A ira de Perseu.

1K 30 1
                                    

A vida do casal não seria mais a mesma depois de tal revelação. Perseu sentiu-se impotente naquela hora, sentiu-se culpado pela fatalidade que havia acontecido, porque havia viajado e não a teria levado junto? Era o que passava na cabeça de Perseu ao ver Edite ajoelhada a prantos. Edite, logo se viu perseguir a Perseu com os olhos, ao ver objetos começarem a cair no chão. Perseu estava derrubando tudo o que encontrava pela frente, talvez aquela irá de Perseu seria a pior de todas que Edite já tivesse presenciado, a gritos e prantos, Perseu fora em direção a Edite, a pegando pelos dois braços e a levantando calmamente.

- Quem foi o desgraçado que fez isso Edite? - Edite somente chorava, havia passado por um trauma, o estado de Perseu a deixava nervosa, foi quando então veio a desmaiar quase indo em direção ao chão, se não fosse por Perseu ter a segurado.

Perseu talvez não seria um homem de sorte, uma fatalidade havia acontecido com sua esposa, e toda vez que buscava encontrar respostas, as oportunidades pareciam fugir, ou recebia respostas inesperadas.

- EDITE ACORDE ! - Perseu a deitou no chão e dava-lhes pequenos tampinhas em seu rosto, esperando que a acorda-se

- Pelo amor de Deus Edite, me conte quem fez isso? - Perseu clamava a prantos enquanto a segurava. Edite não acordara, foi quando então a ergueu em seus braços e levou até o carro a colocando-a no banco traseiro. Perseu então se apressou a levar-la ao hospital, chegando no hospital, Perseu rapidamente a pegou em seus braços, e entrou pela porta da frente pedindo socorro. Edite constantemente ia ao hospital, as enfermeiras e alguns médicos já a conheciam, o socorro foi prestado rapidamente, uma enfermeira chegou com uma maca e a levaram para sala de emergência, Perseu ficara ali, somente observando Edite sendo distanciada pelas enfermeiras que a levavam. Os sentimentos, a culpa, e a dúvida se misturavam na cabeça de Perseu, ele nunca havia se encontrado tão perdido.

- PORQUE MEU SENHOR? - Perseu clamava e chorava enquanto seguia em direção a sala de espera. Quando logo se viu pegando o celular, e ligando para os pais de Edite.

Passada algumas horas, Célia e Reinaldo chegaram ao hospital, e foram de encontro a Perseu.

- O que aconteceu? - Célia se referiu a Perseu, sua feição mostrava o quanto estava nervosa - Como está minha filha?

Perseu sentiu-se aliviado ao ver os pais de Edite, sabia que para eles, Perseu não era o homem ideal, mais a companhia deles ali naquele momento difícil se tornou reconfortante.

- Temos que conversar - Perseu derramou lágrimas pelo seu rosto.

- O que aconteceu com Edite? O que você a fez? - Reinaldo perguntou espantado, nunca imaginaria ver o homem que levou sua menininha, chorar em sua frente.

- Eu não a fiz nada! E, é sobre isso que teremos que conversar. - era nítido o sofrimento que Perseu estava sentindo.

- Senhor Perseu? - Foi quando chegou o Dr. Gomes, interrompendo a conversa entre eles.

- Sim Dr, como ela está? - o respondeu de imediato.

- O desmaio pode ter sido causado por excesso de estresse, a dona Edite passou muito nervoso? - o Dr direcionou a pergunta aos três.

- Sim Dr. Gomes, estávamos em casa, e acabamos tendo um mal entendido.

- Ela terá que descansar bastante! hoje ficará sobre observação, amanhã se tudo ocorrer bem, ela poderá voltar para casa. - disse o Dr, colocando uma de suas mãos sobre os ombros de Reinaldo, e logo complementou - Desculpem-me! Mas tenho que atender outros pacientes, fiquem tranqüilos, Edite ficará bem.

No quarto, Edite havia acordado, e desta vez não seria um sonho, olhou para o lado e percebeu que não estava em sua casa, os aparelhos e o soro pendurado ao seu lado não lhe deixava dúvidas de que estaria no hospital. Edite não conseguia entender como fora parar no hospital, tudo havia acontecido tão rápido, lembrava de ver Perseu derrubando tudo o que via pela frente, e só de pensar, a deixava nervosa, o que não seria uma coisa muito boa no estado em que ela se encontrava, mais uma coisa ela teria certeza, sua vida nunca mais seria a mesma, depois de ter revelado a Perseu o que havia acontecido.

- MEU SENHOR! Me ajude nessa hora tão difícil para mim! - a voz de Edite parecia estar desaparecendo, ela encontrava-se muito cansada, não precisava que o Dr viesse até ela para informar que precisaria descansar. Foi quando fechou os olhos e adormeceu

Já na sala de espera, Perseu estava pronto para revelar aos pais de Edite tamanha fatalidade.

- Tenho que-lhes contar uma coisa que aconteceu com Edite. - Perseu se colocou diante de Célia e Reinaldo, não enfeitando muita conversa, foi direto.

- Edite me contou que a VIOLENTARAM, enquanto estava viajando! - Perseu caiu aos prantos, os pais de Edite ficaram sem reação por alguns instantes.

- Minha filha não! Minha filha não! - Reinaldo colocou as mãos sobre a cabeça enquanto se sentava, as lágrimas de Célia desciam em seu rosto, não podiam acreditar no que estava acontecendo.

- Isso só pode ser um pesadelo, ME ACORDE! - Célia disse aos prantos olhando para Perseu, chamando a atenção de todos que estavam na sala de espera.

Infelizmente tudo aquilo não era um sonho!

Perseu havia se comovido com a dor dos dois, ajoelhou-se diante de Reinaldo, olhou para Célia e lhes disse:

- Edite não me contou quem a fez isso, mas vou descobrir, e irei me vingar, eu garanto a vocês que isso não ficará assim, esse desgraçado terás o que merece, nem que tenha que viver o resto da minha vida na prisão! - Perseu falou com muito ódio no tom de sua voz, estava certo do que estava falando.

Efeito do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora