13: Revisão

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Addison e Meredith marcaram de se encontrar em uma tarde comum para revisarem todo o caso e então tentarem entender o que está faltando.

-- Leu os arquivos? -- Addison perguntou enguanto se sentava na frente da Grey.

-- Eu praticamente os decorei. -- Disse empolgada. --Vamos lá. Começa.

-- Derek Shepherd, homem, 42 anos. Não era casado, não possuía filhos, sua única família eram sua mãe e sua irmã. Derek não era muito amado por seus funcionários, tão pouco pelos seus sócios. Era distante de todos e vivia sozinho em uma mansão. Era envolvido com um cartel, envolvimento esse que não sabemos qual é exatamente. Possuía apenas um amigo de verdade, mas não tinha tanto contato com o mesmo.

Addison despejou todas as informações que se lembrava sobre o homem enquanto lia alguns documentos para acrescentar detalhes.

-- Derek Shepherd. Morto na própria casa com um tiro na cabeça. As câmeras foram arrancadas antes ou depois do crime. A arma do crime não foi encontrada. Ninguém viu nenhuma movimentação estranha na casa na noite do crime. O homem foi achado pela diarista que só ia na casa 3 vezes por semana e que foi interrogada na hora pelos policiais locais. Nenhum sinal de arrombamento, nenhum furto, apenas a morte.

-- Tem alguma coisa que não estamos vendo Grey. -- Addison martelava as informações tentando buscar conexões.

As detetives, trocando teorias, mergulham mais fundo nas possibilidades familiares de Derek Shepherd.

-- Foi alguém de dentro. Os segredos que Derek guardava estavam ligados diretamente àqueles mais próximos a ele. -- A loira concluiu enquanto bebia um gole do seu café

-- A mãe parece inocente, desolada até. Talvez o amigo, Owen, ou a irmã, Amelia, estejam mais envolvidos do que imaginamos.

-- A irmã estava péssima coitada. O amigo talvez...

-- A questão é que todos tem bons álibis.

-- Preciso beber. -- Meredith pensou alto colocando a mão no rosto.

As tensões acumuladas durante a investigação começam a se manifestar, e Meredith busca refúgio temporário em pensamentos nublados. Addison, percebe a carga emocional.

-- Podemos beber.

-- O que? -- Meredith voltou do mundo da lua em que se meteu a minutos atrás.

-- Disse que precisava beber, nós podemos. Nós merecemos.

-- A desculpa, acho que estava pensando alto. -- Sorriu de leve.

-- Você sempre pensa alto Meredith. -- A constatação faz a loira pensar se a mais velha a analisava.

-- Então por favor, vamos!

Addison e Meredith, em busca de um alívio momentâneo, partem para o primeiro bar que encontram.

O bar, com sua atmosfera esfumaçada e luzes tênues, torna-se um refúgio temporário para as detetives. Sentam-se em um canto discreto, onde a música ambiente tenta encobrir as tensões que carregam. Dois copos logo chegam para começar.

-- À verdade, por mais obscura que seja. -- Addison diz

-- À verdade.

Os copos se erguem em um brinde silencioso, enquanto as detetives buscam encontrar clareza em meio ao nevoeiro de mistérios que envolvem o caso.

No bar, afastadas do peso do caso e do ambiente da delegacia, Addison e Meredith compartilham um momento raro de sinceridade. Um momento em que elas não eram a detetive e a policial, mas apenas duas mulheres, cansadas e precisando de boas doses de bebidas alcoólicas.

-- Talvez esse seja o momento mais sincero entre nós. -- Addison confessa.

-- Longe da delegacia, longe do caso, longe do espírito do Derek, tudo fica mais fácil, mas suave.

Entre risos, confissões e mais um brinde, as duas descobrem que a companhia uma da outra ao invés de detestada, deveria ser apenas aproveitada.

...

Uma quase duplaOnde histórias criam vida. Descubra agora