Uma quase dupla

6: Revelações Amargas

Um suspiro ecoa na sala quando a jovem do setor de provas revela uma verdade chocante. Após as mulheres revelarem suas suspeitas sobre as câmeras, elas descobrem o que realmente aconteceu.

-- Desculpa, meninas... A casa possuía câmeras, mas elas foram arrancadas com força bruta. -- A moça diz entregando um relatório. -- Foi isso que a perícia mostrou.

O impacto da revelação se reflete nos rostos de Meredith e Addison, que agora confrontam não apenas uma falha no sistema de segurança, mas um ato deliberado de destruição.

-- Força bruta? Isso não foi feito por amadores. -- Meredith diz apavorada.

-- Alguém queria garantir que não houvesse testemunhas eletrônicas.

À medida que digerem essa informação, as detetives percebem que o mistério do assassinato de Shepard está envolto em camadas mais complexas do que imaginavam. A investigação agora se aprofunda nas motivações por trás da destruição das câmeras e na identidade da pessoa ou grupo determinado a eliminar qualquer evidência eletrônica.

Addison então pega uma planta da casa que mostra os pontos onde as câmeras estavam instaladas.

-- Olha... -- Grey aponta para uma câmera específica. -- Essa fica bem escondida. -- ela analisou.

-- Todas foram arrancadas? -- Addison pergunta para confirmar com a moça atrás do balcão.

-- Sim. Todas. -- Ela responde voltando ao trabalho.

-- Isso significa que a pessoa conhecia a casa.

Meredith, ao lado de Addison, conclui com uma observação perspicaz, evidenciando a intimidade do assassino com a residência de Shepherd.
Addison, refletindo sobre a revelação, acena levemente concordando.

-- Não apenas a casa, mas sabia exatamente onde estavam as câmeras. Isso não é obra de um estranho.

Com a confirmação de que o ato foi executado por alguém familiarizado com a residência, as detetives agora estão diante de uma revelação que pode abrir novas portas na busca pela verdade que se esconde nos cantos mais sombrios da vida de Derek Shepherd.

-- Obrigada, querida. -- Addison expressa gratidão à jovem do setor de provas.

A troca entre a jovem e Addison não passa despercebida aos olhos de Meredith, que analisa a cena com incredulidade.

-- Sempre que precisar, é? Isso parece pessoal. -- Resmunga.

*Percebendo a expressão de Meredith, Addison, atenta à dinâmica em jogo, pergunta com curiosidade.*

-- O que foi, Meredith?

Meredith, ainda analisando a interação vista entre Addison e a jovem, hesita antes de responder.

-- Nada...

Confusa com a reação de Meredith, Addison tenta entender o que está acontecendo, questionando-se sobre as intenções por trás da expressão da loira.
A incerteza paira no ar, e Addison se pergunta se a dinâmica entre elas está prestes a mudar de uma forma que ela ainda não compreende completamente.

Na volta, o silêncio paira no veículo enquanto Meredith permanece quieta e pensativa durante todo o trajeto. Addison, sentindo a tensão, decide quebrar o silêncio.*

-- Meredith, alguma coisa está te incomodando?

As palavras de Addison carregam uma ponta de preocupação, enquanto ela tenta compreender as complexidades que estão se desenvolvendo entre elas, não apenas como colegas de trabalho, mas como parceiras em uma investigação intrincada.

Meredith, buscando encontrar as palavras certas, expressa suas preocupações.

-- Você e aquela moça...

Addison, surpreendida pelo foco de Meredith, solta uma risada.

-- É sério que é nisso que estava pensando? Não, Meredith. Nossa investigação é o que importa.

As palavras de Addison carregam um tom de surpresa, mas também de alívio. Enquanto o veículo continua sua jornada pela cidade, a dinâmica entre as detetives permanece envolta em mistérios, tanto pessoais quanto profissionais.

O veículo continua seu percurso pela cidade, mas agora em um silêncio pesado, permeado por uma atmosfera carregada de tensão. Meredith e Addison, imersas em seus pensamentos, deixam as palavras não ditas ecoarem entre elas, enquanto o mistério do assassinato de Shepherd se mescla com as complexidades emocionais que começam a se revelar.

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