A confiança.

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Passou-se algumas horas, e Edite havia adormecido.

Edite e Perseu passaram por vários momentos perturbadores, Perseu a amava muito, a dor e o sofrimento ainda corroíam seu coração, Perseu ainda encontrava naquela história tudo muito estranho, e tinha em sua sã consciência ir mais a fundo a medida de buscar mais respostas, a cada segundo que se passava, Perseu tomava uma conclusão diferente, estava extremamente perdido, foi quando decidiu voltar para casa e descansar um pouco.
Ao sair do quarto, Perseu procurou Célia para lhe pedir que fique com Edite, quando encontrou-a sentada na sala de espera quase vazia, com uma cara de cansaço. Logo se pegou pensando que seria muita crueldade pedir que a fique, enquanto estaria em casa descansando. Antes mesmo que Perseu chegasse perto, Célia levantou-se e disse a Perseu.

- Vá descansar Perseu, eu ficarei cuidando de Edite!

- Mas dona Célia, a senhora também precisa descansar, se a senhora quiser eu fico com ela.

Célia se fez em silêncio, o olhou com um olhar muito tristonho e cansados, e em tom suave, passou as mãos nos ombros de Perseu e afirmou com a cabeça dizendo - Pode ir meu Filho! Eu cuido dela!.

Perseu nunca tinha sentindo tanto afeto por Célia, naquele momento sentiu-se um alívio, seu cansaço parecia ter desaparecido, e soube naquele momento que Célia precisaria muito descansar, pois ainda não havia saído ao lado de Edite!

- Venha dona Célia, a levarei para nossa casa, e já volto para ficar com Edite, a senhora precisa descansar. Antes mesmo que Célia retrucasse, Perseu a pegou pelas mãos carinhosamente e lhe disse - Ela irá ficar bem, e já estarei de volta!

Perseu a levou até o carro e a deixou esperando enquanto voltava para falar com Dr. Gomes. Enquanto dona Célia esperava no carro, Perseu procurava pelo Dr. para lhe deixar ciente de que Edite por no máximo 1 hora ficaria sozinha e que se precisa-se poderia o ligar, não o encontrando deixou que as meninas das recepção o avisa-se.
De volta ao carro, Perseu ajeitou-se no banco, e arrumou os retrovisores, quando ia saindo, Célia o colocou uma de suas mãos sobre o braço de Perseu que já se encontrava fixo no volante pronto pra sair e lhe disse.

- Perseu! Coloque o cinto.
Perseu a olhou rapidamente, e antes mesmo de sair, ajustou-se o cinto.

- Verdade Dona Célia, já estava me esquecendo!

Célia estava muito cansada e não houve muito diálogo na volta para casa, Célia havia dormido, enquanto várias coisas passava pela cabeça de Perseu, foi quando então decidiu dar um basta, e limpar seus pensamentos, decidiu confiar em Edite, e viver seus sonhos, de cuidar somente dela como sempre fez, e tentar parar de colocar coisas em sua cabeça. Perseu era do tipo em que não confiava em historinhas, claro que isso mexia muito com seus pensamentos e seus atos, causando várias dúvidas, mas teria que ver algo de concreto para que tomasse alguma medida drástica. Chegando em casa, Perseu havia notado o quanto dona Célia estava cansada, pois mesmo com os trancos que o carro estava dando na estradinha de pedras e alguns buracos, Célia não havia acordado.

-Dona Célia ? . Perseu deu-a três toques em seu ombro a fazendo-a acordar meio que tanto assustada.

-Muito obrigada Perseu! Irá voltar ao hospital agora?

- Sim dona Célia, melhor alguém estar ao lado de Edite, vá descansar.

- Perseu, tome ao menos um banho, assim irá diminuir o cansaço. Perseu achou que não seria uma má ideia e além disso, havia deixado claro no hospital que poderiam o ligar em caso de alguma emergência.

- Tudo bem Dona Célia! Irei pedir para que arrumem o quarto de hóspedes para a senhora.

Perseu ao entrar em sua casa, sentiu-se uma enorme angústia em seu peito, um lugar onde se sentia seguro e em paz na verdade havia sido uma cena de terror causada a Edite, percebeu-se também que a casa parecia se encontrar vazia, onde começou-se a sentir como se estivesse perdendo tudo, onde estaria seus empregados?, Perseu chegou-se diante de Célia, a pegou pelas mãos e levou de encontro à sala de estar, deixando-a diante de uma poltrona que aparentemente parecia ser bastante confortável.

- Dona Célia, descanse um pouco aqui, eu mesmo irei arrumar o quarto para senhora.

-Tudo bem meu filho! Muito obrigada.

A deixando-a aconchegada na poltrona, Perseu subiu ao seu quarto para pegar alguns lençóis, logo depois em um de seus quartos de hóspedes, Perseu avista uma pequena caixa preta o qual ele nunca havia visto, como ele não era muito acostumado a entrar em seus quartos de hóspedes decidiu verificar, foi quando tomou-se um enorme choque ao ver o que tinha guardado ali.

Efeito do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora