Quinze

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Com a indicação da amiga que trabalha dois dias semana em uma ONG próximo a um bairro mais pobre, Sakura começou a fazer alguns serviços com ela. Não foi fácil conseguir alguns dos materiais de trabalho,  muitos ela comprou com seu próprio dinheiro e em dias alternados na semana passou a trabalhar com alguns exames clínicos, bem simples da qual muita gente não tinha nem acesso. Roda aquela loucura repentina ocupava sua mente, aliás Sakura sempre foi de ajudar o próximo, era uma das suas qualidades mais regentes, se destacavam tanto quanto seus cabelos rosados. 

Depois de um dia puxado sendo alguém que fugia de alguém, ou melhor  dizendo, fugindo de si própria chegou em seu apartamento com as bolsas de compras. A médica estava usando dinheiro para poder se tornar ainda mais invisível. 

— Posso te ajudar? 

— Oiê. Omoi. — sorriu compartilhando as bolsas com ele. O jovem que era bem mais novo do que ela,  com apenas 19 anos e um estilo bastante curioso de jogador de basquete era um rapaz bonito, prestativo, filho do síndico, Bee, um homem bem animado que sempre ia lhe cobrar o aluguel cantando algo que ela não identificava. 

— A senhora come muito. — comentou o rapaz de pele escura, lembrava um chocolate de tão bonita a sua cor. — É pra montar uma cesta básica pra uma das famílias lá da associação. 

— Todo mundo ama a senhora lá! 

— Eu sou tão velha assim pra você Omoi? — riu. Poucos momentos nesse mês a rosada se sentia leve pra sorrir e brincar com alguém. 

— Claro que não senhora. — respondeu corando. 

— Entra, aliás tem uma infiltração no cano da cozinha, avisa o seu pai. — comentou enquanto dava atenção para sua cadelinha. 

— A senhora é a única que tem animal doméstico por aqui. —  Também parou pra brincar com a cadelinha. 

— E você vai me dedurar? — Arqueou a sobrancelha esperando pela resposta.

— Claro, não senhora. 

— Hum, não deveria ter essas regras contra animais. 

— Concordo, se eu pudesse ter um teria um Pitbullzão sabe? Aqueles enormes, com a cabeça assim oh … —  Se articulou mostrando o diâmetro.  

— Nossa! — Novamente a rosada riu, se já era trabalho ter um animal de porte pequeno imagina um grande. 

— Mas eu gosto desse seu cachorrinho de madame também  sen-

— Olha! — o interrompeu. — Se você me chamar de senhora outra vez eu juro por tudo que é mais sagrado que furo todas as suas bolas de basquete que eu encontrar largada pelo prédio. 

— A sen- … você não ousaria. — riu. 

— Sente-se. — Retirando  presunto, queijo e suco da geladeira, colocou sobre a mesa, indo  até o armário e pegando um pote de manteiga de amendoim. — Coma comigo. — se sentiu dando um sorriso simples. — Eu não sou tão velha pra você ficar me chamando de senhora, viu fazer 35 anos. — fez uma careta, realmente o tempo havia voado, passou dos 20 anos, piscou e de repente 30. 

— É mais por respeito mesmo, doutora. 

— Piorou, nada de doutora ou coisa do tipo rapaz, só Sakura está ótima.  

— Você é tão legal que parece até uma de nós! — sua fala empolgada enquanto comia o sanduíche a deixou desconfortável. 

— E por que eu não seria? Não somos todos iguais? — Ela parou de comer, analisando o jovem a sua frente com expressões perplexas. 

O CUNHADO ( Itasaku| SasuSaku )Onde histórias criam vida. Descubra agora