MAS ELA ERA ÓTIMA EM ESCONDER
Se todos se importassem e ninguém chorasse
Se todos amassem e ninguém mentisse
Se todos compartilhassem e engolissem seu orgulho
Nós veríamos o dia que ninguém morreria
If Everyone Cared - Nickelback
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E Finnick realmente esperou.
Ele esperou 1095 dias.
Era o aniversário de 20 anos de Nêmesis. Johanna estava decidida a fazer uma festa para comemorar, já que nos dois últimos aniversários ela havia passado na Capital, e aquele era o primeiro que ela passaria com eles no Distrito 4.
Ela chegaria da Capital no dia do seu aniversário, e então, Johanna havia mobilizado toda uma força tarefa para conseguir finalizar a decoração antes da chegada de Nêmesis.
Finnick havia ficado encarregado de buscar Nêmesis na estação. O maquinista do trem, como já o conhecia, entregou a bagagem da ruiva pra ele, que estranhamente estava demorando pra descer.
Depois de alguns minutos, ela desceu com algo nas mãos. Quando ele apertou os olhos, viu que era um aquário com um tamanho que ele não sabia como ela havia conseguido trazê-lo no trem.
-Oi, Finn - ela exclamou, caminhando até ele, que lhe deu um abraço meio estranho.
-Oi, princesa - ele respondeu - O que é isso? - sinalizou o aquário com a cabeça.
-Frederico e sua casa móvel dentro de sua segunda casa - Nêmesis respondeu e Finnick franziu o cenho.
-Quem é Frederico?
-Meu bebê tartaruga- ela ergueu o aquário - Sempre quis ter uma, mas meu avô nunca deixou. Ele é de uma espécie que não cresce, e acho que exagerei no tamanho do aquário. Mas é melhor que o outro, que ele estava conseguindo escalar as paredes e quando eu via ele tava caído na escrivaninha de ponta cabeça.
-Ah, ele tem pedrinhas - ele comentou, analisando Frederico dentro do aquário.
-Eles já saem dos ovos assim - ela respondeu e vi Frederico ficar em pé encostado no vidro - Frederico, se você capotar eu vou te deixar assim - ela ameaçou e a tartaruga desceu, retornando para a parte com água salgada, começando a nadar.
-Vamos - Finnick a chamou, pegando suas malas e Nêmesis arrumou o aquário nos braços, e os dois caminharam para fora da estação, na direção do bairro.
No caminho, Finnick começou a pensar em como seria a abordagem de Johanna com a festa, e sobre o perigo de Nêmesis se assustar e deixar cair o aquário de Frederico.
Ao se aproximarem do bairro em que moravam, Finnick viu a expressão de Nêmesis mudar pra desconfiança, e ele lembrou-se da super audição dela propiciada pelo soro.
Ela provavelmente estava ouvindo toda a movimentação.
-Que barulheira é essa? - ela perguntou e Finnick amaldiçoou mentalmente todo mundo.
Por que tão barulhentos?
-Que barulho? - Finnick tentou desconversar - Não estou ouvindo nada.
-Finnick... - ela começou, mas um movimento no aquário atraiu sua atenção - Frederico! - ela ralhou com a tartaruga, que se encolheu dentro do casco.
-Ele é um terrorista, igual a você - Finnick comentou e ela o encarou indignada.
-Eu nem vou perder meu tempo te respondendo - ela resmungou e assim que entraram na vila, foi recebida por canhões de confete.
-Surpresa! - ela deu um pulo com o grito, e Finnick preparou-se para segurar o aquário de Frederico, mas Nêmesis o segurou firme.
-Seus filhos da mãe! - Nêmesis xingou, recuperando-se do susto - O que é isso?
-Uma festa surpresa pra comemorar o seu aniversário - Peeta respondeu.
-Eu nunca tive uma festa de aniversário - Nêmesis comento, analisando a decoração.
-Não? - Johanna a encarou.
-Meu aniversário é na mesma época que o frenesi dos Jogos acontecia - Nêmesis respondeu - O que é mais vantajoso pensando na vida política? - ela perguntou retoricamente - Eu preciso guardar o Frederico.
-Você colou pedrinhas na tartaruga, Nêmesis? - Johanna perguntou, se aproximando.
-Ele nasceu assim - Nêmesis retrucou - Já volto - avisou e foi até a casa de Finnick, com ele atrás dela temendo pela integridade física de Frederico.
[...]
Nêmesis colocou o aquário de Frederico na escrivaninha do seu quarto, e Finnick colocou as malas dela no chão, antes de saírem novamente da casa.
Ela não sabia muito bem como agir, sem nunca ter tido uma festa de aniversário. Ela já havia ido a algumas, quando ainda tinha amigas na Capital, mas nunca ela tinha sido o centro das atenções.
Ela aproveitou a festa com todos, tentando afastar os pensamentos intrusivos, mas eles mantiveram-se firmes em sua memória.
Mas ela era ótima em esconder.
Quando a festa terminou, todos voltaram para suas, e Nêmesis se trancou no quarto, dizendo que estava cansada da viagem. Ela sentou-se na escrivaninha, apoiando o queixo nos braços, enquanto encarava Frederico no aquário.
-Eu não sei o que fazer, Frederico - Nêmesis comentou, e a tartaruguinha a encarou, parecendo realmente prestar atenção nela - Agora que a Tia Tigris morreu, só restou eu na família Snow, e eu não sei se realmente vale a pena... - ela parou pra pensar - Continuar.
Snow cai como a neve, mas a neve derrete com a chegada do sol.
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Nêmesis agora tem um novo amigo, espero que gostem do Frederico 🤩🤩
Esse capítulo foi meio subjetivo, admito
Outra coisa, esse é mais um comentário meu. Eu juro que estou tentando responder todo mundo, mas meu Wattpad está lotado de notificações, e como sou uma jovem senhora, eu me perco toda vez, então se eu esquecer de responder/curtir alguém, não é nada pessoal*-*
Uma hora eu prometo que acho vocês
Não se esqueça de deixar o seu feedback e a sua estrelinha *-*
Volto em breve!
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Nêmesis I Finnick Odair
Romance• deusa da vingança e da justiça distributiva • • alguém que exige ou inflige retaliação • Nêmesis Snow foi criada e ensinada para se tornar a sucessora de seu avô no comando de Panem. Ela nasceu com a promessa de perpetuar a vingança contra os Dist...