Se me dissesem que em véspera de Carnaval,eu estaria a 1 hora da onde eu moro com um cara que conheci a 1 semana e meia indo para um lugar que eu não faço a menor ideia,eu não acreditaria.
Mas,pois é,aqui estou.
Enquanto as uma hora,ficamos ouvindo uns bons pagodes e conversando sobre coisas aleatórias,sobre como Vicente tem uma cicatriz atrás da orelha,ou como eu cai de cara no chão,caindo de Skate(Sim,tentei algumas vezes na minha vida,mas claramente não deu muito certo).
Trocamos informações como nossas cores favoritas,comidas prediletas, coisas das quais a gente prefere mais,tudo pra passar o tédio das uma hora,mas no final foi muito divertido.
Também fizemos perguntas reflexivas tais como:O que era a vida pra ele ou como seria um dia perfeito para nós e claro,Vicente não perdeu tempo antes de me cantar com essa.
No fim,aquela viagem no carro foi uma troca muito legal entre mim e ele e quase não teve piadinhas,por mais que eu talvez tivesse sentido um pouco de falta delas.
Enquanto observava a janela,vejo a praia bem grande e o calçadão parecido com o de Copacabana.
— Não tô acreditando que você me trouxe pra Copacabana. – Disse o encarando incrédula e ele ri.
— Acostume-se,pois eu adoro fazer isso pelo menos 1 vez na semana. – Diz e eu rio em descrença.
— Haja gasolina. – Digo e ele concorda finalmente achando uma vaga pro carro.
— Nem me fale,pra mim que sou apenas um estagiário remunerado com uma merreca,é difícil manter essa tradição,mas eu dou meu jeito.
— Remunerado?você fez o que pra esse teu patrão? – Pergunto saindo do carro.
— Digamos apenas que eu conquistei o que precisava. – Diz dando uma de misterioso e eu ri.
— Bajulou até ele não aguentar mais. – Digo e ele ri negando.
— Não faço o estilo baba ovo,eu só ajudei ele em algo,em troca desse dinheiro a mais. – Diz e eu mesmo curiosa,apenas rio pegando minhas coisas e colocando apenas o necessário na mochila de Vicente.
— Antes da gente se sujar inteiro de areia,quero te levar em alguns lugares de Copacabana.
— Eu topo,pra onde vamos primeiro? – Pergunto e ele ri.
— Se sinta a Helena de mulheres apaixonadas e aprecie o calçadão. – Diz e eu rio olhando para onde eu pisava.
— Como eu não sou a Helena,vou apenas tirar algumas fotos e aí nos vamos para o próximo,pode ser? – Indago e ele ri concordando.
Vicente tira algumas fotos minhas e faço questão de tirar alguma dele, mas digamos que além do seu sorriso completamente galanteador, Vicente ficava sem jeito pra poses nas fotos,o que deixava tudo mais engraçado.
— Chega de fotos minhas,quero uma com você. – Diz pegando o celular da minha mão e passando os braços pelos meus ombros,dou um sorriso pra foto acompanhando o mesmo.
— Licença,pode tirar uma foto nossa? – Vicente do nada pergunta para uma mulher aleatória e ela aceita,Vicente passa apenas um dos braços pela minha cintura colando nossos corpos um do lado do outro e eu apenas sorrio pra foto confusa, enquanto Vicente agradece pegando o aparelho eletrônico.Depois de uma breve olhada na movimentação da praia e nas pessoas correndo e muito mais, Vicente foi fazer palhaçada pra mim com a estátua de Carlos drummond e eu aproveitei pra tirar uma boa foto do mesmo que fingiu estar bravo,mas no fim riu e me pediu a foto.
Depois disso,Vicente me leva pra ficar andando até chegarmos numa feira gigante de coisas pra comprar.
— Eu gostaria de te bater nesse momento. – Disse e ele me olhou confuso.
— O que eu fiz? – Pergunta e eu rio.
— Deve ter um monte de coisas aqui e eu mal tenho dinheiro pra pagar tudo o que eu vou querer levar. – Disse e ele riu.
— Vamos fazer assim,se seu dinheiro acabar e você ainda quiser algo,eu compro pra você. – Fala e eu nego.
— De jeito nenhum,não precisa. – Disse e ele riu.
— Eu vou fazer do mesmo jeito. – Diz e eu desisto de retrucar.
Depois de termos rodado a feirinha inteira,eu tinha umas 5 sacolas que Vicente insistiu em carregar,comprei 1 vestido daqueles com estampa indiana,uma saia desse mesmo estilo,alguns acessórios,uma blusa pro Gabriel,já que ele me encheria o saco se eu não comprasse algo pra ele e comprei pra Alicia também, pois eles dois são ciumentos.
Até que lá as coisas eram baratas,então deu pra sobrar dinheiro pra comprar algo na praia se quiséssemos.
Depois que saímos da feira e Vicente guardou as compras,nós finalmente fomos pra praia.
Estava com um pouco de sol mesmo já sendo umas 16 horas da tarde.
Quando chegamos,ainda tinha gente correndo e andando de bicicleta e um monte de gente na praia.
Assim que eu e Vicente nos fixamos em um lugar,fomos direto pro mar,Vicente só sabia fazer palhaçada,se jogando no mar e jogando água em mim.
— Eu acho que tô me afogando, preciso de ajuda de uma garota linda de trança na minha frente. – Diz e eu rio quando ele agarra minha perna afinal estava ajoelhado no mar,enquanto eu em pé,mas quando menos espero a onda vem me derrubando e Vicente me puxa agarrando minha cintura e me colando com ele,enquanto eu tento voltar a respirar depois do cachote que levei.
Mas a recuperação é interrompida, no momento em que percebo o jeito que tô com ele,tão perto que sinto sua respiração e suas mãos só firmam o toque na minha pele.
— Você tá bem? – Pergunta com o olhar intercalando entre minha boca e meus olhos e eu assinto do mesmo jeito,ainda desnorteada demais pra reagir,sentindo tudo no meu corpo se aquecer pelo seu toque,seus olhos se fixam tanto nos meus lábios que não consigo ignorar e faço o mesmo me deparando com a boca carnuda e atrativa dele,eu estava ferrada...se beijasse ele,nunca mais ia querer parar.
Quando vejo ele se inclinar....
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No ritmo do Samba
RomanceLuiza é surfista e Vicente um pagodeiro que toca pandeiro muito bem,num encontro inusitado de coincidências,Vicente,melhor amigo de seu irmão,a conhece e por um mísero combinado,a aproximação deles se torna inevitável,com um charme inabalável e os f...