A perseguição.

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Perseu então começou a se perguntar, quem teria feito tamanha fatalidade, algumas horas haviam se passado, Célia e Reinaldo permaneciam juntos um ao lado do outro, Célia encontrava-se com a cabeça encostada nos ombros de Reinaldo ambos já adormecidos. Perseu encontrava-se muito cansado, decidiu então encostar a cabeça sobre a parede e descansar um pouco.

Perseu acabou adormecendo, não estava mais no hospital, encontrava-se em um mundo vazio, em preto e branco, haviam casas e muitos prédios, um lugar que Perseu nunca tivera visto antes, Perseu caminhava pela cidade vazia, procurava encontrar por alguém, mais não havia sinal de que pudesse existir outra vida além da dele, não existiam pássaros e o silêncio era absoluto, conseguia escutar o som de sua respiração, encontrava-se perdido sobre os milhares de becos que haviam, a cada hora que se passava, algumas coisas mudavam, ventos fortes apareciam do nada, o céu parecia ficar mais escuro, e o sentimento de angústia em Perseu parecia aumentar a cada segundo, estava convicto de que não passara somente algumas horas naquele lugar assombroso, e sim anos e anos naquela imensidão em que encontrava-se sozinho.

O tempo estava se passando, Perseu ainda continuava naquele universo em preto e branco, ao vagar pela cidade fantasma, descobria lugares a qual não havia passado, coisas muito estranhas aconteciam por ali, Perseu parecia percorrer o mesmo caminho todos os dias, mais coisas diferente encontrava a cada dia, coisas simples, o qual era irrelevante para Perseu, como um prédio, um beco e as vezes uma casa a qual não havia visto no dia anterior, mas algo o chamou a atenção o fazendo parar de caminhar, havia em sua frente um gigantesco lago, algumas árvores sombrias no seu redor, mais como todo aquele cenário em preto e branco, nada havia vida, não havia se quer uma folha em seus galhos, mas aquele lago havia prendido a atenção de Perseu, foi em direção a beira sentando-se em frente ao lago calmo, ficou ali por alguns instantes cercados de árvores sem vida, não conseguia pensar em nada, nem seus pensamentos tinham vida naquele mundo sombrio.

Derrepente, uma neblina encobriu o grande lago, Perseu fazia esforços para conseguir visualizar o lago que parecia desaparecer diante a tanta neblina, foi quando conseguiu visualizar uma moça, de cabelos loiros vestida de branco, depois de tanto tempo havia encontrado outro ser vivo diante de tanta miséria, levantou-se e foi em direção a moça, a cada passo que dava a moça se distanciava, conforme avançava em direção ao lago, as águas subiam o nível do seu corpo, não conseguia visualizar o rosto da moça, quando logo a chamou por Edite, o nível da água encontrava-se quase a nível do seu peito, porém não conseguia sentir.

O céu escureceu, parecia estar no meio de uma tempestade, quando a moça desapareceu, com ela a neblina ia se dissipando, e o grande lago já não existia mais, encontrou-se em meio a muitos prédios abandonados, e não conseguia entende o que havia acontecido, procurava pela moça, tinha certeza absoluta de que era Edite, e não desistiu de procura-la.

Alguns minutos haviam se passado, depois de vagar pela cidade vazia, Perseu conseguiu visualizar do prédio mais alto, a moça o olhando através de uma janela do ultimo andar.

Perseu não hesitou, e correu em direção ao prédio, subiu as escadarias até o ultimo andar se deparando com um corredor, onde havia uma única porta, aproximou-se, e ao entrar estalou os olhos, não conseguia acreditar em quem estava vendo, não era Edite, e talvez nunca saberá quem era a tal moça, e sim Thomas.

-Sr Perseu? - disse o Dr. Gomes, o tocando pelos ombros, o acordando.

Perseu enfim teria saído daquele universo assombroso, a qual jamais pensou que sairia, mais encontrar Thomas em seus sonhos, o deixou perturbado.

Efeito do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora