para outro, tentando encontrar o Kim.

— Ele está dormindo no meu quarto. — Sunghoon responde antes de surgir a pergunta.

— Por que ele está dormindo no seu quarto? — Heeseung não pôde conter uma pontada de ciúmes aparecer em seu coração.

O que fez o Park abrir um grande sorriso. Todo aquele seu plano de manter distância do casal vizinho, foi por água abaixo ao perceber que o mais baixo estava com ciúmes.

— Por que a preocupação? Sabe que sou todo seu, e do Jake também. — Sunghoon se aproximou, mas antes que o mais velho pudesse ter alguma reação, ambos foram interrompidos por um grito extremamente alto de dor.

Um grito que poderia ser escutado por todo o prédio se não fosse o bom isolamento acústico. Era Sunoo, e em meio aos gritos de tremenda dor, ele pedia ajuda.

Sunghoon não demorou para subir correndo pelas escadas, Heeseung estava logo atrás. Eles já imaginavam o que estava acontecendo; correram logo para o quarto do Park, onde Sunoo estava.

Subindo os degraus de três em três, tropeçando um pouco, eles chegaram e abriram a porta do quarto com pressa, se deparando com uma cena lamentável.

Sunoo estava no chão, apoiando-se apenas em suas mãos, suas pernas já estavam jogadas; estava mais fraco do que nunca. No chão, havia cerca de umas dez flores, galhos inteiros, espinhos e obviamente muito sangue.

Sunghoon iria se aproximar, mas Sunoo levantou sua mão, pedindo para que ele esperasse; tinham mais flores, galhos e espinhos presos em sua garganta.

Não se ouvia mais nada, além da respiração pesada de Heeseung e Sunghoon, e os gritos de dor de Sunoo.

O de cabelos pretos o encarava sem reação; Hoon, por sua vez, estava agora agachado na frente de Sunoo, sem se preocupar em estar sujando suas calças com o sangue no chão, ele mantinha suas mãos sobre as de seu melhor amigo, queria deixar claro que estava ali ao seu lado.

Mas por dentro, só existia medo, medo de perder sua única família, medo de perder Sunoo...

Após minutos ali, o mais novo se sentiu livre, mais leve. Ele levantou o olhar, vendo que Heeseung estava ali.

— Me desculpe... — ele disse com a garganta ainda dolorida — Por ter que presenciar isso...

Sunoo mantinha sua cabeça abaixada, mas Heeseung se aproximou, fazendo com que ele o encarasse.

— Não tem problema. O fato de Niki não se declarar, está causando isso? — ele perguntou e Sunoo concordou — Vamos cancelar a tarde de jogos, não tem clima pra isso... Quando ele chegar em casa, vou dizer pra ele vir aqui, hoje mesmo.

Sunoo concordou, mesmo com medo de Niki não aceitar e quiser se distanciar. Mas qual outra escolha ele tinha a não ser tentar? Mesmo que não soubesse se estaria respirando de noite.

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Oii! Capítulo não foi totalmente revisado então peço perdão pelos possíveis erros.

Quero agradecer pelas +900 leituras! 🧡 E além disso, avisar que esse é o penúltimo capítulo... Sexta que vem chegamos ao fim. 😭

Comentem e lembrem da estrelinha! ⭐