8. DRS

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Nat e Max estavam no mesmo apartamento a cerca de dois dias, eles nunca tinha ficando tão próximo por tanto tempo e sem nenhuma briga entre ambas as partes. Nat mal podia ignorar a necessidade de estar perto do Alfa. Ele se sentia enlouquecer a cada hora qualquer movimento que o Alfa fazia pertubava Nat, sobre o véu do desejo tudo parecia sensual demais para Nat o deixando no limite. Parecia que os seus hormônios tinham assumido o controle de seu próprio corpo, ele sempre olhava para Max com aquela expressão de ataque como se fosse se lançar sobre o Alfa a qualquer momento, e para piorar Max estava cuidando muito bem dele o que o tornava dez vezes mais irresistível

-Máx?

Nat chamou, sua voz saiu frágil como se ele estivesse mais doente do que nunca.

-Precisa de algo?

Max tirou a atenção da TV para olhar para Nat.

-Posso te pedir uma coisa?

Nat questionou suas bochechas salpicadas de carmesim.

-Fale, e veremos se posso fazer.

-Você pode me abraçar?

Max olhou para Nat com descrença e piscou algumas vezes. Nat nunca tinha se sentido tão patético e envergonhado em toda a sua vida, ele odiou tanto ser fraco a ponto de pedir tal coisa a Max ele desejou ser mudo para não ter que falar tanta asneira. Mas ele precisava muito de um pouco de alívio, ou caso contrário poderia morrer de tanto tesão, se isso fosse possível.

-Por que?

Max perguntou desconfiado ele sabia que algo estava acontecendo com Nat, o garoto não parava de encará-lo, e sinceramente o cheiro de Nat o desnorteava, ele não estava lhe dando bem com o pequeno corpo do Ômega vagueando ao seu redor, suas bochechas avermelhadas e seus lábios sempre suplicantes por toque, ele teve que se afastar diversas vezes do Ômega para não atacá-lo. Max estava louco para voltar para casa e se livrar da tentação.

-Porque você é um Alfa, e eu sou um Ômega... Eu realmente preciso explicar anatomia básica para você?

Nat ergueu uma sobrancelha se sentindo irritado com a relutância de Max, ele não queria ter que explicar que estava arruindo sua cueca toda vez que colocava os olhos no Alfa, se ele falasse isso Max teria todos os motivos para compará-lo a uma cadela no cio, e Nat era orgulhoso demais para deixar isso acontecer.

-Não, você não precisa, mas...

Mas Max não confiava em si mesmo sentindo o calor da pele creme de Nat. Max pensou de repente. Esse era o único motivo para não querer se aproximar do pequeno Ômega encolhido do outro lado do sofá. Esses últimos dias já tinham sido extremamente estranhos, por que não torná-los ainda mais? Pensou Max já tomando a sua decisão.

Max soltou um suspiro profundo antes de abrir os braços, Nat engatinhou até ele e se aninhou ao seu lado, Max quase teve um colapso quando sentia o calor do Ômega ao seu lado.

Max prendeu a respiração quando o cheiro do Ômega ficou mais evidente, Nat sentiu instantaneamente uma pequena satisfação.

-Tudo bem assim?

Max quis saber, olhando para Nat tão pequeno em seus braços.

-Está perfeito assim!

Murmurou o ruivo enterrando ainda mais a cabeça no peito de Max. O coração de Max deu um balançando ele não queria admitir isso para si mesmo mas gostou de ver Nat emaranhado ao seu lado. De alguma forma parecia... certo.

Depois de alguns minutos Nat começou a cincundar o peito de Max com a mão, o piloto sentiu-se endurecer em suas calças. Ele não sabia se Nat estava notando o que estava fazendo, mas ele precisava pará-lo o quanto antes.

-Para de fazer isso.

Max pediu com uma voz profunda, tentando se concentrar em seja lá o que passava na TV.

-O quê?

O voz de Nat era tão inocente que o Alfa teve certeza que o Ômega não sabia que estava causando um inferno nele.

-Sua mão... pare de movê-la.

-Porquê?

-Porquê eu sou um Alfa e você é um Ômega, eu não preciso realmente explicar anatomia para você não é?

Surpreso Nat deu um pequeno sorriso sentindo-se satisfeito por saber que estava afetando Max. Mas ele resolveu parar não queria abusar da boa vontade do Alfa.

{•••}

Silenciosamente, Net abriu a porta do apartamento com James logo atrás. Ele estava rezando para que os dois pilotos cabeças quentes ainda estivessem vivos. Ele poderia ser indiciado por homicídio ao concordar com a ideia extremamente perigosa de James.

Quando ele chegou na sala, olhou para o sofá em estado de choque. Ele e James se entreolharam boquiabertos.

Max e Nat estavam dormindo no sofá. Nat estava abraçando a cintura de Max e o Alfa segurava protetoramente o Ômega em seus braços, o casal deu pulinhos de alegria com a visão, mas pararam rapidamente temendo acordar os amigos.

Tutor jamais acreditaria nisso! Net pegou o telefone e rapidamente tirou uma foto dos dois garotos dormindo abraçados, o casal deixou silenciosamente as compras na cozinha, e saíram do apartamento.

Aqueles idiotas precisavam de um tempo para si mesmos. Talvez eles até começassem a gostar um do outro depois de se conhecerem além de toda a irritação.

{•••}

-Não tem como. Lhes sugiro fazerem um exame oftalmológico.

Tutor zombou balançando a cabeça em discordância, quando Net e James contou o que haviam visto no apartamento.

-Nossos olhos estão perfeitamente bem seu imbecil! Eles estavam deitados no sofá, abraçados e dormindo! Olha a foto e você saberá.

James insistiu, Tutor cedeu e olhou para o telefone. Esperando que fosse apenas uma brincadeira do casal, ele pegou o telefone das mãos de Net sem acreditar no que via.

-Não é possível!

O Alfa encarou o telefone checando minuciosamente a imagem para ver se era realmente real ou uma montagem.

-Como isso aconteceu?

Ele perguntou a James mas o Beta apenas encolheu os ombros.

-Não tenho ideia, mas talvez eles finalmente reconheceram que é melhor assim.

-Não estou tão certo disso somos testemunhas do quanto eles se odiavam e todas aquelas brigas... impossível.

Tutor falou ainda incrédulo. Ele tinha visto de perto a história daqueles dois e nem em um milhão de anos eles poderia estar juntos daquele jeito.

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