Hmm namorada?

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Ele saí correndo e eu vou logo atrás igual uma doida,o vento forte e bom batia em meu rosto e eu quase me distraio do que eu fazia,mas logo volto a correr voado passando o mesmo que resmungou e eu segui na frente dando um tchauzinho com as mãos bem debochado.

Logo depois eu preciso desviar da calçada onde o mesmo sobe me ultrapassando,mas eu não fiquei muito atrás,quando passei pelo mesmo chegando no lugar.

— Há!,ganhei. - Digo contente e ele vem logo atrás carregando a bike.

— Que sortuda cara,foi por muito pouco tá. – Diz e eu rio. — Já que eu perdi, pelo menos vamos comer um açaí pra refrescar,vem. – Diz me puxando pelo pulso me levando pro outro lado da calçada,seguimos assim agora sem correr,mas sua mão desliza sobre a minha se juntando rapidamente e eu simplesmente não fiz questão de desfazer,achava fofo,Vicente parecia nem reparar nesse contato,mas eu já estava olhando pras nossas mãos entrelaçadas a bastante tempo.

Chegando no local,tinha algumas pessoas comprando também,Vicente finalmente percebe as mãos juntas,mas não as tira,dá de ombros e vai até o balcão com uma idosa atrás dele.

— Dona Neusa,como que tá a vida? – Pergunta se escorando no balcão e dando um sorriso a senhora.

— Vai bem,meu querido. – Diz devolvendo o sorriso pro mesmo e depois me olha. — Hmm,namorada? – Indaga me olhando curiosa e um sorriso tímido se forma em meus lábios.

— Se ela quisesse seria. – Diz e Dona Neusa ri balançando a cabeça negativamente.

— Você é terrível garoto. – Diz e me olha. — Viu,até deixou a menina sem graça. – Disse e os dois me encaravam agora e eu coro. — Qual seu nome querida? – Pergunta.

— Luiza,muito prazer. – Digo estendendo a mão a mesma e ela aperta dando um tapinha nela,típico de vó.

— Muito bonita. – Me elogia e eu rio.

— Eu sempre digo isso pra ela. – Vicente interrompe nossa conversa e a Senhora ri.

— Que mentira,você me conheceu hoje. – Digo e ele se mostra ofendido pondo a mão ao peito.

— Uma facada doaria menos,linda. – Diz passa a mão pelo meu queixo rapidamente e eu rio frouxo,tentando não mostrar minha constrangimento  com seu novo apelido.

— Garoto você não é mole né? - Diz Dona Neusa com a mão na cintura e ele ri.

— Já que esse mal educado me atrapalhou,muito obrigada,Dona Neusa,você é encantadora. – A elogio de volta e ela ri.

— Elogiando mais ela do que eu,não gostei. – Diz e eu dou de ombros caminhando até o lugar que colocava açaí e ingredientes esperando o encaro de novo atrás de mim que assim que me encara de volta,zoa fazendo cara de abandono e eu reviro os olhos.

— Aí você é muito mimado. – Reclamo e ele ri.

Por fim,pedimos o que queríamos e colocamos os ingredientes e nos sentamos do lado de fora do lugar.

— Caralho,esse açaí é muito bom,nunca tinha visto ele. – Comento e o mesmo me encara.

— Venho aqui quase toda semana,é o melhor açaí da região. – Diz comendo mais um pouco.

— Da pra ver,você e a Dona Neusa são bem próximos. – Digo comendo mais m pouco.

— Ela é avó do meu amigo,Rafael. – Fala e eu assinto. – Um dia desses você ainda vai ver ele,o cara tá sempre passando por aqui. – Diz me encarando. — E aí gostou daqui? – Me pergunta e eu assinto sorrindo pouco por vergonha de estar roxo de açaí.

No ritmo do SambaOnde histórias criam vida. Descubra agora