capítulo 40

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Esse seria o último cap se o bloqueio criativo não tivesse me pego de jeito, o final não tá ficando como eu queria aaaaaaa! Respira fundo,  boa leitura.

...

Na sala indicada dou três toques na porta, adentro o local sem anunciar meu nome. Paro diante da porta, fitando a Cecília sentada na maca, tomando um suco de laranja reforçado. Ela não me notou, mas sua acompanhante sim.

Ao lado da cama, Bella Falconi ao me notar apanha o copo da mão da Celi e lança um sorrisinho para mim. De solaio, percebo a mão das duas uma encima da outra.

— Celi — Chamo. Cecília que ainda estava engolindo o gole, se engasgo ao me ouvir. 

— Ah, mulher! Assim eu vou de americanas — Pula da cama e vem até mim, os olhos úmidos.

— Saudades desse humor.

Rio, lhe beijando na testa.

— Tá sabendo que o Henrique foi diagnosticado com sociopatia? — Me puxa pelo braço até a cama. Bella aproveita para beber um pouco de água, a sigo com os olhos e depois volto a minha amiga que já percebeu o que vou perguntar. Porém, tenta desviar do assunto. 

— Fiquei sabendo — Suspiro cansada.  Como a minha vida chegou a esse estado? — Espero que ele fique preso, e seja tratado. Sabemos o quão doentio e perigoso ele pode ser.

Ivan aparece se escorando na batente da porta.

Cecília paralisa, olhando de mim a ele.

— Tudo bem, Celi. Já nos resolvemos — O fito é o vejo repuxar os lábios.  

— Peraí, mas já? Todo aquele drama para 2 minutinhos de conversa, e tá tudo bem?

Dou -lhe um tapa no braço!

— O que você queria? Que eu desse um tiro nele?

— Pelo seu drama, aparecia — Rio ofendida, mas queria que não fosse verdade. — Mas eu entendo que não era só esse problema que você estava lidando. 

A Bella volta a sentar na poltrona de acompanhante, troca um longo olhar com o primo. Quando se vira me flaga já a olhando sem expressão. 

— Oi, Bella.

Ela fica claramente desconfortável com minha falta de reação, exatamente como o Falconi fica. Crispando os lábios, responde:

— Oi, Nala.

— A quanto tempo está rolando algo entre vocês duas? — Cecília coça a nuca e lança um sorriso sem graça para a provavelmente namorada.

— Há um tempinho já. Não contei antes porque você estava meio fragilizada, aí achei melhor deixar no sigilo.

Sorrio deixando os ombros cairem, a abraço de lado e cheiro seu cabelo curto com aroma de morango.

— Sinto muito por te reprimir assim, não fazia ideia...

— Tudo bem, eu pretendia contar mesmo — Seus olhos se iluminam quando ela ri e então noto o quanto senti saudades do jeitinho caloroso da minha amiga.

Minha mente volta para meses atrás, no início do ano quando Cecília ainda morava separada de mim. Ela deixou de pagar o próprio aluguel para ser expulsa e ir morar comigo. Ri com a lembrança. Ela é assim, uma espécie de raio de sol que te mantêm pensando sempre positivo.

Sai dos meus devaneios lançando uma olhada de soslaio para Ivan que observa tudo da porta, sorrindo de braços cruzados. Mesmo cansado, ele parece bem melhor do que minutos atrás.

Senhor Falconi (Ivan Furlan Falconi)Onde histórias criam vida. Descubra agora