🪷Capítulo 9🪷

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Capítulo 9: Nosso passado

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Capítulo 9: Nosso passado



Era sábado, Naruto estava chegando ao local das fotos acompanhado de Menna. Achou que não devia perturbar sua amiga que gentilmente prestava seus serviços de babá, ela havia planejado  um final de semana romântico com sua namorada e o jeito foi levar o menino para o ensaio, o que não era nenhum problema em si. Não que fosse de todo mal, só não queria uma chuva de perguntas sobre sua vida pessoal. Principalmente se começarem a questionar a  paternidade alfa do garoto.

  Agradeceu por encontrar Itachi lhe aguardando do lado de fora do hotel onde as fotos seriam tiradas. O hotel era realmente lindo, eles iriam para a cobertura e ficariam por horas à fio, imaginou que Menna poderia estranhar o ambiente, mas ter Itachi ali lhe deixou um pouco mais tranquilo.

     —  Bom dia meus amores. – ele diz assim viu os dois saindo do táxi. Abaixou ficando da altura do menino abrindo os braços num pedido silencioso de abraço, que prontamente foi atendido. – Por favor pare de crescer, adoro sua versão baby alfa. Meu útero até treme, mas ainda bem que passa rapidinho. – ele diz passando as mãos pelos cabelos do menino.

     — Eu quero ficar bem alto tio, e bem forte. Igual ao Sasuke.– ele diz estufando o peito.

      —  Adoro você me chamando de tio, eu pareço tão responsável. – ele tira os óculos Gucci, encarando Naruto.  – Preparado cunhadinho? Hoje eu sei que o fotógrafo vai exigir muito de você.

     — Eu estou bem, já podemos ir. – Naruto vinha estudando bastante sobre modelos, além de ver muitos desfiles antigos e ter passado a comprar várias revistas para aprender um pouco mais sobre a profissão.

     — Você falou com o Sasuke? Ele queria te acompanhar hoje, mas a reunião que ele iria atrasou um pouco.

     — Sim, ele disse que chega daqui algumas horas. E também me avisou sobre o temperamento do fotógrafo. Devo me preocupar? 

    — Longe de mim querer defender aquele energúmeno, mas ele gosta de provocar o melhor dos modelos.  Ele acaba sempre exaltando, mas o resultado das fotos é incrível, mesmo que eu deteste ele, profissionalmente falando ele é muito bom.  Confie nele, e se você disser que eu disse isso, morro negando.
       Naruto riu.

Ao chegarem no andar reservado para as sessões de foto Naruto viu que era uma grande produção, havia diversas araras de roupas espalhadas, sapatos dos mais variados estilos alinhados no chão, parou de contar depois de quinze pares, quem  usaria tantos sapatos assim? Viu cerca de quatro pessoas regulando a iluminação e cenário e logo depois que sua presença foi notada, um homem loiro se aproximou e Itachi rapidamente cruzou seus braços no peito. Era quase uma pirraça e Naruto se controlou para não rir do amigo.

     — Bem vindos. – ele se virou para Naruto o cumprimentando. —  Finalmente conheci o famoso Naruto Uzumaki, você vem sendo muito comentado entre off stages. Deidara Kawamoto.  – ele diz esticando a mão para o rapaz.

      — Naruto Uzumaki. 

     Depois ele se volta para o Uchiha caçula. 

     — Itachi, sempre impecável Itachi. É um prazer rever você.  – ele diz indicando a sua destra para o ex que recusou o cumprimento.

      — Apenas ignore a minha presença. – ele se vira para o cunhado. – Naru querido,  vou esperar lá fora se precisar de mim, grite e eu apareço com uma AK-47 em três segundos.  – ele sai dali ignorando completamente a presença do ex. O ômega se segurou para não rir.

      — Pode deixar. Me desculpe ele só está brincando.

      — Não se preocupe, o Itachi é alguém eu sei lidar muito bem.  Então vamos lá, Naruto pode ir para cabelo e maquiagem enquanto terminamos os ajustes da iluminação. – o fotógrafo diz indicando onde deveria ir.

      —  Tudo bem.
As fotos era para uma famosa marca de roupas e acessórios, a coleção Primavera Verão seria a primeira do tipo que o ômega faria e estava animado e nervoso.
Ele leva o filho para um canto onde tinha um sofá e o coloca sentado retirando a sua mochila.

     — Filho, coloque os fones de ouvido e leia um livro enquanto eu faço as fotos, tá? Se precisar de alguma coisa você pode falar que com o tio Itachi que está lá fora ou comigo.  Tudo bem? – ele diz ao garoto que retira o celular da bolsa.

     — Tá bem pai.

    Naruto conecta os fones ao celular e coloca uma música baixa enquanto o menino tirava um exemplar de O conde de monte Cristo da bolsa, logo ele parece concentrado na leitura e o ômega se direciona aos responsáveis por cabelo e maquiagem. A primeira maquiagem de  Naruto era  de primavera em tons florais, seu cabelo foi jogado para trás e ele usava um casaco colorido e calças de alfaiataria de cintura alta. As primeiras fotos foram até fáceis ele só precisava mostrar alguns casacos e sapatos.
Duas horas já haviam se passado e Naruto já se sentia cansado, cada troca de roupa era necessário trocar o cenário, maquiagem e iluminação. A última sessão seria para a nova coleção de bolsas e o tema principal eram pérolas. Dessa vez Naruto usava uma saia plizada longa e uma cascata de colares de pérolas nem nada por baixo, até mesmo algumas foram coladas em seu rosto. Só pelo peso daquelas peças ela sabia que eram pérolas de verdade.

   —  Mais intensidade no olhar Naruto. – Deidara quase  gritava e clicava.  – Queixo erguido.... levanta o queixo Naruto.  — havia uma certa irritação na voz dele.

O rapaz estava ciente que seria assim, Sasuke havia lhe alertado como Deidara gostava de provocar seus modelos esperando reações genuínas, porém ele estava cansado e isso já estava ficando nítido nas fotos. Enquanto isso o celular que Menna ouvia música descarregou e logo ele percebeu como Deidara alfa estava tratando seu pai, ele tentou não se importar, mas os gritos do fotógrafo estava cada vez mais histéricos e ele não gostava quando agiam assim com seu pai. O menino até tentou não se meter, havia prometido ao pai que se comportaria, mas sua respiração começava a se acelerar e ele sentia a pequena onda invisível começando a se espalhar pelo seu corpo. Ele sequer percebeu que seus olhos se tornaram vermelho carmesim.

       —  Olha para a esquerda Naruto... eu disse esquerda caramba. – o fotógrafo se exaltou . O menino ficou em pé e logo direcionou seus feromônios atacando Deidara com eles,  que ficou momentaneamente desorientado e quase caiu no chão.   Naruto logo percebeu o que estava acontecendo e quando fez menção de ir até o filho, Sasuke de repente apareceu e ficou de frente para o menino o impedindo de continuar o ataque e fazendo sinal para o namorado não se aproximar. Ele sabia que feromônios hostis podem machucar um ômega e sendo Menna um Alfa lúpus ele poderia machucar até um alfa comum. Porém, ele sendo ainda uma criança ele só conseguiria desorienta um alfa adulto por algum tempo. Sasuke sabia bem como isso seria perigoso.

      — Ei amigão, olha pra mim. – ele diz calmo,  mas o menino continuava com seus olhos vermelhos encarando o fotógrafo. Então Sasuke  ativou seu modo alfa lupino e encarou o menino com o mesmo olhar, porém sem ameaça. – Menna, olhe para mim.  – ele diz fazendo o garoto desviar o  olhar  do fotografo e focar nos olhos dele.

      — Sasuke? – o jovem Alfa parecia finalmente ter notado a presencia do outro.

      – Isso querido, sou eu. Fica calmo tá bem? – Sasuke tomou a atenção de Menna para si.

      — Ele tá tratando mal meu pai. – ele aponta para Deidara que estava sendo apoiado por Naruto.

       — Não tá não, olha para seu pai. Ele parece chateado? – O menino olha para Naruto que esboça um sorriso. E depois ele retorna seu olhar para Sasuke. – Ele gritou com meu pai, eu não gostei.

     — Eu sei, eu também não gosto. Mas não pode atacar os outros assim, vamos tomar um sorvete enquanto seu pai termina aqui, você quer? – O menino assente e Sasuke lança um olhar pedindo permissão para Naruto que concorda. E os dois saem da sala.

      Naruto ajuda o fotógrafo a se sentar se sentindo um pouco culpado. Deidara parecia nauseado e mantinha a cabeça baixa.

      —  Você tá bem?

      –  Sim, achou que foi uma tontura momentânea. Pessoal vamos fazer uma pausa e comer alguma coisa e depois continuamos. 
Deidara nem mesmo desconfiou do que havia realmente acontecido.  Naruto ficou agradecido por Sasuke ter aparecido naquele momento, mas ele precisaria ser sincero com o fotógrafo.
  
      — Eu peço desculpas em nome do meu filho, ele atacou você com os feromônios dele por achar que você estava me maltratando. – o ômega  diz constrangido.
 
    — Seu filho? – Ele disse incrédulo.  — Isso é impossível, quantos anos ele tem?

    — Seis. Ele é um lúpus e por isso ele já tem feromônios fortes nessa idade.

   — Eu estou impressionado, a única pessoa que conseguiu me derrubar com feromônios até hoje foi o Sasuke, e por muito pouco eu não desmaiei hoje. Eu entendo o porque dele ter feito isso, mas espero que mão volte a acontecer.

    — Não se preocupe, não vai. – Naruto garantiu.

    — Vamos fazer uma pausa de vinte minutos antes de continuar, eu preciso de descanso.

(...)

    Enquanto isso na sorveteria do outro lado da rua do hotel, Sasuke observava o menino tomar seu sorvete de cabeça baixa. Ele sabia que Menna estava envergonhado e por isso estava evitando fazer contato visual com ele.

       — Menna, vamos conversar um pouco?  - ele fala gentilmente com a menino. — Precisamos falar sobre o que aconteceu.

      —  Você vai brigar comigo? – Sasuke ficou triste por ele pensar que ele seria capaz de brigar por algo assim.

      —  Não,  eu jamais brigaria com você. – ele Passa a mão no cabelo no menino o tranquilizando. – Mas precisamos falar sobre o que aconteceu no hotel.

      — Eu sei! Sasuke, você também ficou com os olhos vermelhos.  

      - É porque também sou um alfa lúpus, assim como você.

     – Como você consegue controlar? Eu não consigo, eu fico muito bravo quando vejo alguém sendo malvado com meu pai. Eu não gosto de ver ninguém maltratando ele daquela maneira.

       —  Eu tive que aprender a lidar com isso, por sorte eu tive meus pais, tios e meu avô do lado que também são alfas lúpus.  Quando eu era jovem também ficava bravo às vezes,  mas sempre tinha meu pai ou minha mãe  pra me ajudar assim como você tem seu pai ômega.  Mas você não pode perder o controle toda vez que fica bravo, nós somos especiais e isso pode assustar as pessoas às vezes. Seu pai estava trabalhando e você nem percebeu que embora ele estivesse cansado, viu que o fotógrafo não queria machuca-lo, caso contrário ele teria te pedido ajuda.

         — Eu sei, ele vai ficar magoado comigo de novo.

         — Não se preocupe,  meu anjo. Ele entende que você só quer protege-lo, mas tudo isso tem consequência. Você vai ter que se desculpar com seu pai e com Deidara,  e provavelmente vai ficar de castigo por alguns dias. Porém, você tem que me prometer que quando você sentir que está perdendo o controle ou ficando bravo assim vai me ligar. E eu vou ajudar você a se controlar.

          —  Você vai ser como um pai alfa pra mim? – ele diz com os olhinhos brilhando. Sasuke não pode explicar como aquelas palavras mexeram profundamente com ele.

          — Seria uma honra pra mim. 

       — Eu gosto de você. Gosto como você fala comigo.

         — Sabe, para a maioria o segundo gênero ABO ( Alfa Beta Ômega) só aparece na puberdade, mas para nós lupinos eles podem dar sinais até mesmo na gestação, por isso é tão importante você controlar seus sentidos. Imagina a situação, você está na escola e por acaso ficar bravo com algum amiguinho e sem querer o atingir com seus feromônios?  Para um adulto ainda é fraco, mas pode desorientar, porém se fizer isso com uma criança você pode deixá-la inconsciente e isso traria muitos problemas para seu pai, ele poderia ser acusado de negligente por você não controlar suas habilidades.

        —  É sério?  Não quero que me pai tenha problemas por minha causa.

        — Eu sei que não. Eu sei o quanto você o ama, mas é importante que você entenda a importância disso. Sabe, quando eu era pequeno eu perdi o controle uma vez e quase matei meu irmão, eu me senti tão culpado que passei quase um ano sem chegar perto dele. – Sasuke diz recordando-se da sensação ruim que foi aquele episódio.

       — O que aconteceu?

       — Eu tinha uma coleção de bonecos dos Transformers, eu tinha verdadeira devoção por eles e não gostava nem que alguém chegasse perto deles, então um dia o Itachi sem querer quebrou meu Optimus Prime. Eu sei que foi sem querer, mas eu fiquei com tanta raiva que comecei a correr atrás dele. Porém, meu irmão era mais rápido que eu então eu o atingi com meus feromônios e ele estava perto das escadas e acabou caindo. Ele rolou escada abaixo,  quebrou um dos braços,  machucou as pernas e fez um corte grande na cabeça. Foi assustador. E não quero que você passe por isso.

        —  Eu vou me controlar eu prometo. – disse levantando a mão.

        — Bom garoto. Quando estiver sozinho treine na frente do espelho. Veja como eu controlo bem os meus. – Sasuke olhou para o menino e de repente seus olhos ficaram vermelhos e suas presas ficaram salientes. – Viu? Eu pareço bravo ou agitado para você?

        — Não.

        Ele retesa ao seu natural com a mesma facilidade.

      —  Só não deixe que isso se torne algo que você se envergonhe, nós somos diferentes da maioria porque somos mais fortes e mais habilidosos, e por isso temos que ser mais responsáveis também.

Ser um lúpus não foi fácil, mas Sasuke sabia que ele conseguiu passar pela fase mais difícil porque tinha o apoio dos outros alfas de sua família. Agora, ele queria poder ajudar Menna com suas habilidades.

       —  Entendi Sasuke, muito obrigado. Eu prometo que vou me esforçar muito pra ser que nem você. 

      — Ah não,  quero que você seja melhor que eu. – O alfa brinca.

Os dois trocaram um sorriso cúmplice e Menna se acalmou, eles permaneceram ali até que a sessão de fotos se encerrou. Já era noite quando Naruto saiu do edifício procurando os dois, ele ainda tinha resquícios da maquiagem no rosto como se apenas tivesse tirado as pérolas que estavam presas e saiu.  Assim que o avistou os dois acenaram para ele. Menna se encolheu na cadeira esperando a bronca. Sasuke  e Naruto trocam um rápido olhar em compreensão, o modelo percebeu que o namorado estava lhe pedindo para pegar leve.

       —  Então foi aqui que vocês se esconderam? – ele diz se aproximando deles.

        – A gente só queria um sorvete. – Sasuke diz em tom de brincadeira e Naruto se senta do lado do filho que permanecia de cabeça baixa. 

        —  Menna... – Naruto diz esperando que o garoto lhe olhasse nos olhos.

        — Eu sei pai, me desculpa. 

        — Você fez de novo filho. O que eu já disse sobre isso?

        — Amor, eu sei que não tenho como me intrometer na conversa de vocês dois, mas eu posso pedir pra você ser um pouco mais gentil com ele. – Sasuke  fala e Naruto lança um olhar de reprovação. E foi a vez dele se encolher envergonhado e sussurrar um “me desculpe" .

       —   Filho, nós já conversamos sobre isso. Não pode atingir as pessoas com seus feromônios. Você não pensou que poderia machucar gravemente o fotógrafo ? Eu não quero você faça isso novo.

        — Me perdoa papai. Isso não vai se repetir.

        — Eu sei que não. Eu confio na sua palavra, mas vai ficar uma semana sem desenhos e nem internet. Estamos entendidos?

       — Mas pai...

       — Nada de Mas. Estamos entendidos ? – ele diz

.      —  Sim.

       —  Muito bem, agora vamos procurar alguma coisa para jantar. – ele diz dando um beijinho no rosto do filho. – Vamos Sasuke?

       —  Claro. Espera, você viu o Itachi?

       —  Quando eu saí já não vi mais ele. Acho que ele foi embora assim que você chegou.

       — Vou ligar pra ele e já saímos. 

Sasuke foi até um lado mais calmo e ligou para o irmão.

     — Ita, cadê você?

     —  O ensaio atrasou um pouco, então eu fui resolver outras coisas. O que aconteceu?

      — Você pegou as fotos e a autorização com o Deidara?

     — Eu esqueci completamente,  Sas. Sabe que aquele idiota tem o dom de me azucrinar e acabei esquecendo.

     —  Então liga pra ele e pega. Não posso ter problemas com direitos autorais e também não estou mais no local das fotos.
   
      — Já entendi. Me passa o número do meliante que eu mesmo  vou pegar. Você fica me devendo essa.

     —  Não esperava menos de você. Quanto ao número dele... Você não me engana, eu sei que você tem o número dele.

     — Chato. – Itachi desliga. Ele respira fundo antes de ligar para o alfa. Sua aversão ao alfa se dava pelo passado não resolvido deles. O ômega vai até os contatos do celular onde tinha o nome  Perturbação Loira escrito. O alfa atendeu já no segundo toque.

      —  Deidara falando.  – o ômega estava nervoso em  ter que falar diretamente com ele depois de tanto tempo. –Se não vai falar vou desligar.

     — Sou eu. – Foi tudo o que ele conseguiu dizer naquele momento.

     — Ita? É você? – o agente de modelo respirou fundo e limpou um pouco a garganta antes de começar. 

     — Eu vou ser breve. Sasuke me pediu para pegar sua autorização e algumas fotos para o portfólio do Naruto, mas eu tive que resolver algumas  coisas e acabei esquecendo.

     — Olha, eu estou no meu estúdio agora. Se você puder vem aqui e a gente resolve.
  Itachi pensa um pouco, sabia que precisava da autorização por escrita do outro. Mas não tinha a intenção de vê-lo.

      — Me passa o endereço por mensagem que eu passo aí rapidinho.

    — Ok. Até daqui a pouco.  – logo ele desliga.
Pouco minutos depois, o som da notificação  da mensagem chega.

      — Vamos acabar logo com isso. – Itachi diz a si mesmo.

Seguindo o GPS do carro ele vai direto para o estúdio de fotografia de Deidara. Pouco menos de vinte minutos ele chega ao loft que o alfa usava como estúdio. Ele se encaminha até a entrada e toca o interfone onde tinha o nome Kawamata na frente.

     —  Pode subir. – Ele avisa pelo interfone, Itachi já havia recebido as coordenadas antes então sabia o andar e apartamento do rapaz.  Ao sair do elevador ele fica cara a cara com o alfa que já lhe aguardava na entrada.

      — Eu não vou demorar, pode me dar as fotos e assina a autorização. – ele tira a folha da bolsa.

      — Calma, eu não mordo. Entra e escolhe as fotos com cuidado, eu já escolhi as que serão usadas na revista então você pode ficar a vontade e escolher as que mais gostar. – ele indica a entrada.

Eles entram no lugar e Deidara já mostra o painel com as fotos expostas, Itachi olhou com calma cada uma delas. Por mais que detestasse o alfa, não podia negar o talento dele, as fotos ficaram simplesmente perfeitas, Naruto tinha uma beleza única detrás das lentes.

      —  Por mais que me doa admitir, as fotos ficaram incríveis.  – o ômega diz segurando uma das fotos.

      —  Sua incredulidade chega a ser ofensiva. Eu já fotografei sua família e até seu irmão quando ele ainda era modelo, porque a surpresa?

      — Por favor, nem se eu xingasse sua mãe você me acharia ofensivo. – ele diz sem pensar. Deidara se aproxima do rapaz ficando ombro a ombro com ele.

      –  Você me conhece tão bem.

O ômega pode sentir o peso das palavras do outro, estando ali tão próximo dele ele podia ver perfeitamente seu rosto bem esculpido. Vendo que seus pensamentos começavam a ir numa direção perigosa Itachi percebeu que era hora de ir.

      —  Bom, eu já escolhi as fotos. Se você assinar a autorização eu já vou indo.

     —   Porque você sempre está correndo de mim? Mal consegue  ficar na minha presença, tem certeza de que eu ainda afeto dessa maneira.

     — Eu? Dei, que razão eu teria para correr de você? – ele diz cruzando os braços. 

     — Adoro quando você me chama de Dei, só você me chama assim.

Itachi se viu desarmado, ao chamar o apelido do rapaz inconsciente sabia que tinha dado uma brecha. 

     – Dei...dara. Eu preciso ir. – ele pega a bolsa que estava em cima de uma poltrona e faz menção de sair.

      —  Um beijo.
     O ômega para no mesmo instante. Ele não se virou para olhar para o alfa, mas achou ter ouvido errado.

     — O que você disse?

     —  Um beijo, é tudo o que quero. – Itachi riu debochado.

     —  E porque eu faria isso?

     —Por que eu sei que você quer.  No últimos sete anos eu tentei me desculpar com você de todas as maneiras por ter estragado seu aniversário. Mas você não tem ideia do quanto foi difícil pra mim te ver nos braços de outro naquela noite, eu surtei. Eu posso ver nos seus olhos que você também não me esqueceu. 

     — Você se acha demais, se já terminamos aqui já estou de saída. 

      Deidara pega o braço do rapaz fazendo ele virar para si e ficando a poucos centímetros do rosto um do outro. O coração de Itachi saltava loucamente naquele momento.

      —  Dei, não faz isso. – ele disse baixo.

       — Fazer o quê?

       — Seus feromônios.

—  Você sempre gostou deles, isso mudou?  — ele deu uma fungada no pescoço do ômega que logo deixou um gemido escapar.  – Ainda usa o mesmo perfume que eu te dei, depois de dez anos e ainda tem o mesmo cheiro. – ele desliza seu nariz pelo rosto de Itachi.

         — Dei ...

        —  Só um beijo, por favor!

Ele coloca as duas mãos no rosto do rapaz se aproximando ainda mais, no entanto não toca os lábios.  Itachi fecha os olhos com a ansiedade do próximo passo.

    — Ita, você sabe o que fazer?

Uma regra que Itachi estipulou ainda na faculdade, ele daria o primeiro passo, não que ele que tivesse a  correr atrás de Deidara, mas que fosse a decisão do ômega tocar ou ser tocado pelo outro. E era algo que Deidara sempre respeitou, só tocaria no ômega se ele desejasse ser tocado.

      —  Por favor, Ita.
Itachi deixa a bolsa escorregar pelos braços até o chão e logo avança sobre os lábios do fotógrafo. Com  usa sua mão livre para abraçar a cintura do rapaz trazendo ele para mais perto de si, como se isso fosse possível. O beijo alternava dos lábios ao pescoço do ômega  que suspirava audivelmente.

   — Você...disse ...um ...beijo. – itachi dizia tentando não se perder ainda mais nas carícias do outro.

   — Eu ainda parei de te beijar, então não conta. – num rompante, Deidara coloca o rapaz no seu colo e o coloca sentado em cima da mesa. E lentamente começa a desabotoar ada botão da camisa de Itachi com a boca enquanto descia pelo peitoral do ômega.

     — Eu vou pro inferno. – O ômega disse enquanto pressionava a cabeça de Deidara que brincava com seus mamilos.

      — Então é melhor brincar com o Diabo.

Ele tira completamente a camisa que Itachi usava tendo total visão do dorso desnudo do rapaz, que respirava com dificuldade.

      — Dei...

      —  Não fala nada Ita, vamos apenas aproveitar. Eu estava morrendo de saudades de sentir a maciez de sua pele.

Ele volta a atacar o pescoço do ômega, sabia que ali era o ponto mais sensível do rapaz. Novamente o pegou no colo e subiu as escadas até o quarto no andar de cima, Deidara em momento algum deixou de tocar o corpo do outro. Ele sentou-se na cama mantendo Itachi em seu colo, esse no entanto rebolava sem parar sentindo suas ereções pulsando, era como uma dança provocativa, queria provocar Deidara até seu limite. E conseguiu. O alfa inverteu as posições deixando Itachi deitado sob a cama, ele rapidamente retirou as peças que restavam do ômega e contemplou a visão privilegiada que lhe foi dada.

      – Vira. – o alfa mandou. Itachi fica de bruços, e logo consegue ouvir o som da calça de Deidara sendo tirada. Sentiu a mão dele erguer seu quadril enquanto sua cabeça permanecia mais baixa afundada nos travesseiros.  Ele se assusta quando sente uma palmada barulhenta em sua bunda branca e lisa, sabia que ali ficaria vermelho por dias.

      — De novo... – ele pede manhoso. Deidara sabia que ele adorava palmadas na bunda durante o sexo.

      — Você quer outra palmada ? – ele provocou.

      — S-sim. – sem hesitar, O alfa obedece. Itachi gemeu alto, a sensação de dor E prazer invadiram seu corpo e Deidara ficou de joelhos e beijou o local agora vermelho pelo tapa, passando a língua quente por toda região.  Ele distribuía leves mordidas até chegar ao seu destino, com as mãos livres ele gentilmente abre as nádegas de Itachi e encara um dos seus lugares preferidos no mundo, o lindo buraco rosado do ômega.  Ele passou a língua umedecendo os lábios e logo invadiu o local com sua língua. Itachi apertou os lençóis com força sentindo seu interior esquentar,  ele continuou a rebolar na boca do alfa, e esse o estimulava tanto atrás quanto na frente. O pobre ômega nunca foi do tipo silencioso nesses horas e agora não seria diferente. 

    — Mais...rápido... -  ele implorava. E logo teve seu pedido concedido. Deidara intensificou ainda mais suas lambidas e estímulos no corpo do outro. – Ahhh...- o ômega  gemeu antes de gozo inundar as mãos do alfa, seu corpo tremia com leves espasmos e se sentia incapaz de formar uma frase coerente naquele momento.

    Deidara não perdeu tempo, colocou o preservativo que estava guardado numa gaveta próxima e penetrou forte. Itachi nem mesmo teve tempo de se recuperar, corpo foi invadido sem qualquer pudor pelo cacete grosso do fotógrafo.
 
Não importava quanto tempo passasse, a familiaridade entre os corpos deles jamais seria esquecida. Eles eram o combustível um do outro. Itachi empurrava com força seu corpo para trás sedento por mais, ele não conseguia evitar se sentir tão desprovido de qualquer vergonha quando se tratava do sexo, e sendo com alguém lhe conhece tão bem não havia barreiras.

    — Me .... bate.  – ele diz entre os gemidos. E Deidara sabia exatamente o que o outro queria. Ele bateu forte na bunda do rapaz.  – Ahhhhhhh.

    —  Você gosta né?- ele provoca.

    —  De... novo. – e novamente o estalo da mão espalmada no traseiro alheio ecoou pelo ambiente. Os gemidos de Itachi estimulavam todos os sentidos de Deidara da maneira mais intensa possível. O choque de seus corpos batendo um no outro era alto e excitante , o alfa estava quase chegando ao seu limite enquanto o ômega já não tinha mais forças nas pernas trêmulas. 

    — Não se segure Xing, goze do jeito que só eu faço com você.  – ele disse aumentando a velocidade dos golpes e  Itachi apertou os olhos sentindo mais um orgasmo intenso chegando.

     — Eu ....vou...Eu.... Ahhhhhhh. – seu corpo convulsionou e seu gozo caiu todo em cima da cama, segundos depois Deidara rosnou alto chegando ao seu próprio clímax. Ele caiu na lateral do ômega sem se retirar de dentro dele ainda, sabia que Itachi estava exausto, então apenas o trouxe para mais perto enquanto o outro descansava quase sonolento. Queria prolongar aquilo o máximo que pudesse, pois sabia que logo que ômega saísse pela porta o evitaria como o Diabo foge da cruz. Os dois ficaram de conchinha e o alfa liberava seus feromônios deixando o outro mais tranquilo, queria que Itachi se sentisse seguro a ponto de não se esconder depois. Passado algum tempo, ele se levantou com cuidado para não acordar o ômega, foi ao banheiro onde descartou o preservativo e pegou uma toalha molhada que usou para limpar o rapaz adormecido. Eles se conheciam a dez anos, mas somente na faculdade que o alfa pôde dizer como se sentia,  embora não soubesse bem como expressar seus sentimentos, pois era imaturo demais e nunca antes alguém havia despertado tantos conflitos dentro de si quanto Itachi,  ele o amava. Ele voltou a se deitar e puxou para que o outro deitasse sobre seu peito, o ômega dormia tranquilo sentindo o leve aroma de menta que ele tanto amava.

     Não demorou muito quando Itachi havia minimamente se recuperado e uma nova rodada de sexo aconteceu. Eles perderam as contas de quantas vezes puderam gozar e se saciar juntos naquela noite.



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Capítulo com 4.7k de palavras.

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Destiny - SasuNaru (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora