No ritmo do Samba

Ta apaixonado?

Vicente chegava mais perto e eu confesso que queria aquilo tanto quanto ele,mas ao mesmo tempo não sabia se era a hora certa pra que isso acontecesse,então me afasto.

— Eh....eu...foi mal. – Diz e eu rio sem graça negando com a cabeça.

— Não precisa tentar se desculpar. – Digo e ele parece cada vez mais sem graça,mas eu honestamente não queria ficar nesse clima com ele.
— De verdade se você quiser que a gente vá embora sem problemas,eu não queria deixar nada estranho entre nós. – Digo e ele me encara.

— Nada disso,eu que não quero te forçar a nada e a gente não vai embora,preciso jogar mais do meu charme pra você. – Diz e eu rio,porque de repente de bateu um alívio,Vicente não deixou nem que por 5 segundos aquilo ficasse esquisito entre nós,ele deixava sempre as coisas mais leves.
— Ficou sem palavras né?viu meus encantos fazem efeito. – Diz piscando pra mim e eu rio revirando os olhos sabendo que fazia e fazia muito efeito.

[...]

Vicente:

Já estava levando a Luiza pra casa,mas ainda remoendo a grande vergonha que eu passei quando ela se afastou de me beijar.

Será que eu tô me iludindo e ela nunca quis nada comigo? – penso e logo olho pra mesma de canto que se mantinha quieta mexendo no celular distraída e eu suspiro pesado.

Honestamente todas as dúvidas que se passaram na minha cabeça foram embora quando olhei pra ela,eu posso tá sendo um idiota,mas eu tava muito apaixonado,eu conheci a Luiza em tão pouco tempo,mas parece que quanto mais eu conheço dela mais a quero por perto,desde que a vi naquela roda de samba,não sei explicar,mas ela tem algo tão...genuíno,me passa um ar sincero demais,eu não preciso ter jogos com ela,eu só sou eu e um pouco de cantadas ruins,além dela ser a garota mais linda que eu já vi,Pode ser clichê o quanto for,mas a beleza dela era excepcional de... tirar o fôlego.

Tempo sair desses pensamentos quando vejo que estamos perto da casa dela e assim estaciono.

— Apesar de ter sido do nada foi muito legal. – Diz ela e eu rio sabendo que o que eu mais faço é sair do nada. — Eh...e...desculpa por mais cedo. – Diz e eu suspiro pesado.

— Para de se desculpar,aconteceu e agora eu só vou te beijar ou tentar se você quiser,eu que honestamente tinha que pedir desculpas de novo,eu acho que forcei a barra.

— Claro que não,eu só...não sei explicar,mas a culpa não é sua,não foi forçado. – Diz e eu apenas assinto abrindo a porta do carro dela por dentro mesmo e saindo pela minha.

Ela sai do carro e eu fico de frente pra ela.

— Eu não quero esse clima entre a gente tá,se foi tão ruim pensar em me beijar,juro que nunca mais faço. – Digo pondo as mãos em redenção rindo fraco e ela revira os olhos me empurrando de leve.

— Larga de ser besta.

— Ah então quer dizer que você não pensa que é ruim me beijar? – Indago sorrindo ladino e ela ri ficando levemente vermelha.

— Tchau pra você,Vicente. – Diz me empurrando pra ela passar e eu rio encostando no carro.

— Já falei que adoro quando fala meu nome? – Pergunto rindo e ela nega com a cabeça rindo.

— Já,mas vê se sossega,boa noite. – Diz abrindo a porta de casa e me encarando e eu sorrio.

— Boa noite,linda. – Boto as mãos no bolso e ela só assenti fechando a porta com sorriso envergonhado no rosto e assim eu entro no carro.

Quando chego em casa,meu irmão menor vem me mostrar seu dever de casa feito,todo orgulhoso eu abraço ele e vou falar com minha mãe.

— Vicente,seu filho da mãe,você sabe que eu odeio esses seus passeios repentinos. – Diz e eu a abraço fingindo nem ouvir o que ela fala,mas ela me dá um tapa no braço,mas depois me abraça de volta.

— Desculpa,mas eu sempre te aviso pelo menos. – Digo e ela me encara enquanto prepara a janta.

— E tava com quem? – Pergunta e eu a olho meio confuso porque eu falei que fui com ninguém.

— Ué eu precisava estar com alguém? – Questiono e ela revira os olhos.

— Larga de ser sonso,menino,pode ir falando. – Diz parando até de cozinhar e me encarando.

— Sabe a menina que eu te...

— Sabia! – Diz batendo o pano de prato em mim e eu rio. — Você só sabe andar com essa menina agora né.

— Ela é irmã do meu amigo né,meio que normal. – Argumento e ela ri.

— Mas você não tava com o irmão e sim com ela,sozinhos.

— Você tava me espionando? – Pergunto indignado.

— Não,só conheço muito bem meus filhos. – Diz batendo no meu ombro e terminando de fazer o que tava no fogo.

— Conhece até demais... – Sussuro e ela me encara rindo.

— Conheço suficiente para ter certeza que você tá apaixonado. – Indaga e eu sorrio pra ela.

— Acertou em cheio. – Digo e ela sorri parecendo muito contente.

— Quero conhecê-la,você fala tanto dela,ela deve ser um encanto.

— Disso não tenha dúvidas,a Luiza é...linda,inteligente,simpática... – Quando olho para minha mãe ela tá rindo da minha cara.

— É meu filho espero que ela goste de você também. – Diz e eu rio sem graça lembrando do fora que eu levei hoje.

— Eu também espero...