Mostre que você é Elizabeth Liones;

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Olhem só não é que milagre de natal acontece mesmo? Depois de dois anos sem nenhuma atualização e nada de bom para vocês, eu decidi aparecer e desta vez sem perturbações e desculpas.
Aqui está um capítulo delicioso para vocês com exatamente 4K de palavras, eu comecei isso às 20 da noite de ontem e terminei às 4 da manhã.
Aproveitem e Feliz Natal.
P.S: No final do capítulo terá a imagem de representação de duas cenas.


Os olhares sobre si não eram nada quando as portas de abriram. A primeira coisa que Elizabeth percebeu assim que as luzes brilhantes se dissiparam de sua visão foi os grandiosos lustres que iluminavam e refletiam as luzes do lugar.
Diversas pessoas estavam vestidas de formas elegantes, segurando taças ou conversando entre si, o cheiro de rosas alcançou seu nariz fazendo com que seus olhos percorrerem o cômodo grandioso vendo vários vasos grandes com detalhes intricados apoiados em diversos cantos das paredes.

— Encantador, não é? — A voz de Meliodas junta ao aperto em sua mão a trouxe de volta ao homem ao seu lado.

— Exagerado e extravagante. — Voltando ao normal, Elizabeth respondeu com um humor seco e venenoso.

— Não minta para mim, Elizabeth. — O loiro responde guiando a albina em meio as pessoas. — Eu vi seus olhos brilharem de admiração ao observar ao redor. A elegância da família Demon lhe impressiona.

— Assim como a arrogância destes. — A Liones rebate, seus olhos azuis ganham um ar congelante quando ela percebe para onde Meliodas a leva.

Parados perto de uma mesa com uma torre de taças com champanhe estão os pais e o irmãos de Meliodas — Zeldris.  A Sra. Demon veste um longo e elegante vestido verde musgo, seus fios dourados herdados pelo filho mais velho estão amarrados em um coque aperto e elegante, um fino diadema prateado encrustado de pedras negras está sobre sua cabeça e seguindo as paletas de cores, suas jóias completando traje, ao redor de seus ombros um lenço de seda branco os cobre. Ao lado, Zeldris veste um terno roxo —  contrário de Meliodas que nesta noite havia preferido usar um terno de tom azul escuro para que combinasse com o seu vestido — os detalhes pretos deixavam o corte deste mais elegante. Seus olhos encontraram os da Liones antes de desviar para outra direção, mas a albina tinha certeza que havia visto um traço de tristeza e desgosto em suas íris.

Suspirando internamente, Elizabeth volta seu olhar para o último membro da família Demon. Lúcifer possuí um olhar frio e orgulhoso em suas íris verdes esmeraldas, o patrono da família veste um terno de tom vermelho sangue com recortes negros de cetim, a blusa branca por baixo se destaca impressionantemente entre a paleta vermelha e preta. Suas mãos estão cobertas por luvas brancas — a direita segura um copo de vinho enquanto a outra pousa suavemente na cintura de sua esposa.

— Meliodas. — Lúcifer reconhece o filho antes de seus olhos se voltarem para Elizabeth. — Elizabeth.

— Sr. Demon. — A albina responde, o olhar congelante do mais velho fazendo com que ela endireite a coluna. — É um prazer vê – lo novamente.

— Hm... Não sei se posso dizer o mesmo. — O mais velho responde, suas íris dilatam e se desviam quando um bufo passa por seus lábios finos. — O seu desrespeito ainda continua fresco em minha memória. — Tomando um gole de sua bebida, alfineta.

— Huh... — Sem saber o que responder, a albina apenas desvia o olhar, observando a multidão pessoas.

Seus olhos azuis captam diversas pessoas, mas entre elas duas se destacam. Jenna e Zaneri ao canto com algumas mulheres. Três delas olham para albina antes de voltarem a conversar com as irmãs, Jenna simples revira seus olhos verdes e decide sair do grupo de fofoca em alguma direção desaparecendo entre a multidão de pessoas, enquanto Zaneri fica entre as mulheres, seus olhos de um tonalidade verde mais pálida olham frios para Elizabeth quando ela balança a cabeça concordando com algo que a mulher ao seu lado fala.

— Eu não entendo ela. — Elizabeth sussurra baixo voltando a prestar atenção no que a família de Meliodas fala.

— Você deveria se cuidar melhor. — A mãe de Meliodas diz apertando a gravata do primogênito e passando as mãos pelo terno para retirar os amassados. — Diferente de seu irmão você é a imagem de empresa.

— Me admira que ele não tenha manchado ela com as festas e escapadelas que ele durante os estudos. — Zeldris comenta ao lado, seus olhos negros brilhando em diversão.

— Pelo menos eu nunca obtive uma pontuação baixa enquanto estive lá. — Pegando uma taça de um garçom que passa, Meliodas rebate. Um sorriso cheio de escárnio puxa seus lábios. — Diferente de outras pessoas.

— Está dizendo que eu sou a falha da família? — Os olhos negros de Zeldris se enchem de irá quando o sorriso de Meliodas aumenta ainda mais.

— Não, disse isso. — Bebericando de sua taça, Meliodas responde. — Não coloque palavras na minha boca irmãozinho.

— Pelo menos eu não fui a desgraçada da família em questão de casamento. — O moreno alfineta sorrindo vitorioso quando um traço de irá passa pelas feições do mais velho.

Sentindo desconfortável por ser o motivo da conversa, Elizabeth desembaraça seu braço do de Meliodas e segue em direção em que viu Jenna caminhar esperando passar algum tempo com ela, já que a loira é a única pessoa que a albina conhece em todo esse lugar.

「 • • •❀• • • 」

Deixando escapar seu 20° suspiro da noite, Elizabeth desvia de dois membros da família Demon, antes de seguir em direção a mesa cheia de comidas e bebidas. Ela ainda não encontrou Jenna e não tem nenhuma intenção de voltar para o círculo de família de Meliodas, onde ela tem certeza que os irmãos ainda discutem. Em suas passagens ela viu o brilho verde do vestido da Sra. Demon o que a leva acreditar que ela deixou seu marido com os filhos.

— Aquele é o último lugar ao qual eu gostaria de ficar. — Sussurra para si mesma caminhando até a mesa. — Dois que parecem ser crianças e um cara que é tão arrogante que consegue ser enjoativo. — Abaixando a cabeça para não ser pega por uma bandeja de prata, Elizabeth não ver alguém vir em direção a si.

— Oh, desculpe. — A voz gentil e calma de uma mulher chega aos seus ouvidos.
Virando em direção a voz, Elizabeth se prepara para negar o pedido de desculpas e dizer que o erro foi seu quando seus olhos pousam na pessoa com que se esbarrou.

— Gelda. — Seus olhos percorrem a mulher loira. Diferente de si, que usa um vestido azul marinho com detalhes de diamantes junto do colar de cristal, Gelda veste um vestido de tom creme o que deixa sua pele pálida viva e faz com que o colar de rubis em seu pescoço se destaque; assim como a mãe de Meliodas, a jovem usa um lenço de seda em volta de seus ombros.

— Elizabeth. — Gelda aperta o tecido branco ao seu redor, seus lábios rubros se apertam ao mesmo tempo que seus olhos vermelhos desviam para o lado.

— ..... — Não dizendo nada a albina também desvia o olhar e decide seguir em uma direção diferente daquela que planejava.

— Lizbeth. — O apelido lhe alcança ao mesmo tempo em que uma não segura seu pulso.

— Elizabeth. — A albina sussurra abaixando a cabeça antes de voltar a olhar para Gelda. — Você perdeu o direito de me chamar assim quando decidiu me trair. — Seus olhos azuis frios se fixam na ex- amiga antes de soltar seu pulso de seus dedos finos. — Não quero e nem desejo causar uma cena aqui, então eu partirei primeiro. Espero que seja feliz com ele. — Deixando a loira para atrás, a Liones caminha em direção as grandes portas duplas no canto esquerdo da sala.

— Elizabeth... — Gelda murmurar baixo levando as mãos ao peito.

Mordendo o lábio inferior, Elizabeth desvia do máximo de pessoas a sua frente, o salão grande e cheio parece abafado e pequeno pra si mesma

— Com licença. — Pede a um grupo de senhoras a sua frente.

— Claro. — Uma delas diz antes de seus olhos pousarem jovem Liones. — Ora, não é você a mulher com que Meliodas se casou?
— A mesma se aproxima, seu rosto ficando a centímetros do seu.

“Respire e sorria Elizabeth.” — A albina diz a sua mesma, antes de sorri educadamente.

— Sim. — Responde vendo o grupo trocar olhares entre si.

— Me diga, querida. — Outra delas fala. — O que foi que você ofereceu a ele para que ficasse com alguém como você?

— Oferecer? — As sombrancelhas da prateada se juntam. — Espere, alguém como eu?

— Oras, é claro. — Outra concorda balançando sua mão em descaso. — Uma caipira como você não teria nada a oferecer a ele.

— Devo dizer que fico até mesmo contente que o Zeldris tenha aberto seus olhos e visto a perda de tempo que você era. — A primeira volta a comentar.

— Sim. — A segunda concorda rindo. — A nova namorada dele faz muito mais jus a ele.

— Ela até combina com ele. — A terceira completamenta.

Mordendo o interior da bochecha até sentir o sangue Elizabeth, aperta as mãos em punhos ao seu lado, sentindo as pontas das unhas arderem contra a pele.

— Se me permitem. — Com uma voz controlada, mas cheia de ira Elizabeth, encontra o olhar das três. — Que se arrepende de ter conhecido o Zeldris, sou eu. Ele foi a maior perda de tempo da minha vida, eu me pergunto como pude dedicar anos da minha vida em alguém tão sem desejos e obsessão como ele. Às vezes me pergunto se ele é realmente um Demon, ou se ele é como vocês senhoras. — Seu olhar sério e inabalável de fixam nelas. — De cérebro pequeno e tão dependentes de homens como ele. — Erguendo a mandíbula, a albina passa pelas mulheres atordoadas pela sua resposta altiva e desavergonhada.

Um pequeno sorriso puxa seus lábios quando ela dá as costas para elas para que depois um grito assustado passe pelos mesmos ao sentir uma mão puxar seu cabelo.

— Ora sua. — A primeira mulher de antes diz puxando seu cabelo e fazendo com que a Liones se vire para ela. — Vejo que além de caipira, você também é desbocada.

— Me solte! — Segurando as mãos da mais velha, Elizabeth crava suas unhas na pele enrugada. — Está me machucando!

— Deveria ter pensado nisso antes de abrir a boca. — A segunda senhora diz.

— Por que? Só porque eu disse a verdade? — A  albina responde arranhando a mão da que segura seu cabelo.

— O que está havendo aqui? — A voz de Lúcifer chega até os ouvidos de Elizabeth, fazendo com que a Liones olhe ao redor, a pequena discussão dela com as senhoras fez com que todos os membros da clã Demon parasse o que estivesse fazendo e olhasse para o tumulto.

— Lúcifer. — Um sorriso doce e beatifico puxa os lábios da senhora. — Nós estávamos conversando com sua nora.

— Conversando? — O moreno pergunta, uma sombrancelha se erguendo ao ver a albina sendo segurada pelo cabelo.

— Oh, isso? — A mais velha solta o cabelo da prateada, sorrindo inocente. — Minha pulseira se prendeu no cabelo dela. — Ela responde vendo a Elizabeth tropeçar e cair no chão do salão.

— Você nem está usando pulseira. — Meliodas surge entre a multidão rebatendo ela.

— Meliodas. — Lúcifer repreende seu primogênito.

— Desculpe pai. — O loiro abaixa a cabeça desviando seu olhar para Elizabeth. — Aqui. — Oferece a mão para que ela se apoie.

— Não precisa. — Elizabeth resmunga se apoiando nas mãos e se erguendo. — Já fui humilhada o bastante por agora. — Responde saindo da cena, algumas mechas de cabelo caem sobre seu rosto escondendo sua expressão das pessoas ao seu redor enquanto ela sai do local.

— Lúcifer, você deveria dizer ao seu filho como controlar a esposa dele. — Uma das mulheres de antes comenta com o moreno que ergue as mãos pra apaguizar a mesma.

— Tenho certeza que Meliodas está fazendo seu melhor para que a sua esposa saiba o que fazer. — Lúcifer responde. — Mas não vamos no exaltar, estamos aqui para nós reunir, não para causar intrigas. — O mesmo sorri antes de mandar um olhar pra o filho.

Casados ao AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora