Chefes da Máfia 2 - ZeeNuNew

Capítulo 9

"Eu costumava assassinar pessoas por dinheiro, mas esses dias foram mais uma técnica de sobrevivência".

- Jennifer Estep

POV Tommy

Algumas pessoas pensam que você tem que ser um verdadeiro filho da puta para viver a vida do jeito que eu vivo. Eu os vejo andando com a cabeça erguida, falando em seus celulares, fingindo ser boas pessoas. Mas a verdade é que eles não são. Pessoas boas de verdade, o que são muito difíceis de encontrar, não acham que eles são boas pessoas. Eles acreditam que eles estão fazendo o que qualquer um faria. A verdade é que noventa por cento de nós estão se escondendo do mundo e do nosso verdadeiro eu. Nós nos forçamos a fazer a coisa "certa" porque temos medo das consequências de fazer o que nós realmente queremos fazer.

Eu costumava ser uma dessas pessoas. Eu costumava mentir para mim mesmo também. Eu sabia que o meu pai "Benz o único olho" fazia para viver. Só o via feriado e no meu aniversário, mas eu sabia que eu não queria ser como ele. Toda vez que minha mãe lavava o sangue de suas camisas, eu sentia minha emoção de desgosto. Eu não queria ser como ele, eu não queria a sua vida e eu não queria gastar o meu tempo beijando os sapatos das pessoas.

E então ele voltou em uma cadeira de rodas e me disse que eu iria trabalhar para o próprio diabo. A lealdade de Benz para Mongkut não conhecia limites e eu acho que Mongkut gostava do velho. Então, quando Benz perdeu as pernas, Mongkut permitiu uma saída para a vida e para provar sua gratidão, Benz me deu para trabalhar em seu lugar, dessa forma ninguém jamais iria pensar que ele iria se tornar um rato. Um homem podia ser rato para seu chefe, mas um verdadeiro homem nunca poderia fazer isso para seu único filho.

Eu o odiava por isso. Eu tentei fugir. Eu embalei todas as minhas merdas em um saco, pulei a janela e corri pela rua, só para encontrar o filho de Mongkut encostado a um fodido Chevy velho.

— Eu disse ao meu pai que você ia fugir. — ele disse enquanto a parede de músculos que eu conheci como Tutor abriu a porta para ele e para mim. O olhar em seus olhos quando ele segurou a porta aberta e sua arma visível, me disseram que eu não tinha nenhuma escolha de fato.

Nunew não falou comigo. Em vez disso, ele se sentou, folheando um dicionário Tailandês-irlandês. Eu tentei fazê-los falar, eu xinguei eles de tudo quanto é nome, mas a única resposta de Nunew era tirar uma faca e conduzir sua lâmina profundamente no avental. Isso me calou rápido.

Quando nós paramos em sua mansão, ele estabeleceu a lei. — Sua lealdade é para com meu pai e comigo para o resto de sua vida, — disse ele. — Você vai matar por nós, você vai lutar por nós e você vai mentir para nós. Em troca, você não só será um homem muito rico, mas você vai estar muito mais seguro do que você estaria sem nós. Seu pai chateou um monte de gente, todos quem iria matá-lo apenas para jogar tudo de volta para ele. Fuja novamente e Tutor irá colocar uma bala na parte de trás de seu crânio. Boa noite. — e com isso, ele saiu do carro e entrou em sua casa, me deixando completamente perplexo.

— Quantos anos ele tem? — perguntei a Tutor.

— Catorze, — disse ele quando ele balançou a cabeça, um leve sorriso nos lábios. — O patrão queria colocá-lo na escola, mas tinha medo que ele iria comer os outros alunos. — ele riu. — Vamos, hora de mostrar ao novo cão a sua gaiola. Não queria te matar tão cedo. Ele não está brincando sobre as regras.

Não, ele não estava. Ao longo dos anos que passei lá, comecei a entender o meu lugar. Eu fiquei mais leal a ele. Eu não tinha certeza do por que. Ele só tinha um jeito de entrar em sua cabeça e ficar lá. Ele trabalhou dez vezes mais arduamente do que o resto de nós e nunca pediu nada em troca. Ele só trabalhou... mais do que qualquer garoto de sua idade deveria. Você queria fazer a vida dele mais fácil. Você queria fazer qualquer coisa que ele precisava. E fazendo quase nada, além de ser frio, calculista e assassino, ele havia ganhado a nossa lealdade. Ele era a razão pela qual eu estava fazendo esta ligação agora.