🌺Capítulo 13🌺

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Capítulo 13: Alguém teve final feliz

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Capítulo 13: Alguém teve final feliz



Naruto bate a porta com força ao sair do escritório, alguns funcionários que ouviram a discussão não entendiam bem o que havia acontecido. Itachi estava assustado demais para falar alguma coisa, mas queria muito enfiar sua bota Dior com salto 15 no traseiro do irmão naquele momento.  O Uchiha mais velho tinha as mãos cobrindo o rosto em total incredulidade. Sem contar o arrependimento batendo na sua cara com força.

      — Sasuke, vai me dizer o que acabou de acontecer aqui? Como o cheiro do Naruto mudou tão de repente? E o que foi aquilo nos olhos dele? Como eles ficaram vermelhos?

     Sasuke passa as mãos nos cabelos de maneira que os fios ficassem desorganizados, ele estava em profundo estado de choque e raiva de si mesmo.

     — Aquele foi meu filho dizendo o quanto eu estava errado. – ele disse baixo.

     — Eu não entendi.

     —  Ômega quando estão grávido de um alfa lúpus, e esse bebê ser um alfa lúpus também ele pode reagir desse jeito se entendesse que o ômega estava em perigo. Por causa das emoções do Naruto o bebê me reconheceu como uma ameaça.  Isso já tinha acontecido antes na primeira gravidez dele, quando ele foi agredido pelo tio. – Sasuke dizia cada palavra com pesar principalmente ao lembrar das dificuldades que Naruto teve na primeira gestação.  — Alfas lúpus são raros, e nosso país já está fora dessas estatísticas só pelo fato de ter Menna e eu na mesma cidade, que dirá um terceiro. Não tem chances dessa criança ser de outro.

     —  Ele foi agredido. Meu Deus Sasuke! Imagina como ele deve tá se sentindo agora!? Mesmo na segunda gravidez ter toda essa confusão. Pena que você só percebeu isso tarde demais, eu espero que ele não te perdoe tão cedo por causa dessa sua cabeça oca. Eu sei que você e o Shikamaru tem um passado difícil, e aposto que você deve ter mencionado ele na discussão. – Itachi o repreende e Sasuke sentia-se ainda pior.

    — Eu sei Ita, você não imagina como eu estou me sentindo agora. Eu magoei a pessoa que amo por causa de ciúmes e estraguei aquele que seria o melhor momento da minha vida. Eu sou uma droga de pessoa.

     — Espere um pouco, deixe ele se acalmar e vocês voltam a conversar. Tenho certeza de que vão se resolver, você só precisa correr atrás do prejuízo.  E garanto que não vai ser fácil.

    —  Eu não tenho tanto certeza.  Ataquei o Naruto no ponto mais sensível da vida dele, a paternidade. E eu não sei como resolver isso, ele me odeia e com toda razão.

     Itachi não sabia como consolar o irmão,  tinha a certeza de que ele conhecia Naruto bem melhor do que qualquer outra pessoa. Então tinha propriedades em afirmar que levaria tempo até que o ômega voltasse a confiar nele.

   Ele foi até o  irmão e lhe fez um carinho nos ombros tentando acalmar e consolar o rapaz.

     — Naruto está magoado e sei que você está arrependido.

    — Você não imagina o quanto.

De longe Itachi pode ver Deidara entrando na agência e se assusta ao ver o ex namorado ali. Ele fica atrás de uma parede tentando de esconder.

      — O que diabos o Deidara está fazendo aqui? – o ômega cochichou como se não quisesse ser ouvido.

Sasuke bate na própria testa como se lembrasse de algo.

      —  Eu acabei esquecendo de te avisar. Como você sabe o Sai  vai para a Coréia do Sul por três meses, e a agência não pode ficar sem um fotógrafo interno,  e por acaso ele estava disponível e aceitou ficar aqui até o Sai retornar.

     — Se você tivesse me avisado eu teria encontrado um fotógrafo em dois minutos.  Porque tinha quer ser justamente o Deidara?

      — Eu não pensei muito nisso,  acontece que a gente encontrou por acaso num bar e acabei fazendo o convite. – Ele mentiu, sabia muito bem que Itachi estava fugindo do fotógrafo e com aquela barriga de seis meses já não era mais possível esconder do alfa.

     — Adivinha Sasuke. Tem mais um ômega grávido muito zangado com você. – o rapaz joga um objeto no irmão.

     —  Ita, por favor. Use essa confusão com o Naruto como exemplo. E faça as coisas direito.

    —  Não Sasuke, você tomou uma decisão por mim na qual eu ainda não estava preparado. Você não tinha esse direito. — Itachi estava irritado e Sasuke se aproximou o ajudando a se sentar.

   —  E quando seria?  Quando a bebê nascesse ou quando ela fosse para faculdade? Pare de agir como um adolescente é encare seus problemas de frente Ita.

     — Muito irônico da sua parte. – ele rebateu.

     — Não comece, você sabe muito bem que a minha situação é diferente.

     —Eu não quero falar com ele. Eu ainda não sei como falar com ele.

    — Problema seu, porque ele já está vindo para a sala. Então, acredito que você deva começar a pensar bem rápido no que vai dizer.

Itachi vira-se rapidamente e percebe o alfa entrando na sala.  O ômega que usava calças jeans skinny com lavagem escura, um camisão social branco que cobria toda sua barriga e botas no estilo coturno de salto grosso. Rezava para que Deidara fosse lento demais para perceber a situação, afinal sua barriga não era tão exagerada assim e ele praticamente escondeu sua barriga debaixo da mesa.

      —  Deidara, não esperava que viesse tão cedo. – Sasuke o saúda.

     — A verdade é que eu queria me familiarizar com o estúdio de fotografia do Sai antes dele viajar, para que não tenha problemas depois.  – ele vira para Itachi que está sentando tentando disfarçar seu estado. —  Como vai Xing? Quanto tempo?

      —  Seis meses para ser exato. – Responde Sasuke, que recebe um olhar ameaçador do irmão. 

     — Como você sabe? – Deidara pergunta confuso.

  —  É só uma suspeita. Enfim, seja bem vindo a agência e espero que vocês possam conversar, eu preciso resolver algumas coisas e Deidara fique à vontade.  – Sasuke se afasta da sala sem maiores explicações deixando apenas o casal.

    — O que deu nele? – o alfa pergunta.

    —  É vontade de morrer pelas minhas mãos. Ele gosta de viver sob o perigo de morrer pelos ômegas que o cercam.
 
    —  Bom, já que estamos só nós dois aqui. Acho que podemos conversar um pouco antes de você sair por aquela porta e me ignorar por meses.

    Itachi sabia que a conversa seria difícil. E que provavelmente terminaria com ele jogando uma cadeira em Deidara, mas por culpa de Sasuke não ia poder ser adiada.

    —  Olha, quanto a isso me desculpe. Eu só tinha coisa demais na cabeça e não queria discutir com você. E meio que as coisas aconteceram rápido demais.

     — Porque você sempre foge de mim? Eu sou alguém tão desprezível assim que não mereça nem mesmo um telefonema?  Nós transamos e você simplesmente foge, não atende minhas ligações, não aceita minhas mensagens, não responde meus e-mails. O que eu fiz assim de tão ruim para você?

      — Dei,  eu te conheço há muito tempo, eu sei exatamente de como você é. E eu só evitei que as coisas ficassem mais complicadas entre nós.  Te poupei o trabalho de um discurso, coisas que eu sei bem o que seria. Já conheço bem toda a sua cartilha.

     — É o que você pensa sobre mim? Que eu ainda sou o mesmo cara que te conheceu  no ensino médio? 

    —  Eu sei que sim.

    —  Não,  você não sabe. Você que continua sendo o mesmo de sempre. Aquele que tira conclusões precipitadas, baseadas em achismos e coisas de sua cabeça. Você nem me deu uma chance de tentar, apenas concluí por vontade própria como seria e me deixou no escuro. – ele o acusa.

     —  Até parece. Você continua sendo o mesmo sempre Deidara,  o garoto popular que não gostava de compromisso. – Itachi desabafa. – Sabe, eu nunca te falei, mas no dia da final do campeonato universitário eu fui te ver no vestiário pra te desejar boa sorte. Então, eu ouvi você e seus amigos conversando, eu lembro exatamente das palavras que você usou. Seu amigo perguntou se depois do jogo você iria para a fraternidade comemorar com as líderes da torcida e você disse que não queria nada sério, que outros relacionamentos não te interessavam.

      — E você concluiu que isso seria o lema que eu levaria por toda minha vida? Eu tinha dezenove anos Ita, não tinha qualquer intenção de me apegar a ninguém,  não porque fosse insensível a ponto de não ligar para os sentimentos alheios, mas porque eu sabia que iria para os Estados Unidos  e me desapegar seria difícil e doloroso. E foi, você não imagina a merda que foi pra mim. Eu lembrava de você a cada passo que eu dava imaginando como você ficaria feliz se estivesse lá comigo, das coisas que iríamos explorar juntos.  No entanto, você nunca ouviu de mim que houve qualquer arrependimento do que vivemos. O problema foi a sua insegurança,  você não confiava em mim porque todos os meus relacionamentos anteriores haviam sido com mulheres e você tinha sido o único ômega masculino com quem eu me envolvi. Eu sempre deixei claro pra você que não se tratava pelo gênero, que nós estávamos juntos simplesmente porque era você Itachi. Eu não desejei outro, porque eu sabia que não seria o seu corpo ou seu cheiro, e eu nunca busquei em outros aquilo que eu só tinha com você. Porém, você é suas conclusões precipitadas aderiram à coisa de que você era só um passatempo.

      —  Você sempre deixou bem claro isso.

      — Não disturbe minhas palavras, eu sempre disse que não tinha interesses em outros homens, você sempre foi o único. Até hoje.  Simplesmente porque eles não eram você.

  Itachi sentiu sua bebê chutar forte e respirou fundo tentando manter a neutralidade do seu rosto.

      — Nós sempre fomos muito complicados juntos Deidara. 90% do tempo a gente só concordava na cama. O restante a gente sempre acaba discutindo e você sabe disso.

      — Eu não posso falar pelo garoto imaturo que você namorou na faculdade Ita, eu não sou mais o mesmo, mas parece que você não mudou nada. Continua fazendo suposições a meu respeito sem esperar uma resposta minha. Eu tenho quase trinta e você continua achando que sou aquele moleque de dezenove anos.

    A bebê chuta novamente, era como se ela soubesse que seu pai alfa estivesse ali, aquele era um desconforto que Itachi estava tendo ultimamente, o médico já havia lhe dito que a bebê ficaria sensível necessitando do pai alfa em algum momento. E o ômega acabou transformando sua sala na Fantástica Fábrica de chocolate, só que de menta. Tentando recriar a todo custo o aroma mentolado do alfa para acalmar a bebê. Falhando miseravelmente claro.

       — Algum problema?  - ele se aproxima de Itachi vendo o seu rosto tenso.

      — Você poderia por favor liberar seus feromônios para mim? – ele pede deixando o alfa confuso.

      —  M-meus feromônios?  Porque?

      — Só faz isso por favor, o mais forte que conseguir.

Mesmo sem entender bem o motivo ele o fez, concentrou-se e deixou seu cheiro espalhar pelo ambiente,  pouco tempo  depois Itachi suspirou de alívio.  A bebê não apenas se acalmou como o próprio rapaz sentiu- se mais tranquilo.

      —  Ah,  isso é tão bom. Obrigado. - ele respira aliviado, a sensação de ter o cheiro do alfa foi reconfortante, até sua bebê pareceu relaxar.

      —  Mas o que aconteceu? Porque está agindo assim?

O Uchiha caçula sabia que havia chegado o momento,  não teria como fugir mais. Embora não soubesse como o outro reagiria. Ele afasta a cadeira da mesa com cautela e se levanta, deixando sua mão pousada no ventre. Deidara não levou muito tempo para perceber a situação.

   — Só o seu cheiro pode acalmar a bebê, embora eu tenha tentando de tudo. – ele diz esperando o alfa sair correndo porta à fora.

Inconscientemente Deidara leva uma das mãos até a protuberância no ventre de Itachi e sente a bebê chutar assustando-o fazendo ele recolher a mão rapidamente.

      — Você está grávi...

      —  Gravidíssimo, Sherlock.

      — De quanto tempo? – sua voz saía  meio trêmula.

       —  24 semanas.

       — 24 semanas?  – ele repetiu. – Isso seria...

       — Seis meses. – Itachi concluiu.

       — Quer dizer que é ...

       — Seu. Sempre admirei como seu raciocínio era rápido. – ele brinca vendo o outro estático encarando a sua barriga.

      Deidara dessa vez colocou as duas mãos na barriga do ômega,  havia um misto de emoções passando pelo olhar dele. Itachi já esperava que a qualquer momento ele fosse surtar e dizer que não queria aquele bebê, que não se importava ou qualquer coisa do gênero.  Mas o que aconteceu  foi algo que realmente chocou o grávido.  Deidara ajoelhou-se na frente do rapaz erguendo a camisa dele até que ele tivesse visão completa da barriga do outro e pousou seu ouvido lá, como se esperasse ouvir alguma coisa. Itachi culpava os hormônios da gravidez pelas lágrimas que estava derramando naquele momento, não era tão emotivo assim normalmente.

        —  Ei bebê,  papai chegou. – Foi o suficiente para Itachi chorar sem qualquer controle. Deidara se levanta e o abraça e deixa seu cheiro acalmar o rapaz. Ele o coloca sentado e limpa suas lágrimas. 

      — Você... Não....está... bravo. – O ômega dizia pausadamente entre cada soluço de choro.

     —  Ita, pelo visto eu te conheço melhor do que você me conhece.

     —  Como assim?

     — Você devia está assustado. E ao me ignorar por meses foi só o medo de que tudo o que aconteceu entre nós na faculdade voltasse. Eu sei que eu fui muito mal com você naquela época e não te culpo por pensar assim, mas nós dois mudamos Ita, e eu quero você e quero esse bebê também.

       —  Você quer? – perguntou choroso.

       — Claro que quero. Só preciso que você pare de correr de mim e me deixe me aproximar.

      — Olhe o meu tamanho, não poderia correr nem se eu quisesse.

      — Não se preocupe,  você ainda é o ômega mais lindo que eu já vi. E principalmente agora, carregando nossa filhotinha. – ele dá um beijo em Itachi e outro na sua barriga. —  Então, vamos ficar juntos e cuidar da nossa filhotinha ou você vai continuar me ignorando?

     — Você está falando sério?  Dei, eu não quero que você se sinta pressionado a nada, nem obrigado. Somos dois adultos e podemos resolver isso da maneira mais madura possível.

      —  Itachi, me escuta com muita atenção. Eu não vou a lugar nenhum, vou onde você e a bebê estiver. E só não estarei ao seu lado se você não quiser, mas estarei ao lado na nossa filha. Então,  o que vai ser?

     — Eu...eu....aceito. – em meio a lágrimas ele abraça Deidara. – Mas eu juro que se você me deixar dessa vez eu te mato.

     — Eu não vou a lugar nenhum. 

    Sasuke que observava de longe estava muito feliz pelo irmão, acompanhou de perto todo o sofrimento que o irmão passou. Embora Itachi tenha sempre um sorriso no rosto ele amava intensamente Deidara desde a faculdade, e todos seus relacionamentos depois disso foram fadados ao fracasso apenas porque ele buscava encontrar nos outros aquilo que só Deidara lhe proporcionava. Ele sorriu ao ver o irmão sussurrando um obrigado de longe. Parece que finalmente alguém ali poderia ter um final feliz.





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amores.
Chegamos a mais um capítulo bem emocional. Espero que tenham gostado e não esqueçam de comentar e votar para dar aquela ajudinha para a autora .

Just Dream Girl 🪷

Destiny - SasuNaru (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora