━━━ "𝐕𝐈𝐋𝐀̃"
Onde Draken conhece uma riquinha diferenciada e aprende cada vez mais sobre um sentimento que ele achava nutrir por outra pessoa, mas com a chegada de uma mestiça seu coração bambeou.
Mia é uma garota que passou a vida sozinha e apr...
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Talvez não tenha sido uma boa ideia aceitar a carona, Mia nunca havia andado de moto em sua vida, e a velocidade que Draken andava assustava qualquer pessoa. Ela desceu da moto e sentiu as pernas tremerem ao pisar em terra firme, Mia encarou ele, que abriu um sorriso sem graça ao notar o estado da garota.
— Você não falou que tinha medo...
— Não tenho, é impossível ter medo de algo que nunca fiz. — Ela respondeu rápido e passou a mão no cabelo, pois sabia que estava bagunçado. Mia sentiu seu coração se acalmar após a viagem aventureira e notou que ele ainda estava parado lá. — É proibido parar aqui, o que foi?
— Podia ter segurando em mim... — Por que ele sempre falava meio hesitante? Para Mia, podia ser que talvez ela o deixasse hesitante, mas a verdade era que Draken não sabia falar direito com garotas, ele vivia rodeado de homens suados e agressivos, o máximo de feminilidade que ele tinha contato era Emma e as mulheres do bordel.
— Tá tranquilo, eu não ia me agarrar em alguém que conheci hoje. — Mia soltou uma risada com a feição dele. — Quem sabe na próxima.
Ele se sentiu pressionado e Mia nem sequer o tocou, mas ter aqueles olhos fixos nele era desconcertante pra qualquer um. Mia apenas soltou um sorriso simples quando não recebeu nenhuma resposta dele, então se despediu acenando.
— Foi bom te conhecer, Draken. — Ela falou e antes que Draken pudesse falar algo a garota sumiu na multidão apressada de Shibuya.
Foi assim que ele nunca mais viu Mia e nem pensou que veria, mas seu rosto ainda assombrava ele, assim como um fantasma.
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Naquele dia, Mia resolveu pendências no centro de Shibuya, comprou comida para seu pet e aparou as pontas do cabelo, que estava ficando longo demais e dando trabalho pra cuidar. Ela almoçou num restaurante de lámen e voltou pra casa de táxi, Keiko-san estava cuidando do jardim e cantarolando uma música antiga.
— Como Ada está? — Ela perguntou sem tirar os olhos das plantas e Mia andou até ela, colocando um copo com água ao lado da senhora.
— Ela está bem, diz estar melhorando. — Mia resmungou admirando o azul da flor e sorrindo suavemente pra Keiko. — Por que a flor é azul?
