Capítulo 36: Negociando com bandido

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Petra e Vicente sentiram duas mãos, aparentemente masculinas os agarrarem por trás, impedindo de se moverem ou gritarem. Na hora se desesperaram. Foram arrastados até um barraco muito maior, que ficava no ponto mais alto do morro.

Quando chegaram no lugar, viram dois homens armados com fuzis gigantes que pareciam ser bem pesados, sem camisa, e com óculos escuros com lentes coloridas e reflexivas.

Quando chegaram no lugar, viram dois homens armados com fuzis gigantes que pareciam ser bem pesados, sem camisa, e com óculos escuros com lentes coloridas e reflexivas

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Os Garotos, que pareciam não ser tão velhos, no máximo dezoito anos, colocaram Petra e Vicente sentados no chão amordaçados, e com as mãos e os pés amarrados. Quando de repente outro homem, ou melhor, garoto jovem, aparece no buraco com a ausência dos tijolos, chamado de porta. Alto, moreno, sem camisa, exibindo um físico extraordinário e tatuagens, também armado com um fuzil, e fumando um baseado.

 Alto, moreno, sem camisa, exibindo um físico extraordinário e tatuagens, também armado com um fuzil, e fumando um baseado

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Não dava para negar que era uma beleza para os olhos, um verdadeiro colírio milagroso. Petra ficou com os olhos colados na visão por alguns segundos. Ele aparentemente era o "dono do morro".

Assim que o "chefe" entrou, os outros dois garotos tiraram a amordaça, e soltaram Petra, que não se conteve, mesmo na sua frente tendo bandidos armados com um fuzil que provavelmente pesava mais que ela, e que não conhecia. Não mudou sua personalidade. Não se rebaixaria a tal nível:

- Quem é você?! O que quer com a gente?!
- Calma princesinha! Nós temos bastante tempo para discutirmos...
- Quem é você?!
- Brasa, o dono do morro.
- Haja paciência meu Deus... Você vai falar o porquê pediu para esses seus bandidinhos trazerem eu e meu namorado para cá? Ou vai ficar posando na minha frente com esse fuzil?
- Nossa! Que princesinha afrontosa você é.
- Fala logo!
- Eu ouvi alguns cochichos dizendo que tinham dois burguesinhos subindo o morro, e eu achei melhor averiguar. Por que vocês estão aqui? Está na cara que vocês nem sabem o que é uma favela. Queriam conhecer? Eu posso mostrar...
- Olha, eu vou te contar porque você deve viver na mesma situação que eu estou agora, ou até pior.
- Desenrola aí.
- Estamos fugindo da polícia.
- Quem diria. Vocês parecem ter dinheiro. Por que precisam fugir?
- Isso já não é do seu governo. Agora eu te peço encarecidamente para que nos deixe ir embora. Por favor.
- Sabe que eu não estou afim...
- Ah, então você vai me ajudar a fugir?
- Não sei... Vai depender de você.
- Como assim?
- Ninguém entra no território do Brasa, está ligada? O que você dá pela sua liberdade?
- Eu estou sim, muito ligada, de que você é um imbecil brincando de bandido. Não estou acreditando... Você quer que eu pague pela minha liberdade?!
- O Brasil está em crise, princesa. E você com esses colares e pulseiras de diamante que estão ofuscando a minha visão desde que entrou aqui, não deve ser pouca coisa.
- E dá para perceber por essa sua corrente de "ouro" de latão, que está toda preta por sinal, que você é coisa mínima.
- Se continuar a me desafiar assim, você não sai desse morro nunca mais...- Ameaçou Brasa avançando para cima de Petra.
- QUEM VOCÊ ACHA QUE É PARA ME AMEAÇAR ASSIM?! BANDIDINHO DE MERDA!- Gritou Petra chutando o ponto sensível de Brasa.
- OH! Maldita!- Esbravejou Brasa se contorcendo de dor.
- Me ameaça assim de novo que eu vou passar aquele fuzil na sua boca!
- Desgraçada!
- Olha só, eu posso te ajudar, muito mais do que você pensa...
- Você me chuta e agora vem querendo me ajudar?!
- Não quer é só recusar! Menos trabalho para mim e para você.
- Fala logo! O que você tem para mim?
- Eu não sou pouca coisa, para você ter noção eu posso comprar esse morro aqui inteirinho. E quando eu morrer tenho dinheiro suficiente para me embalsamar no ouro.
- É, isso eu percebi. Mas e daí?
- Se você me ajudar, eu posso mudar a sua vida, para melhor... Muito melhor.

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