━━━ 𝔠𝔥𝔞𝔭𝔱𝔢𝔯 𝔣𝔦𝔳𝔢

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Por Mia:

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Por Mia:

Passou-se uma semana desde o ocorrido do dia 3 de agosto, contei para Ada em uma das cartas que a enviei e espero sua resposta, às vezes eu tentava evitar ir lá e me sentir mais culpada do que já me sinto normalmente, mas me sinto mal por não ir visitá-la.

De qualquer maneira, a maior parte de minhas conversas são escritas, cartas para Ada, e-mails diários para meus pais e mensagens com Pedro, esquecia qual era o som de minha própria voz e me perdia no vazio de minha mente, era como mergulhar profundamente no abismo que eu era.

Miko ficou feliz quando lhe contei sobre o acontecido, não pela facada de Draken, mas pela superação que tive e por voltar a lutar, ela disse que era como se eu estivesse me castigando pelo que aconteceu com Ada ao parar algo que eu gostava tanto, e eu concordei com ela. Pude perceber que mesmo sem motivação alguma eu ainda gostava de lutar, gostava da sensação que era proteger alguém.

Agora eu estava com Takashi, na frente do hospital e esperando Draken ter alta. Ele não sabia que viríamos, mas Takashi me pediu para levar eles até a casa de Draken quando ele saísse do hospital. O platinado havia subido para encontrar com o amigo e eu apenas esperei na frente do carro, para que se precisasse eu tirasse ele do lugar.

Vejo os dois se aproximando, Draken nem tinha uma bolsa com seus pertences, apenas segurava o presente que lhe dei abaixo do braço, Takashi estava ao lado dele falando sobre algo que parecia banal, mas o loiro nem sequer o olhou, apenas me encarou desde que saiu pela porta até quando chegou perto de mim.

— Entrem ai. — Falei e Takashi suspirou revirando os olhos, ele sabia que meu mau humor estava mais afiado e ácido do que normalmente é.

— Bom dia, raio de sol. — Draken riu ironizando minha falta de alegria e eu apenas revirei os olhos e abri a porta do carro.

— Vai na frente, cara, é mais espaçoso. — Takashi falou entrando atrás e deixando o amigo sem tempo para revidar, eu fiz o mesmo e entrei do meu lado. Não é que eu esteja aqui de má vontade, mas é que conviver com Takashi era suicídio emocional na certa.

Não lembro de ver esse garoto ter uma crise de identidade, nem existencial, nem nada. Ele apenas vive sua vida numa positividade inexplicável, eu até estranhei quando descobri que ele fazia parte de uma gangue, o que alguém tão pacifista ganharia numa gangue de delinquentes?

Enfim, tudo foi tão automático que quando vi estávamos na estrada para a casa dele, Draken disse que morava no centro de Shibuya — e ainda teve coragem de me chamar de rica — ele estava olhando a paisagem pela janela e Takashi fazia o mesmo do banco de trás, era estranho ter alguém junto de mim esse horário.

— Como você está? — Perguntei olhando Draken de relance, ele viu que a pergunta era para si e virou o rosto para me olhar direito.

— Tô bem, o médico falou que é quase 100% já. — Ele explicou e eu concordei sorrindo suavemente, olhei Takashi pelo retrovisor e ele parecia interessado na nossa interação.

𝐕𝐈𝐋𝐀̃ ∫ drakenOnde histórias criam vida. Descubra agora