━━━ "𝐕𝐈𝐋𝐀̃"
Onde Draken conhece uma riquinha diferenciada e aprende cada vez mais sobre um sentimento que ele achava nutrir por outra pessoa, mas com a chegada de uma mestiça seu coração bambeou.
Mia é uma garota que passou a vida sozinha e apr...
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O dia 25 chegou, mais rápido do que eles queriam e com ele veio consequentemente o dia de brigar com Taiju. Mia se despediu de Draken logo pela manhã, indo totalmente contra sua própria regra de não dormir na cama de ninguém, nem mesmo passar a noite na casa de uma de suas fodas.
Na verdade, Mia sentia que nao tinha sido uma foda, claro ela sentiu prazer e foi incrível, mas havia algo a mais ali, algo que não havia com os outros.
Enfim, Mia tinha outra coisa para se preocupar no dia de hoje e não eram seus sentimentos. Ela tratou de chegar em casa cedo e achar seus irmãos preparando alguma coisa na cozinha, claramente pra ceia de mais tarde, porém alguém a esperava no portão de casa.
— Mãe?! — Ela sorriu ao ver a figura da mulher parada e acenando pra eles, Draken fez questão de a deixar em casa.
— Bom dia, filha. — Jade sorriu para sua versão mais nova e para o garoto ao lado dela. — Bom dia, Draken.
— Bom dia, senhora. — Ele respondeu educadamente e viu Mia abraçar a mãe, Draken se preparou para ir embora e viu Mia se aproximar deixando um beijinho na sua bochecha.
— Se cuida. — Mia se despediu e ele lhe deu um sorriso sutil, Jade acenou para o garoto com um sorriso parecido com o da filha e Draken percebeu a semelhança das duas.
— Obrigada por trazer minha filha em segurança. — Ela falou e o garoto apenas assentiu e foi embora, a mulher logo olhou pra filha e riu da expressão envergonhada dela. — Também tive sua idade, Mia, relaxa.
O dia passou tranquilo para a família Kawasaki, mesmo que sem a presença de Tatsu, eles se divertiram em fazer uma ceia de Natal e conversar com a mãe.
Mia queria passar todo o dia com sua família, queria ignorar tudo que sabia e simplesmente aproveitar seu feriado preferido, ela queria ser egoísta a esse ponto, mas ela não conseguia.
Era como se uma metade sua tentasse com todas as forças a manter ali, tendo um momento familiar com sua família, mas outra metade chorava para que ela fosse procurar a igreja em que Taiju estava.
A última parte ganhou.
— Eu preciso ir. — Ela disse se levantando da mesa com tudo e encarando seus irmãos e sua mãe. — Me desculpem.
Mia saiu correndo, ignorou o pedaço de roupa que usava por estar no conforto de sua casa e o sapato que estava mais perto era um coturno de plataforma. Ela sentia todo seu corpo doer, talvez pelo frio, talvez pela ansiedade e pelo mix de sentimentos.
Ela sabia onde seria a igreja que ele estava, precisou subornar Mana para que ela ouvisse a conversa do irmão e a contasse, por isso não demorou para que ela chegasse no lugar.
Mia encarou a igreja católica e se benzeu, nunca foi a mais religiosa, mas ainda sim se sentia mal de entrar naquele lugar com tantos pensamentos sujos. As grandes portas de madeira estavam fechadas, protegendo o interior do frio, mas quando Mia abriu elas, o proteger parou, do frio e da terrível cena que se instalava lá.