São Paulo e Rio terminaram e tudo indicava que SP estava traindo o namorado. Apesar disso, nada foi comprovado. Agora, os dois trabalham na mesma empresa e precisam arranjar um jeito de se suportar. Cada um tem seu lado da história e tem seu ponto a...
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São Paulo, logo após sair da empresa, correu para a casa de Paraná. Ele praticamente socou a porta umas trinta vezes, na expectativa de que o amigo fosse abrir mais rápido.
Porém, quando viu o rosto cansado do amigo e uma expressão de puto, ele se arrependeu quase que instantaneamente. Paraná provavelmente já estava dormindo e ele o acordou.
— É pra desabafar? — São Paulo assentiu e Paraná suspirou — Entra logo
A porta foi aberta por completo e então SP entrou. PR se deitou no sofá, de frente para São Paulo e agarrou uma das almofadas presentes ali. Enquanto isso, Sampa se sentou no sofá, com a postura reta, esperando que Paraná falasse algo.
— O que aconteceu? — Ele logo perguntou
— O Brasil contratou um novo funcionário para a empresa
— Tá falando de mim? — SP negou — Então prossiga
— Ele contratou meu ex e agora eu vou ter que trabalhar com ele de segunda a sexta como se não fosse nada!
— E se realmente não for nada?
— E o Brasil só contratou ele por que não tinha ninguém de TI no sudeste...
— Ou seja, vocês estavam precisando de alguém de TI
— Não! Eu, o Minas e a Espírito Santo sempre demos conta de tudo!
— Até com a parte de TI?
— A gente chamava o Sergipe, ele nunca se importou de ajudar
— Mas... Isso não é meio cansativo pra ele? Vocês são de regiões totalmente diferentes
— Certo, mas de todos os funcionários de TI do mundo, ele tinha que contratar justo o Rio ou melhor, colocar ele bem na mesma região que eu?
— O Brasil não tinha como saber e do jeito que vocês estavam, foi o certo a se fazer
— Você tá falando que nem o Brasil
Paraná se ajeitou melhor no sofá, para parecer mais sério e encarou São Paulo nos olhos.
— As vezes, quem está criando confusão a toa é você e essa sua cabeça, já parou para pensar nisso? — Negou — Vai ser seu dever de casa hoje — Antes que Paraná pudesse se deitar novamente, SP perguntou
— Você não tem nada pra beber, não?
— Água?
— Cachaça.
O paranaense apontou para um compartimento na cozinha que se consistia em uma portinha que abria por cima.
— Tem ali, bebe com cuidado, as que eu tenho são fortes — E então, desabou no sofá
O paulista se dirigiu em direção à cozinha e pegou uma das cachaças do amigo. Antes de beber, se sentou no sofá e revezou o olhar entre a garrafa e o amigo.
