Cunhada

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Assim que ele fala,eu o encaro no mesmo instante pondo minha única mão disponível em seu peito. 

— Por favor,não grita. – Peço e ele sorri ladino,claramente se divertindo com a minha cara.

— Tá bom. – Diz e eu rio batendo nele de leve.

— Sério,não sei como eu te aguento. – Digo e ele ri me puxando pra andar com ele pela praia.

— Você me adora,nem adianta mentir. – Diz e eu rio revirando os olhos.

Depois de um tempo caminhando,logo em seguida precisava ir trabalhar.

— Para sua tristeza,preciso ir trabalhar. – Digo parando de andar com ele.

— Que pena,mas como um cavalheiro eu te acompanho. – Diz e eu sorrio fraco,pegando minhas coisas quando chegamos perto do quiosque onde tinha deixado as minhas coisas junto das de Vicente por precaução.

— Já vai trabalhar? – Pergunta e eu assinto. — Aff!nessa correria,eu nem me lembrei de perguntar do seu irmão. – Diz Igor se apoiando no balcão e eu o olho confusa.

Igor sempre perguntava de Gab,mas ainda era estranho.

— O Gab tá bem,o mesmo dramático de sempre,ele tá trabalhando agora lá no shopping. – Digo e Igor parece surpreso.

— Como que ele conseguiu ser demitido do Mc Donald's? – Pergunta e eu rio ao me lembrar.

— A cliente tava enchendo o saco,foi reclamar de algo com ele sem nenhum motivo aparentemente pra perturbar,aí ele mandou ela ir pra puta que pariu. – Falo querendo rir e Igor segurava o riso.

— Típico do Gab. – Diz e eu rio concordando.

— Pra piorar,ela tinha uma filha que tava simplismente causando maior confusão na parte de brincar de lá,aí ele disse pra ela que ao invés dela reclamar ela podia tomar conta melhor da filha dela. – Disse e Igor prestava total atenção na fofoca enquanto ria horrores.

— Cara só ele pra falar uma coisa dessas. – Diz Igor e eu concordo.

— Pois é,depois quando a gente for sair pra algum lugar,bora marcar com todo mundo. – Disse e ele concorda.

— Tudo bem,quando forem me avisem que eu vejo se estou disponível. – Diz e eu assinto indo embora com Vicente da praia e chegando no bar onde eu trabalhava como gerente e caixa.

Quando chego o bar está limpo e organizado e por enquanto tinha só um grupo de idosos bebendo e jogando truco,então eu estava tranquila,mas a noite a movimentação era muita,sempre tinha gente tocando ao vivo,cantores bons,não aqueles karaoke de bêbado desafinado.

O bar da Dona Elvira,não era um simples bar de esquina de frente pro mar,ele era mais gourmetzado,mas não deixava de ter a sua simplicidade,e é justamente pela energia e pelo ambiente que esse bar tem que faz ele ser o mais famoso da região e todos amam vir aqui, confesso que gosto de trabalhar aqui,Dona Elvira é uma fofa e sempre me tratou muito bem,e por mais problemas que os bêbados causassem ali,eu ainda gostava de lá.

— Ah que bom que você chegou,estava precisando de você lulu. – Diz dona Elvira tocando meu ombro e andando enquanto tento acompanhar seu ritmo até o caixa. — Perdão pela falta de educação, menino,me chamo Elvira. – Vicente só a encara sorrindo fraco.

— Tudo bem,só vim deixar ela aqui,Vicente. – Diz e a mesma me encara e sorri.

— Ah que cavalheiro,não sabia que a Lulu namorava. – Ela fala animada e eu rio em descrença,pois não tinha uma pessoa sequer que pensasse outra coisa a não ser que nós éramos namorados.

No ritmo do SambaOnde histórias criam vida. Descubra agora