Galanteador incurável

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Ele me elogia sem nenhum pudor sorrindo lindamente pra mim como se não tivesse acabado de me deixar completamente envergonhada,eu rio sem graça,enquanto ele claramente me encarava sem nenhuma vergonha.

— Eu que tinha que tomar cuidado e você que saí apaixonado? – Indago rindo convencida e ele sorri ladino.

Se ele soubesse o quanto esse sorriso acaba comigo....

— Já saí apaixonado a muito tempo e você sabe muito bem. – Diz me encarando e analisando todas as feições do meu rosto.

— Não sei de nada... – Digo e ele ri negando com a cabeça. — Mas se tem alguém que nenhum se superou tanto quanto foi o Hugo,ele tá de peruca loira e literalmente de vestidinho bem piranha,ele e o Allan estão fazendo o par perfeito. – Disse e ele olhou pros dois e riu junto comigo.

— Tem razão,mas o seu irmão não fica muito atrás ele tá usando um rabinho na saia. – Diz e a gente ri mais ainda.

— Aí!vocês não vão passar protetor?ja viu esse sol do caralho? – Diz Allan e a gente vai até o pessoal pegar o bendito protetor.

— Bem que você podia me dar uma força e passar nas minhas costas. – Vicente fala sorrindo ladino e eu rio concordando.

— Eu sei suas reais intenções,mas eu posso te dar essa força. – Disse e ele riu se virando de costas pra mim.

É engraçado que por mais que eu só estivesse passando protetor em suas costas,o mesmo se arrepiou com minhas mãos geladas encostando em sua pele negra e macia,só continuo passando agora em seus ombros chegando mais na nuca onde ele dá uma leve inclinada com a cabeça como se me desse algum tipo de livre acesso, mas não faço nada além de descer mãos para baixo onde modelo sua cinturinha.

— Pra quem disse sobre minhas intenções serem impudicas,você tá adorando. – Diz e eu rio empurrando ele levemente.

— Quem tá gostando mais disso não sou eu. – Comento e ele ri se aproximando de mim e abaixando só um pouco para eu passar o resto do protetor no rosto dele,onde só jogo três pontinhos nas duas bochechas e um na testa onde o próprio espalha.

— Cara,vendo você desse ângulo,você consegue ser mais bonita ainda. – Diz e eu rio.

— Obrigada,mas tenho que dizer que você é um completo canalha. – Digo e ele me encara indignado.

— Só porquê eu disse a verdade? – Diz sorrindo e eu reviro os olhos.

— Não,é simplesmente porquê você não tem um pingo de vergonha na cara. – Digo e ele ri.

— Não adianta falar que eu sou um cantador barato,eu sou apenas um galanteador incurável. – Diz e eu rio.

— E você adora isso né? – Comento e ele assenti sorrindo animado e eu rio.

— Eu adoro principalmente porquê você fica linda com vergonha. – Diz tocando meu queixo e eu fico sem graça junto da fala.

— É por essas coisas que eu te chamo de canalha. – Digo batendo leve em seu braço e ele ri.

Logo em seguida todo mundo entrou na multidão,cantamos,dançamos e curtimos até o pôr do sol,o lugar todo estava movimentado e a gente curtiu muito,as músicas típicas e até tinha barracas mais pra frente de comida um pouco fora daquele amontoado de gente,onde todos estavam agora comendo mini pizzas e alguns comendo um grande X-tudo.

— Percebeu que a Verônica e o Rafael,sumiram. – Diz Alicia do meu lado e eu observo a mesa com todos do grupo ali menos eles,percebendo o perdido que eles deram na gente.

— A prova de que ela é rápida e sagaz.– Digo e ela ri concordando.

Quando terminamos de comer,todos fomos para a praia com algumas bebidas ainda e só a vontade de ir pro mar.

Eu não tava muito afim de me molhar,então só molhei o pé como Alicia e Verônica e me sentei na areia,quando Vicente senta ao meu lado.

— Eu falei com a maioria do pessoal e todos estão animados para esse Carnaval. – Diz e eu sorrio animada.

— Isso é ótimo,estou ansiosa para esse feriado começar. – Digo e ele concorda.

— Pois é,ainda mais pelo fato de que depois desse feriado,eu vou começar a faculdade e tô extremamente nervoso. – Diz e eu me surpreendo sabendo que a minha situação é igual.

— Sério? Eu não fazia ideia,que curso você faz? – Pergunto curiosa.

— Música,na Unirio. – Diz e eu me pego ao mesmo tempo surpresa e também pensando no óbvio que era aquele curso que ele faria.

— Faz muito sentido,eu estou cursando biologia na UFRJ. – Falo e ele ri parecendo surpreso também.

— Meu Deus,me diz é biologia marinha? – Me questiona e eu assinto.— Sabia!acho que você vai ser uma bióloga incrível. – Me elogia e eu dou um sorriso genuíno ao mesmo.

— Obrigada,você é e vai continuar sendo um ótimo músico. – Digo e ele sorri sem graça com o elogio.—  Você ficando sem graça? – Digo o provocando e ele ri.

— Não vale assim,você me desconcerta sem muito esforço. – Diz me encarando sorrindo ladino e eu rio fraco.

— Eu que te desconcerto?você me deixa com vergonha a cada 2 falas suas,por isso eu te chamo de cantador barato. – Digo e ele ri.

— Ok ok,então fazemos assim,nós dois somos cantadores baratos. – Diz e eu rio balançando a cabeça negativamente

— Não sei se sou a favor disso. – Comento querendo rir e o mesmo me encara parecendo pensar em algo.

— Sabe uma coisa engraçada? – Diz e eu o encaro negando sua pergunta.
— É que mesmo eu te cantando de forma barata como você mesma diz,você nunca me dá uma resposta. – Diz me encarando e eu fico não só confusa pela mudança de assunto,mas também nervosa por ele ter me colocado contra a parede.

— E que resposta você quer de mim? – Indago e ele me encarava sério sem sorrisos,o que estava me deixando preocupada.

— Eu quero que me dê uma chance sincera. – Diz e eu encaro o mar antes de encará-lo novamente.

Não é que eu não queira tentar,mas por mais incrível que ele fosse,eu não tinha certeza de nada ainda.

— Não é que eu não queira,mas...é complicado,eu não quero acelerar nada entre nós,você é maravilhoso,mas tudo seria rápido demais. – Digo e ele concorda.

— Olha,não me entenda mal,eu não tô te pressionando,não quero que você mude seus planos ou acelere nada que não queira só por mim,mas eu só preciso saber se eu tenho chance,ou isso não vai levar a nada? – Diz me encarando como se quisesse muito que a minha resposta fosse a que ele queria. — Eu to falando sério,Luiza,eu quero que me deixe conquistar você. – Fala me deixando cada vez mais sem fala.

— Você já está fazendo isso e isso significa que você tem chances comigo sim. – Digo e ele parece aliviado abrindo seu lindo sorriso pra mim. — Que bom que seu sorriso voltou,eu adoro ele. – Confesso encarando seu sorriso que vai se fechando aos poucos me dando visão dos seus lábios carnudos e atrativos,mas mudo meu foco de lugar e respiro fundo,pois não era momento pra isso.

— Que bom que você gosta,pois ele é todo seu. – Diz e eu rio.

— Não faz assim que eu me apaixono. – Digo piscando pra ele usando suas táticas de encantamento e ele ri.

— Pelo visto não sou só eu o galanteador incurável. – Diz me encarando enquanto ri. — E saiba que se você se apaixonar vai ser só mais uma vantagem.

No ritmo do SambaOnde histórias criam vida. Descubra agora