Me apresentar pra sua mãe?

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O mesmo diz sorrindo ladino e encarando minha boca como fiz com a dele segundos atrás,mordo meu lábio  pelo nervosismo voltando a encarar o mar já que era minha única escapatória.

— Ficar envergonhada não combina com quem acabou de me fazer uma cantada. – O mesmo diz me encarando e eu rio.

— Um tanto quanto justo. – Digo e ele só me encara,eu evito de olhar realmente dentro dos olhos dele, porque de algum jeito,Vicente me olha de um jeito diferente de qualquer outro,se eu olhasse pra ele,perderia qualquer tipo de chance de mostrar que o tempo de conhecê-lo é a melhor opção para nós dois.

Então ficamos ali num silêncio que poderia ser constrangedor,mas era um silêncio confortável,enquanto observávamos o mar e seu barulho.

A gente ficou um tempo assim,quando Luanna surge na frente da gente meio bêbada.

— Gente bora jogar verdade ou desafio. – Diz andando torta e a gente ri se levantando e indo com ela até o resto do pessoal. — Pra tristeza de todos nós,eles não tavam se pegando quando a gente,opa, quando eu fui ate lá. – Diz enquanto ri sozinha e Hugo puxa ela delicadamente fazendo ela se sentar ao lado dele meio desengonçada se jogando em cima dele que só ajeita ela deixando ela se escorar nele.

— Realmente uma tristeza,mas é pra isso que serve esse jogo. – Diz Alicia e eu a encara séria,enquanto ela gira a garrafa caindo na Verônica que finalmente tinha aparecido junto de Rafael.

— Verônica,verdade ou desafio? – Alicia pergunta e Verônica ri parecendo pensar.

— Verdade pra começar leve. – Diz e Alicia a olha concordando.

— É verdade que ficou com o Rafael? – Indaga e todos da roda pareciam curiosos também,mas a gente sabia a resposta.

— Sim,ficamos. – Diz e todos começam a gritar e comemorar, enquanto Rafael ficava vermelho igual um tomate ajeitando seus óculos.

— Gente,para,ele tá morrendo de vergonha. – Luanna diz querendo rir e a gente começa a fazer menos alarde.

— Beleza minha vez. – Diz Verônica girando a garrafa que cai no Hugo que agora estava com a roupa normal,sem ser a fantasia de piranha. — O que vai querer? – Pergunta e ele parece pensar e logo a encara de novo.

— Desafio. – Diz e Verônica ri.

— Então,quero que beije a Luanna. – Assim que a mesma diz,Luanna fica incrédula olhando pra amiga e Hugo muda toda a sua feição. — Aproveitem muito e nada de selinho. – Diz e Hugo ajeita Luanna que se sentava ao seu lado envergonhada.

Ele parece pedir permissão olhando bem nos olhos dela e ela só fica quieta e envergonhada enquanto encarava ele,ele agarra na nuca da mesma e avança nos lábios dela sem muita hesitação,com todos claramente comemorando e fazendo brincadeira com os mesmos,eles não pararam de se beijar e quando finalmente se desgrudaram se encararam por bastante tempo.

— Caralho,só eu que senti o clima? – Allan fala e todos concordam rindo, enquanto Hugo o encara serrando os olhos pro amigo.

— Tá legal,minha vez. – Hugo diz claramente querendo fugir do assunto rodando a garrafa que caí na Alicia.
— Verdade ou desafio? – Pergunta o mesmo.

— Verdade. – Diz a mesma se ajeitando no seu lugar.

— É verdade que você já gostou do Allan? – Pergunta e ela ri em descrença encarando o próprio.

— Óbvio que não. – Diz girando a garrafa.

O jogo continuou por bastante tempo,mas logo depois fomos embora por estar tarde e iríamos voltar de uber pelo horário,depois de deixar Luanna com o Hugo para levar até sua casa, Vicente veio comigo e Gab pra nossa casa,já que era tarde e ele iria chegar na casa dele mais tarde ainda.

Eu e Alicia obviamente ficamos no meu quarto e Vicente no quarto do Gab,a gente invadiu o quarto pra jogar videogame com eles.

— Já aviso que eu vou ser a Kitana. – Gab fala enquanto Alicia se sentava na cama ao seu lado.

— Só se for nos seus sonhos. – Alicia retruca pegando o outro controle, enquanto ele a encara incrédula.

— Tu quer que eu te derrube dessa cama né,eu vou ser a Kitana e ponto final. – Diz e ela ri em descrença.

— Pode me derrubar,mas você não vai ser ela. – Retração de novo e ele parecia ficar cada vez mais indignado.

Enquanto eles discutiam eu só sabia que queria rir e Vicente também que sentava na poltrona e eu no braço dela.

— Eles vão discutir até amanhã. – Fala e eu concordo rindo.

— Eles sempre fazem isso,a Alicia parece mais irmã dele do que eu de tanto que eles se bicam. – Falo e ele ri.

— Aí,quer fazer uma pipoca? – Pergunta me encarando e eu concordo levantando do braço da poltrona.

— Com certeza,pra essa discussão acho que é mais que merecido uma pipoquinha. – Digo e ele sorri concordando e assim a gente saí do quarto. — Só não faz muito barulho porque meu pai tá dormindo. – Digo e ele assenti pegando a panela e óleo que eu tinha apontado onde ficava. — Vai querer fazer ou eu faço? – Pergunto e ele me encara.

— Pode deixar que eu faço,fazer pipoca é comigo mesmo. – Diz e eu rio.

— Lá vem você com o "eu sou bom em tudo". – Digo rindo e ele sorri ladino.

— E sou mesmo,além do samba de raiz,minha mãe,Maria Helena me ensinou tudo o que eu sei. – O mesmo fala com orgulho e sorriso no rosto o que me faz sorrir também.

— Pelo visto ela criou um cavalheiro. – Comento e ele me olha rindo fraco.

— Certamente,e tenho total certeza que ela iria amar te conhecer. – Fala me encarando enquanto o milho da pipoca estourava.

Ele realmente tá falando sobre me apresentar pra mãe dele?

— Já quer me apresentar pra sua mãe? – Questiono pasma e ele ri me encarando.

— Se você quer levar para esse lado. – Fala observando a panela e eu rio da sua cara de pau. — Mas se quer saber, eu não acho má ideia,minha mãe adora gente nova e ia amar conhecer a futura nora. – Diz e eu rio porque claramente ele não consegue deixar de me cantar.

— Tudo bem.

No ritmo do SambaOnde histórias criam vida. Descubra agora