Efeito do pecado

A grande festa - O inicio

Já era dia, e enfim o tão esperado dia de comemoração havia chegado. Naquela manhã Edite se levantou muito cedo, pois os convidados chegariam no final da tarde, e queria que tudo desse muito certo, enquanto Perseu não se preocupara em levantar cedo, pois tão pouco estava animado para tal festa depois da ultima notícia dada por Edite.

Ao meio dia Perseu já se encontrava-se acordado, porém ainda não havia se levantado, já por sinal Edite, estava organizando tudo e parecia não notar a ausência de Perseu, e aquilo o encomodava. Passado alguns minutos Perseu então decidiu se levantar. O buffet já se encontrava no local e quase toda a casa já se encontrava decorada, muita gente indo e vindo com vasos de flores de todos os tipos enchendo o lugar de vida, o que deixou Perseu mais bem humorado. Edite encontrava-se na cozinha, provando e apreciando o visual de algumas das comidas que iam ser servidas, e tudo parecia correr tudo bem.
As horas iam se passando, os convidados logo chegariam, e o casal teriam que se arrumar para recepcionar os seus convidados, até então nenhuma palavra havia se dito um ao outro, Edite parecia estar muito preocupada com a festa, e Perseu tão pouco se importava. Mais o clima não poderia continuar daquele jeito, ou não seria uma comemoração.

Perseu encontrava-se muito surpreso ao verificar todo o local, pois não encontrou nenhum de seus empregados, somente pessoas que nunca tinha visto, que com a certeza fazia parte do buffet, então logo passou a procurar por Edite para perguntar a que horas chegariam os empregados, se tudo encontrava-se quase pronto.
Ao chegar ao quarto, Perseu se deparou com Edite, estava usando um belo vestido branco, quase justo, onde desenhava perfeitamente sua gravidez, seus belos cabelos loiros formado um coque com alguns cachos não tão encaracolados dava um brilho ao rosto de Edite, e uma bela maquiagem realçava seus lindos olhos azuis. Perseu ficou admirado ao vela tão bela, Edite era uma moça muito linda e Perseu era extremamente apaixonado por ela.

-Edite?. Disse Perseu.
E ao ouvi-lo chamar, foi em sua direção.
- Sim Perseu, aconteceu algum problema?. Disse Edite com a voz bem tranqüila enquanto colocava seus brincos, olhando-o fixamente em seus olhos.
- Você esta linda. Disse-a, se aproximando com voz baixa para que somente ela pudesse ouvir. Edite lançou um sorriso, passou as mãos em seu rosto e lhe disse:
- Obrigada, a muito tempo não ouço um elogio seu, sinto falta disso. Se fez um silêncio e Perseu a lançou um sorriso, enquanto ela ainda o acariciava.
- Bom, os convidados estão quase chegado, e você tem que se vestir. Logo disse Edite, quebrando o silêncio.
- Estarei pronto em alguns minutos. Respondeu Perseu.

Por volta das 17:00hrs, Edite encontrava-se descendo as escadas quando visualizou seus primeiros convidados adentrando, Célia e Reinaldo, tamanha alegria contagiou Edite a fazendo escorrer uma lágrima em seus olhos, foi em direção aos dois e os abraçou como se nunca mais fossem ve-los novamente.

- Que saudades. Disse Edite aos dois enquanto permaneciam paralisados olhando a linda moça esbanjando sacrifício para não borrar a maquiagem.
- Estávamos morrendo de saudades também. Disse Célia, com uma voz tremida de choro e muita emoção.
- Porque não foi nos visitar minha filha?. Disse Reinaldo pegando em suas mãos e logo a abraçando.
- Meu pai, Perseu estava viajando bastante, e alguém teria que cuidar da fazenda. Logo respondeu enquanto Reinaldo ainda a apertava em seus braços.
- Minha nossa. Disse Célia com tom decrescente. - Minha filha, você está esperando um bebê?
Edite logo se desfez do abraço de seu pai, acariciou a barriga com as duas mãos e disse:
- Vocês terão um netinho, ou netinha. Disse com um enorme sorriso contagiante.
- Mais minha filha, porque não nos ligou para nos dar a notícia? Por que não foi nos visitar? Quando esperava nos contar?. Disse Reinaldo com um tom meio decepcionado.

Fazia muito tempo que Edite não os via, e já esperava que seria uma surpresa aos seus pais quando a vissem, Edite então respondeu a meio de tantas perguntas:

- Pai, não liguei pois não queria preocupa-los, não os visitei pois como já disse, Perseu andou viajando muito e alguém teria que tomar de conta da fazenda, e pretendia lhes contar agora.

- Onde esta Perseu?. Perguntou Célia.
- Esta se vestindo, logo descerá, direi a ele que estão aqui, e logo ele vira recepciona-los, fiquem a vontade. Disse Edite distanciando em direção a escada.

Na verdade, Edite sabia que teria que preparar Perseu para seus pais depois de tanto tempo sem os ver, e ainda mais com a notícia dada a eles sobre a gravidez. Perseu não se dava muito bem com os pais de Edite, pois foi graças a sua grande influência por ser um fazendeiro muito rico, que deixara a magoa em seus pais de tela tomado quase a força, para se tornar sua esposa.