O início de uma família

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Amersham
6 de janeiro, 1981
Chalé dos Black-Lupin
Lua Nova
20:00

Remus Black-Lupin está no sofá do chalé que mora com seu marido, tomando uma xícara de chá. Também resolveu dar uma chance a um livro que ainda não havia lido, chamado O Retrato de Dorian Gray. Remus usava seu pijama xadrez, como de costume, mas já seu marido, Sirius Black-Lupin, que estava vindo em sua direção, usava uma camisa do David Bowie pelo menos duas vezes o tamanho ideal, já que a blusa ficava a alguns centímetros de seu joelho. Sirius então, deita-se no colo de Remus, espalhando seus longos cabelos negros pela perna direita dele.
- Moonpie... - Sirius diz, olhando seu amado e esperando ele abaixar seu livro.
- Oi querido - Remus então larga seu livro no chão por falta de uma mesinha próxima ao sofá e começa a pentear sutilmente os cabelos do moreno.
- Sabe, agora que nós já estamos casados - Sirius estica sua mão esquerda,e, em seu dedo anelar é possível ver uma aliança de ouro, com uma pequena lua gravada nela - E nós também já temos 21 anos, casa própria e toda essa função... - Ele então se senta, ficando de frente para Remus - Eu estava pensando... Porque não começar nossa própria família?
- Do que você está falando?
- Sabe, o James e a Lily tem o Harry, a Pandora está grávida... Vamos adotar uma criança, Remus?
- Uma criança? Eu sou um professor na escola local e você dá algumas aulas de guitarra, não sei se podemos bancar isso...
- Você está se esquecendo que eu sou rico! A mãe pode me odiar mas eu ainda tenho direito a minha parte de dinheiro daquela pilha gigante incestuosa de dinheiro da família Black.
Remus não gostou muito do tom que seu marido usou.
- E outra coisa, Moony, você tava pensando em lecionar em Hogwarts também! Já mandou aquela coruja pro Dumbledore?
- Já, e ele não me respondeu ainda, mas mesmo que respondesse... Eu não sei...
- Não sabe se está pronto pra ser pai? Eu também não sei, mas quero muito descobrir. Com você.
Remus suspira.
- Tudo bem. Soube que tem um orfanato em uma cidade aqui perto.
- Quer ir lá amanhã?
- Quero.
- Obrigado, amor - Sirius beija sutilmente os lábios de seu amado- Vou me deitar, você vem?
- No momento que acabar meu chá - ele sorri.
Remus não contara, mas o motivo de sua dúvida era na verdade o medo de morder seu filho ou filha em uma de suas transformações. O medo de amaldiçoar uma criança com sua condição.

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