Epílogo

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Harry ainda sentia que estava congelando por dentro, então Draco o mandou tomar um banho quente, dando-lhe uma calça de moletom e um suéter grosso para substituir a capa de inverno que o envolvia.

Surpreso, ele estava prestes a perguntar a Draco como ele conseguiu roupas, mas este o adiantou com um pequeno sorriso.

— Hermione. Ela pensou em tudo. Quase podemos passar uma semana inteira sem pôr os pés lá fora.

Harry corou, mas não se importou com a ideia de ficar preso neste lugar remoto com Draco, longe disso. Seu companheiro havia zombado, com uma piscadela zombeteira, e sua antiga cumplicidade rapidamente despertou, intacta.

Quase instintivamente, Harry se inclinou para beijar Draco ao passar por ele, antes de congelar, inseguro. O momento estranho passou quando ele terminou o gesto, dando um breve beijo nos lábios dele, e o sorriso de Draco o convenceu de que ele havia feito o gesto certo.

No chuveiro — dessa vez quente, diferente do gelado que tomara mil anos antes — ele havia pensado em tudo o que acabara de acontecer em tão pouco tempo.

Ele havia sido pego por um verdadeiro redemoinho e estava exausto.

Harry não foi capaz de tomar uma decisão clara, apenas decidiu seguir o fluxo e deixar Draco guiá-lo, pelo menos no início. Contudo, houve uma grande mudança: agora havia esperança.

A água escaldante do chuveiro pareceu livrá-lo de parte da hesitação. Ele sempre poderia passar alguns dias com Draco longe de Grimmauld, e veria como as coisas progrediam.

Então eles tomariam uma decisão juntos.

Ele estava muito mais calmo quando voltou para a lareira, ao lado de Draco. Ele havia trocado de roupa e estava usando calça de jogging, mas também o moletom que Harry usou no Beco Diagonal, lavado e seco.

Esse moletom que Draco adorava roubar dele e que vestiu como se quisesse fazê-lo entender que nada realmente havia mudado entre eles.

Harry congelou, olhando para ele, sentindo-se terrivelmente estúpido.

Ele amava Draco. Não foi apenas uma aventura, foi muito mais profundo. Concordavam em alguns pontos, discordavam em outros, mas no final eram perfeitamente complementares. Perfeito um para o outro.

Essa observação acrescentou um pouco de esperança ao seu coração, bem como o desejo de melhorar.

Draco teria gostado de seguir Harry até o banheiro para ter certeza de que ele estava bem, mas não queria ser babá dele ou ser muito intrusivo.

Harry precisava recuperar o controle de sua própria vida e, acima de tudo, precisava encontrar o desejo de sair disso sozinho.

Todas as poções do mundo não serviriam de nada se Harry não quisesse sair dessa espiral destrutiva.

Então... a estrada seria terrivelmente longa.

Haveria dias felizes, em que tudo ficaria bem. Então haveria recaídas. Haveria momentos de dúvida, lembranças dolorosas.

Haveria discussões, provavelmente, e acima de tudo reconciliações.

Harry provavelmente carregaria essa fragilidade consigo pelo resto da vida. Mas juntos, eles seriam mais fortes.

Estar com Draco era ao mesmo tempo familiar e estranho. Era familiar porque os dois já haviam morado juntos antes. Mas houve uma ligeira rachadura na separação que persistiu.

No entanto, não demorou muito para Harry perceber que Draco nunca esteve tão relaxado e sereno em Grimmauld Place.

Com os olhos bem abertos no meio da noite, enquanto Draco dormia em seus braços, ele se sentia cego há muito tempo. Todos os dias sem Draco, ele dizia que estava pronto para fazer qualquer coisa para encontrá-lo, inclusive se livrar da casa de Sirius. Entretanto, uma vez que Draco estava na frente dele, ele se agarrou aquela pilha de pedras antigas como se sua vida dependesse disso.

Com o coração batendo forte, Harry levantou-se discretamente para não acordar Draco e foi até a cozinha escrever uma carta. Ele não tinha certeza se teria coragem de levar adiante sua ideia se esperasse até de manhã, então começou a escurecer o pergaminho, franzindo a testa, determinado.

Ele pulou quando Draco apareceu ao lado dele, seu rosto contorcido de sono e um olhar preocupado. Ele a beijou para pedir desculpas e entregou-lhe a carta que acabara de terminar, mordendo o lábio nervosamente enquanto esperava pela opinião dele.

Draco franziu a testa e começou a ler, perplexo.

— Não tenho certeza se entendi, Harry...

Harry respirou fundo.

— Quando você me disse que eu não tinha chorado por Sirius, percebi que... nunca houve nada para ele. Seu corpo desapareceu e ele estava foragido... Mas agora sua memória foi reabilitada e pretendo solicitar um funeral. Sei que só haverá uma lápide, mas quero que ele fique ao lado dos meus pais. Eu acho... isso é o que ele teria desejado. Encontrá-los.

Draco assentiu.

— Parece uma boa ideia. Quando você deseja enviar?

Harry olhou para ele e então sussurrou.

— Mande-a agora, Draco. Não quero mudar de ideia nem adiar essa decisão novamente, imaginando que um dia ele poderá voltar.

Em resposta, Draco o puxou contra si e o beijou, abraçando-o por um longo tempo.

...

Estava cinzento e chovia no primeiro dia em que deixaram a casa de conchas.

No entanto, Harry não estava realmente preocupado com o tempo.

Agarrando-se à mão de Draco, com os olhos cheios de lágrimas, ele observou dois funcionários do Ministério instalarem a lápide de Sirius, bem ao lado da de James Potter.

Logo atrás dele, Hermione e Ron o acompanhavam. O resto da família Weasley não veio, apenas porque ele pediu que não viessem. Ele não tinha certeza se conseguiria lidar com tantas pessoas ao mesmo tempo...

Um homem enorme esperava ao lado, dolorosamente familiar para Harry. Kingsley Shacklebolt, Ministro da Magia, foi quem autorizou o funeral de Sírius muito tempo depois de sua morte.

Quando a placa foi colocada, o homem se aproximou e puxou Harry para um breve abraço.

— Sirius era um bom homem, Harry. Ele falava de você com tanto orgulho... Fico feliz por ter permitido essa pequena cerimônia.

Harry foi incapaz de responder, dominado pela emoção. Porém, a mão de Draco o manteve no presente e o puxou para o futuro.

Agora ele iria lutar. Com toda a sua força. Para finalmente ser feliz. Um passo após o outro. Uma vitória sobre o passado após a outra.

Fim!


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Ai gente, esse final me deixou tão emocionada, que foi impossível segurar as lágrimas, por favor me falem o que acharam da fanfic?

Peço-lhes desculpas caso tenha algum erro de ortografia.

Essa fanfic maravilhosa não é minha, mas tenho a autorização da autora original para traduzir lilicoud ( wattpad ) 

Fanfic também encontrada em outras plataformas, deixarei o link onde vocês poderam encontrar as contas das redes-sócias da autora e onde encontrar os outros site com as fanfics da autora

https://linktr.ee/Lili_Richier?utm_source=linktree_profile_share&ltsid=e15627f3-da08-44de-b640-586f00ae971a

Bjss meus bruxinhos/as 🧙🏻​🔮​

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