Capítulo 27.

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Dezenove anos é uma idade muito importante quando se é membro da realeza.

Principalmente, quando você é herdeira de um trono.

É seu último ano apenas como princesa.

Não consegui dormir aquela noite pensando nisso e pensando na invasão, e em minha identidade falsa e em tudo mais. Minha cabeça estava simplesmente carregada demais. Tentei me levantar da cama, mas senti os braços de Jimin me puxando. Deixei que me puxassem e mergulhei no aroma da pele quente dele.

Primeiramente, pensei que estivesse dormindo mas ele murmura o meu (falso) nome.
Gostaria de dormir assim com ele. Todos os dias.

Embora preferisse que chamasse meu nome verdadeiro.

A cama do meu quartinho era minúscula, mas ele deu um jeito de nos encaixar ali. Era tão bom.

Observava seu rosto enquanto passava minhas mãos por sua bochecha, por seu nariz, sua boca, seu queixo...

E então, ele dá um sorriso preguiçoso.

E mundo inteiro pareceu estar onde deveria estar.

Suspirei. Vou contar a ele hoje.

Hoje sem falta.

Definitivamente

Hoje.

Era sete de maio e eu estava planejando um piquenique ou algo do tipo. Mas, eu estava quase desistindo da ideia. Não era mais fácil apenas dizer?

Não. Não era. Talvez eu estivesse só adiantando isso por medo.

Jimin vai deixar você, sua imbecil. - Uma vozinha dentro da minha cabeça sussurrava.

- Bom dia. — Jimin murmura pra mim.
Reparando meu rosto preocupado, pergunta:
— Aconteceu alguma coisa?

Dou um sorriso fraco e nego. Meu sorriso vacila, então preciso dizer:

- E claro que não. Eu estou bem.

Ele acaricia meu cabelo e eu o beijo. Fecho os olhos e tento me perder em seu toque e nas
sensações.

Só que eu começo a chorar.

Ele se afasta imediatamente e limpa o meu olho:

— Ei, calma. — Beijou a ponta do meu nariz. - Rosalia, me diga o que está acontecendo.

Fiz que não. Estava nervosa e sentia que não era o momento certo.

Seco minhas lágrimas rapidamente e tento controlar a respiração.

- Estou bem. Estou bem. — Me sentei na cama e ele continuou deitado, encarando o meu rosto. Sua expressão estava pensativa.

Ele estendeu a mão para mim e eu a apertei.

— Sua família deve estar sentindo sua falta, Jimin - falei, com a voz rouca de choro. - Você pode ir visitar eles, eu não me importo.
De verdade.

— Eu posso ficar aqui com você. — Se senta ao meu lado e eu encosto minha cabeça em seu ombro. - Não tente se livrar de mim assim.
Não é tão fácil, minha dama. - Ele me envolve em seus braços e beija o topo da minha cabeça.

...

Burra, estúpida, idiota, imbecil... - repetia para mim mesma enquanto ouvia a porta do meu quarto se fechar.

Por que eu não contei para ele quando ele estava bem aqui? Qual era o meu problema?

Eu tinha que parar com esse medo bobo! Não era algo que eu poderia mentir pra sempre!
Eu não aguentaria mentir pra sempre!

𝐑𝐄𝐀𝐋𝐄𝐙𝐀 𝐎𝐂𝐔𝐋𝐓𝐀 - 𝐉𝐈𝐑𝐎𝐒𝐄 Onde histórias criam vida. Descubra agora