É difícil focar no trabalho quando Ivan Furlan Falconi está por perto. Você entenderia se o visse, pois seu olhar lhe deixa com as pernas bambas. E ele sabe disso, tem total noção do poder que exerce sobre o sexo oposto, nenhum esforço em ser discr...
Fala Ivanetes! Eu bem que tentei ficar só no romance básico, mas ação e porradaria está no meu sangue. Tá acontecendo lá a invasão dos bolsonaristas as casas dos três poderes e decidi colocar isso na fic. Quem conhece minhas fics sabe que minhas fics de política não tem partido e não cito nome de pessoas reais. Então hoje vocês irão ver um lado do Ivan meio diferente dos outros caps, eu prometo que não vai fugir do roteiro. Boa leitura!
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Meu despertador toca ao som de "Menina Mulher". Tenho paixão especial por esse música que não sei explicar. Mais um dia de luta e estresse. Com contragosto levanto, enfiando os pés nas pantufas. Vou até o banheiro, meus dedos torcem a torneira e com as mãos em concha jogo água no rosto. Olho para o relógio na escrivaninha do lado da cama, são seis e meia. Se correr dá tempo de tomar um café reforçado. Escolho um terno dessa vez, um completo, com direito a gravata. Hoje terá uma tal de palestra que estão anunciando desde o mês passado. Mas na maioria das vezes é só uma perda de tempo falando aquilo que já sabemos. Hoje chega os novos servidores públicos, nosso dever é apresentá-los o Senado Federal. Na teoria porque na prática eles serão apenas o pessoal que serve café. Apesar disso, me sinto mais leve do que ontem. Até me permito cantarolar enquanto desço a escada. — Bom dia, bela adormecida!
Cecília me recepciona com a mesa já posta, ela também está arrumada para o primeiro dia de trabalho.
— Nervosa para o primeiro dia?
— Não sabe como. Me diz que será você a me apresentar o local... — Sento à mesa, cortando uma fatia de bolo.
— Sinceramente, não sei. Vai ter palestra do outro lado, então quem deve apresentar o Senado para vocês é algum secretário já veterano.
— Você acha que é para mim esse serviço? Tipo, eu nunca servi para tantas pessoas e... — Celi, que isso? Não, esse serviço não é para você, porque você merece muito mais. Porém eu sei, que tudo o qual pegar para fazer, fará bem — Lhe ofereço um sorriso e ponho a mãos sobre a sua. — E esse bolo está magnífico.
— Eu vou morar aqui com você.
Me engasgo com o café.
— Esse bolo é pra te comprar.
Fala na maior cara de pau. Eu só não esperava por essa surpresa, apesar de isso explicar o comportamento de ontem.
— O que aconteceu com seu antigo apartamento?
— Sai porque ia ficar complicado de sair daquela distância pro novo emprego —Seu semblante cai ao dizer isso. Sei que ela está apreensiva pela minha resposta, dá para vê pelos seus dedos batendo contra a mesa sem parar.
— Tá, mas não quero você mexendo nas minhas coisas.
— Tá falando das suas fanfics secretas?— Riu.— Se elas são boas, deveria mostrar ao mundo.
