17 - Unwritten

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São Paulo acordou com um balanço na cama e a luminosidade do dia em seu rosto

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São Paulo acordou com um balanço na cama e a luminosidade do dia em seu rosto. Assim que acordou, deu de cara com Rio abotoando a camisa que SP emprestou para ele.

As memórias do dia anterior vieram à sua mente: o afastamento, a crise, eles dormindo de conchinha...

Só percebeu que estava pensando demais quando viu que ele e Rio estavam se encarando.

— Desculpa, não queria te acordar...

— Tudo bem, eu provavelmente acordaria de qualquer forma — Deu de ombros e se sentou na cama — Já está indo trabalhar?

— Vou sim, quer ir também? — SP desviou o olhar, claramente desconfortável — O que?

— Eu tô afastado

— Poxa, sério?! Por que o Brasa faria isso? Você trabalha pesado lá

— Na verdade... — São Paulo pensou seriamente se devia ou não explicar a história real. No fim, apenas desistiu — Deixa pra lá

Rio estranhou o comportamento e ergueu uma das sombrancelhas. Conhecia Brasil há muito tempo como amigo e agora estava conhecendo melhor como chefe, mas ainda sim, poderia afirmar com certeza que ele não afastaria seus funcionários sem um motivo plausível.

— Você que pediu o afastamento? — Apostou na opção mais lógica

— Mais ou menos — Rio ainda não pareceu entender e São Paulo se sentou com os pés cruzados na cama — Se eu te contar, você promete não espalhar para ninguém da empresa? — Rio assentiu — Eu liguei para o Brasil pedindo demissão

— Puta merda... — Foi a única coisa que Rio de Janeiro conseguiu dizer

— Eu tô tendo uns problemas na empresa, para ele não me demitir direto, o Brasil me deu essa semana de afastamento, pra ver se eu mudo de ideia — SP se deitou novamente, de barriga pra cima

— É por causa daquela briga que você teve com o Minas? — RJ se sentou na beirada da cama

— Também, eu não ando muito com cabeça pra trabalho...

— Você deveria buscar ajuda

— Ah, não! Eu sempre lidei com o meu trabalho sozinho, não preciso da ajuda de ninguém pra...

— Eu tava falando de ajuda psicológica — Encarou-o desconcertado

— Ah... — Se afundou ainda mais na cama — Você não é o primeiro que me diz isso

— Desculpa, eu não falei pra te ofender! É só que talvez isso vá te ajudar

— Eu não sei, não quero confiar meus problemas a um estranho qualquer

— Teoricamente, esse estranho é profissional em lidar com os problemas dos outros — Deu de ombros — Aquele seu amigo lá, o Paraná, ele não é psicólogo?

Maldito De Ex - pauneiro (SPXRJ)Onde histórias criam vida. Descubra agora