São Paulo e Rio terminaram e tudo indicava que SP estava traindo o namorado. Apesar disso, nada foi comprovado. Agora, os dois trabalham na mesma empresa e precisam arranjar um jeito de se suportar. Cada um tem seu lado da história e tem seu ponto a...
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Rio até ficou quieto por um momento, apesar da sua ansiedade gritar a mil. Ele se levantou, mas não iria necessariamente embora.
Ele chegou ao lado de São Paulo e cutucou de leve seu ombro
— Tô atrapalhando?
— Bastante, mas já que você já está aqui — Maranhão, que acabou por ouvir, disse sem filtros, dando de ombros. O que fez São Paulo lhe dar um tapinha
— Já é, tô indo — Seu instinto automatico foi tentar fugir. Ele apagou o próprio cigarro no cinzeiro — Desculpa, não tava querendo atrapalhar
— Não precisa, Rio
—'O que tu veio falar pra ele, hein? — Maranhão cruzou os braços e encarou Rio de Janeiro, antes que ele pudesse sequer se dirigir até a porta
— Qualé? Só vim ver se ele tava bem
Assim que RJ se levantou e cruzou os braços igual Maranhão, SP sentiu se coração acelerar.
Sabia que MA não bicava Rio desde que os dois terminaram e toda essa cena só indicava que os dois iam brigar.
— É pra isso que inventaram aplicativos de mensagem, era um ótimo jeito de perguntar
— Olha, eu não vim só em meu nome, tiveram outras pessoas que sentiram a falta dele hoje no serviço
— Novamente, era só mandar uma mensagem
— Vocês podem parar de falar como se eu simplesmente não estivesse aqui! - SP exclamou, mas ainda sim, os dois não pararam
— Ele não tá respondendo nem o melhor amigo dele, quem dirá eu!
São Paulo se sentia confuso sobre o que fazer. Interver parecia que só iria piorar a situação. Mas não fazer nada, também parecia acabar a na mesma coisa.
— Logo, isso não é da sua conta! Eu já estava vindo resolver as coisas
— Disso, ele não me avisou
— Ele não te deve nada, cuzão!
Aos poucos, SP sentia sua respiração ir embora também. Era como se o ar que ele pegasse não fosse suficiente para suprir sua necessidade de respirar. Ele agarrou o cós da bermuda e apertou com os dedos.
Sua mente rodopiava em todos os milhares de assuntos pendentes naquela semana. Ele só queria que pelo menos um deles se resolvesse com facilidade.
Quando percebeu seu real estava de desespero, já estava sentido seu coração socar sua caixa torácica. E doía, doía pra caralho.
Todas as suas sensações e preocupações somadas ao fato dele não estar com tolerância para aguentar a agravação daquela discussão dos dois fizeram com que SP apenas saísse do lugar e fosse em direção ao banheiro mais próximo de seu apartamento, sem nem olhar para trás.
