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Malu Castro 『••✎••』
—Quem é você?— minha mãe diz após abrir a porta.
—Eu acho que sou sua filha,só acho— ela sorri de lado e me abraça.
—Faz tanto tempo que não te vejo— entrei na sua casa.
—Fazem duas semanas que eu não apareço aqui mamãe.
—Exatamente,muito tempo— olhei para o meu pai que cruzou os braços ao me ver.
—A bonita resolver aparecer?— negou—Finalmente Lulu— me abraçou apertado.
—Cadê o feio do Matheus?— perguntei sentindo a falta da meu irmão.
—Você tem uma chance de acertar— meu pai se joga no sofá.
—Jogando bola?—levantei uma sobrancelha.
—Droga!— comemorei.
—Ele já deve está vindo, saiu faz um tempo já— não deu tempo da minha mãe fechar a boca e Matheus aparece na porta.
—Não morre cedo!—me pronunciei.
—Quem?— ele diz.
—Estava perguntando onde você estava— ele me abraçou e eu fiz careta— você está suado.
—Estava jogando,sabe como o pai é bom no fut— sorriu de lado.
—Bom pra jogar fora—rimos.
—Ah! Que graça Lulu—fez careta— só não joguei no Flamengo por que sofri uma lesão cedo demais.
—Inventa outra desculpa,essa aí já é batida demais!— mostrou o dedo do meio.
—Vai logo tomar um banho,fedido!— minha mãe bateu o pano de prato na cabeça do menino que subiu as escadas correndo.
—Tem alguma fofoca?— me joguei no sofá.
—O mesmo de sempre filha—meu pai me diz— a vizinha até agora não descobriu o chifre,a velha fofoquei não sai da janela.
—Áh!—minha mãe diz interrompendo meu pai— conta da Judite— encarei rapidamente meu pai.
—O filho da Judite é gay!—
—Qual a fofoca?— levantei uma sobrancelha— qual é gente? Estava na cara.
—Ok,eu concordo—minha mãe diz— mas precisa ver o bafafá que deu quando ele se assumiu,pelo que eu fiquei sabendo— minha mãe se sentou ao meu lado— tem uma galera da igreja dela que está querendo que ela seja expulsa— enruguei o cenho.
—Nossa! Sem necessidades!—
—Zero né!—minhas mães cruza os braços—Mesmo com o temperamento dela,ela o aceitou—sorri.
—Que bom,fico feliz pelo Ale!—meu pai concordou.
—E você? Não tem fofoca não?— meu pai bateu na minha perna.
—Não!—menti.
Como eu vou falar pro meu pai que eu simplesmente falei com o gabriel. E também,como eu iria falar que eu prometi tatuar "gabigol" na minha BUNDA.
🕰️
—G!— falo depois de contar os dedos de todos.
Todas as vezes que nos reuníamos,jogávamos stop.
Eu amo.
Depois de alguns segundos meu irmão pega o sino e grita.
—STOP!— revirei os olhos.
—DROGA MATHEUS!— faltava apenas um pra mim. Só um série ou filme.
—Nome— pegou a folha de papel— Giovana—
—Gabriela.
—Gabriel—Digo e meu irmão revira os olhos.
—Giorgian!— meu pai fala e nós rimos.
Meu pai é apaixonado pelo uruguaio.
—Cep— falo em seguida.
—Groenlândia— Matheus diz.
—Goiás.
—Gramado,onde foi a minha lua de mel com a minha esposa— meu pai fala e dá um selinho na minha mãe.
Eca! Que lindos!
—Goiânia.
—PCH!—
—Garganta!— falamos todos juntos.
—Droga!— meu irmão resmunga— coloquem 5 pontos.
—Carro!—
—Gol!—
—Gol quadrado!
—Gol bolinha!— meu pai diz— e você meu amor?—
—Não vale,gol é gol!—minha mãe diz brava— o Matheus disse gol,no genérico. Não vale mais nada desse carro.
—Ah não mãe,claro que vale— revirei os olhos— só por que a senhora não pensou em nada quer dar esse migué.
—Me respeita maria luiza, eu tô falando. Não vale e pronto.
—Mas mãe...—
—Não discute Lulu,sua mãe está certa—meu pai diz.
Mamãe fala,e a gente obedece.
—Série,filme ou novela.
—Gold!— meu irmão diz.
—Que filme que é esse?— enruguei o cenho.
Eu não tinha pensando em nada, o que me resta é avacalhar os outros.
—Do menino lá da Disney— estralou a língua no céu da boca.—colocou o que?—
—Nada!— ele gargalhou alto— nojento.—mostrei a língua.
—Colocou o que papai?—
—E você lá deu tempo de escrever alguma coisa?— fez careta.
