Capítulo 14.

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- Tudo começou quando meu pai abandonou a minha mãe

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- Tudo começou quando meu pai abandonou a minha mãe.

Fiquei confusa. O que aquilo tinha a ver com o fato de ter quase sido abusada?

Deixei as perguntas de lado por enquanto e resolvi prestar atenção na história.

— Queria deixar claro que nunca tivemos muito dinheiro. Então, quando Ella nasceu e meu pai sumiu, minha mãe ficou desesperada.

"Eu tinha seis anos na época e não sabia o que estava acontecendo. Mas, eu notei que depois do nascimento da minha irmã, a nossa condição ficou pior. Um dia, um mês depois de Ella completar um ano, um homem apareceu na nossa porta."

Jennie prendeu o fôlego e bebeu um pouco da água. Assim que se recuperou emocionalmente continuou, com a voz mais embargada:

- Minha mãe não o conhecia e nem sabia o que queria. Eu só fui descobrir quem ele era com dez anos, mas isso não é importante ainda. Ele chamou por meu pai e lembro de minha mãe tremendo de nervoso dizendo que ele não se encontrava agora... Nem nunca mais. — Jennie deu mais um gole na bebida. - Quando o homem soube disso, disse para a minha mãe que ele devia dinheiro para ele.

Muito dinheiro. Minha mãe, que não sabia onde meu pai tinha se metido, ficou com a responsabilidade de conseguir o dinheiro.

Caso contrário... - A voz de Jennie começou a falhar nessa parte. — Bem, eu não sei o que ele faria. Minha mãe nunca chegou a me dizer. - Senti no tom de voz de Jennie, que ela sabia sim, mas não se atreveu a contar.

"De qualquer maneira, isso não é importante, pois nunca deixamos de pagar."

"De seis em seis meses, ele aparecia na porta da minha casa, pedindo o dinheiro. E a dívida nunca acabava. Quando completei dez anos e descobri quem era aquele homem, comecei a me sentir culpada. Eu não tinha idade para trabalhar ainda e minha mãe trabalhava em dois empregos diferentes nos dias da semana.
E nos sábados trabalhava em mais um."

"Quando completei treze anos eu já tinha um corpo bem desenvolvido e já era alta. Eu parecia uma mulher e não uma criança. - Não gostei do jeito como ela contou aquilo. Como se fosse importante para a história. Já suspeitava aonde tudo aquilo ia a levar. - Uma vez eu fui até um bar entregar algumas garrafas de cerveja que minha mãe pediu para que eu levasse. Uma moça bem bonita se aproximou de mim e começou a bater papo.

E, no meio da conversa ela me perguntou se eu tinha emprego e eu respondi que não."

"Assim, ela me pediu para sentar junto com as amigas dela e simpatizei com elas. Não me entendam mal, elas realmente eram legais e só estavam tentando me ajudar. Em um determinado momento da conversa, elas me perguntaram se eu gostaria de trabalhar com elas. Na atual condição da minha família, não tinha como recusar. Não sabia que emprego era aquele em que crianças poderiam trabalhar, mas aceitei. Sendo assim, elas me entregaram o endereço e eu voltei para casa."

𝐑𝐄𝐀𝐋𝐄𝐙𝐀 𝐎𝐂𝐔𝐋𝐓𝐀 - 𝐉𝐈𝐑𝐎𝐒𝐄 Onde histórias criam vida. Descubra agora