1 hora comigo de carro

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O momento fofo em que estávamos a brisa do vento do mar,a calmaria de nós dois juntos,acabou quando Allan me ligou dizendo que íamos embora com Alice de pé praticamente torcido,Luanna dormindo no colo de Hugo,Gab indo com o Igor embora na moto dele.

— Meu Deus,nem sabia que o Igor estava aqui. – Digo e Vicente concorda se levantando.

Para a camisa de botão não cair eu a coloco e assim vamos direto pro carro de Hugo ver como o pessoal estava.

Onde Alicia estava no banco da frente com gelo no pé, reclamando,
Allan atrás com as coisas dela,
Luanna com a cabeça encostada em Verônica.

— Tá tudo certo na medida do possível? – Indago e Verônica ri.

— Acho que tem solução. – Fala a mesma e eu rio concordando.

— Então tudo bem,Leva a Alicia pra minha casa,Gab já deve estar chegando,eu vou com Vicente. – Digo e todos eles me encaram travesso.

— Vou ignorar isso,tchau pra vocês. – Digo indo embora,mas ouço a risada deles de longe.

Quando encontro Vicente encostado no carro me aproximo.

— Não sabia que tinha um carro. – Comento e ele me encara.

— É que eu tô sempre de Bicicleta, mas tenho,meu pai tinha esse carro só que tava ruim,ele me ajudou a consertar e me deu. – Diz abrindo a porta do carro pra mim e eu rio fraco entrando.

Vejo minha mais nova cunhada e Rafael mexendo no telefone sorrindo pra ele.

— Por acaso tá conversando com uma certa Verônica? – Pergunto irônica e ele me olha constrangido e assenti.

— Já que vou ter que aturar Vicente te jogando cantadas,em condição peço que não conte pra ela sobre isso. – Diz e eu rio concordando.

— Vou precisar condizer com isso também? – Pergunta Eliza e eu rio,enquanto Rafael serra os olhos pra mesma.

— Com certeza,você é a mais boca aberta. – Fala reclamando e a mesma dá de ombros,enquanto eu rio.

— Diferente dela,eu ficarei quieta. – Falo e ele ri fraco concordando e voltando a mexer no celular.

Vicente entra no carro como de se esperar e dá partida nele até minha casa.

Evito fazer perguntas,já que Vicente com certeza daria em cima de mim enquanto elas.

Quando chegamos na minha casa,o carro ficou numa calçada e precisamos atravessar.

— Por que não parou aqui na frente? – Pergunto pegando a chave na bolsa.

— Achei que seria menos vergonhoso. – Diz e eu rio fraco concordando.

— É justo,mas eu realmente tenho que ir,a Alice parece tá ruinzona no pé e como a minha casa é mais dela do que minha,ela já deve estar aqui. – Digo e ele ri.

— Tudo bem,até amanhã.

— Se sabe que amanhã não temos nada marcado né? – Questiono,mas ele ri ladino. — Ah entendi,você tá aprontando,tudo bem,então até amanhã. – Digo o beijando na bochecha acenando pro carro do outro lado da calçada e assim entrando em casa.

— Pelo menos veio logo,isso mostra que você ainda se importa comigo. – Fala Alicia sentada no sofá com gelo no pé e Gab bebendo refrigerante ao seu lado.

— Oi pra você também e não vem com esse drama,porque quando eu tava sozinha sem fazer nada,você tava dançando agarrada com o Allan. – Digo e ela se cala ficando séria.

— Isso não vem ao caso e você fala como se eu e ele estivessemos no maior rolo,era só uma dança. – Fala se retendo os ombros e se encostando mais no sofá.

— Eu não disse nada disso,mas se a carapuça serviu. – Falo desviando o olhar e uma almofada voa na minha cara. — Só não começo uma guerra porque você tá com o pé quebrado. – Digo e ela ri,enquanto eu vou tomar banho.

Depois de Alicia ficar um bom tempo com aquele gelo no pé,as coisas estavam melhorando pra ela e assim todos nós fomos dormir,afinal eu tinha mais dias pra trabalhar.

[...]

Como de costume,eu vou a praia mesmo que não seja pra dar aula, falo com Senhor Edson,caminho um pouco pela praia,molho um pouco meus pés nesse calor e vou falar com o Igor que estava a mexer no celular quando se assusta com a minha presença.

— Meu Deus,Luiza quer me matar do coração? – Pergunta colocando o celular na mesa e pondo a mão no coração.

— Não,mas acho estranho esse susto todo pra quem tava só mexendo no celular. – Digo desconfiada e ele pega o aparelho na mesa rapidamente.

— Nem vem com essa,apenas não estava preparado para a sua aparição. – Diz e eu ergo as sobrancelhas e não digo mais nada.

Depois de um tempo só sentada no quiosque,vou para o bar cumprir meu expediente como sempre faço,indo pro verdadeiro trabalho do dia.

Dona Elvira estava como sempre olhando tudo,dando ordens e resolvendo problemas de última hora,enquanto eu apenas fui fazer meu trabalho.

Depois de longas horas de trabalho estava nos meus últimos atendimentos do caixa,afinal como era dia de semana eu sempre saia mais cedo,umas 14:20.

Quando termino de atender uma moça que saiu com a cachaça na mão,olho de novo para minha frente e Vicente está ali,o que me faz pular pra trás de susto.

— Cara que susto,o que você tá fazendo aqui? – Pergunto voltando a me aproximar do caixa.

— Vim te ver e aproveitar pra te levar num lugar. – Diz e eu rio.

— Agora eu entendi aquele "até amanhã". – Falo e ele ri fraco.
— Tudo bem,eu saio com você,mas falta 15 minutos.

— Eu espero. – Diz se sentando na mesa praticamente na minha frente e eu rio.

[...]

Quando se passaram 12 minutos, Dona Elvira me chamou pra sua sala e eu estranhei,já que faltava pouco pra acabar meu expediente.

— Perdão,fiz algo errado? – Pergunto e ela ri negando.

— Não,minha querida,tô aqui pra te liberar,pode sair mais cedo,o rapaz tá te esperando a maior tempão e não precisa pagar pelos 3 minutos. – Diz e eu dou um sorriso pra mesma, surpresa.

— Nossa,obrigada. – Digo e ela sorri e assim eu saio da sala tirando meu avental e pegando minha mochila.

— Ué faltava 2 minutos ainda. – Diz Vicente assim que me vê,com uma cara confusa.

— Ela me liberou. – Digo e ele ri fraco.

— Bom,então melhor ainda. – Diz e eu rio concordando e assim vamos pra fora do bar. — Uma pergunta, aceita passar quase 1 hora comigo de carro? – Questiona e eu o olho confusa.

— Topar eu topo,mas pra onde a gente vai? – Pergunto curiosa e ele nega.

— Não posso contar,vai ter que confiar em mim,juro que te deixo em casa as 23h. – Diz e eu mesmo querendo saber muito onde ele me levaria,topo entrando no carro.

— Trouxe biquíni né? – Pergunta e eu o olho desconfiada,mas assinto.
— Então partiu.

No ritmo do SambaOnde histórias criam vida. Descubra agora