capítulo 39

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Eita como chegamos no penúltimo capítulo, só pra fechar nosso ano com chave de ouro. Acharam que nosso VanVan não ia aparecer? Então se deliciem com esse capítulo. Quem não entrou no grupo Vip, mas tem interesse,  me chamem lá (21)987805707 e eu adiciono. Se eu não responder de imediato, é pq a porcaria do meu celular descarregou. Boa leitura, e não esqueçam de votar, comentar e compartilhar.

《《♡》》《《♡》》《《♡》》《《♡》

Ouço o som distante do bip, e o cheiro sem graça de hospital invade minhas narinas. Abro os olhos tentando me levantar e percebo que estou sentada na maca, escorada pelo travesseiro. 

É engraçado como eu sei que estou no hospital, mas não me lembro de nada depois de ter ouvido as sirenes se aproximando. Acho que desmaiei, ou talvez seja apenas o efeito do remédio. 

— Isso deveria acontecer?— Ainda olhando para frente, ouço uma voz masculina vindo da cadeira ao lado onde fica os acompanhantes.

Aquela voz...

— Sim. Como ela não estava com dor, o doutor achou melhor diminuir a dose do sedativo — A enfermeira confere o soro e se estica para pega a prancheta da mesinha. — Vou avisar o médico,  com licença. 

Eu ainda não virei, a real é que não sei o farei se olhar em seus olhos novamente. 

Fazia tanto tempo que os pequenos detalhes de seu rosto já eram memórias turvas para mim.

Seria esse também um efeito do remédio?

Inclino meu rosto para o lado só para o pegar já me encarando, tão sem reação quanto eu. Sua aparência é de alguém que mal dormiu, talvez ele tenha dormido ali na poltrona mesmo, já que aqueles fios que sempre caiem na sua testa estão desalinhados.

Ele abre a boca para falar algo, mas acaba desistindo. Apenas fico em silêncio, o observando, sem esboçar nenhum agrado ou desagrado.

Gosto de como ele fica desesperado com o meu silêncio, é engraçado vê-lo lutar para deduzir o que estou pensando. Olho para baixo vendo a sua mala encostada na parede.

Ele veio direto do aeroporto. 

— Eu pretendia já estar em casa quando você acordasse — Evito sorrir. Seu timbre preocupado acaricia meus tímpanos e eu inspiro lentamente.

Que saudades.

Porra, que saudades.

Toco a garganta meio desconfortável pelas agulhas em meu braço, sempre odiei ser furada. Ivan levanta do seu lugar atravessando o quarto e enche o copo da água. Enquanto o enche, observo seus movimentos.

Ele está com uma camisa social branca um pouco amassada, igualmente o seu cabelo. As mangas estão dobradas, deixando os seus antebraços à mostra. Durante esse tempo parece que ele mudou, parece mais forte, engordou uns dois kilos. Em compensação sua pele branca está mais bronzeada. Ele se vira e me pega olhando, ainda em silêncio, me entrega o copo.

Me sinto fraco quando seus olhos se fixam nos meus meus, apesar do semblante neutro, posso sentir as palavras que não são ditas por ele.

Pois só a sua presença aqui já é um discurso tocante, nostálgicos e cheio de confissões. Não sabia que precisava ve-ló até fazer realmente. 

Quando o copo me é entregue, seus dedos roçam levemente no meu. O mínimo contato físico reacende as faíscas em meu coração, e por instinto fecho os olhos.

Largo o copo encima da mesinha de vidro ao meu lado sem nem tomar, Ivan apenas se aproxima até meu rosto pressionar em seu peito. Ali seus braços me envolvem e como um piscar, as lágrimas guardadas escorrem. De choque, de raiva, tristeza. 

Senhor Falconi (Ivan Furlan Falconi)Onde histórias criam vida. Descubra agora