Vadia, Prostituta e Puta!

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Ódio.
Esse é o sentimento que o casal pode sentir emanando da aura que rodeia o patriarca Liones. Elizabeth aperta a mão do loiro em busca de conforto, seus lábios estão secos e ela reconhece o olhar que seu pai carrega sua face, pela primeira vez ela se importa com o que irá ocorrer com o Demon ao seu lado.

"Maldito padre!" Meliodas pragueja mentalmente se não fosse pela sua mãe e por toda a dignidade que ainda lhe resta ele mesmo daria sumiço no padre. "Esse homem só quer ferrar com minha só pode."

- Bartra. - Meliodas começa olhando para o grisalho. - Senhor Liones. - Reformula quando seu olhar se encontra com o olhar frio dele. - Não podemos discutir isso dentro de casa? - Indicou a construção atrás dele.

- Não. - Disse frio. - Você não irá entrar em minha casa de maneira alguma.

- O QUÊ? - As orbes verdes abrem em espanto. - Mas minhas coisas estão lá dentro.

- Não se preocupe, farei um bom investimento nelas! - Verônica grita da soleira o sorriso de escárnio puxando seus lábios.

- Papai deixe que nos expliquemos. - Sem levantar o olhar Elizabeth diz baixo.

- Não há nada para se explicar Elizabeth. - O olhar decepcionado de seu pai faz com que a albina sinta um grande peso em suas costas. - Pensei que fosse uma pessoa mais prudente de seus atos e não fizesse nada sem pensar.

- Ela estava bêbada, não podia raciocinar seus atos naquela noite. - Meliodas devolve o aperto dela. - Se for para o senhor culpar alguém, que culpe a mim. Tive grande parte dessa situação. - Se põe à frente dela.

Surpresa Elizabeth olha para o loiro, ele estava defendendo ela mesmo sabendo que ela havia começado toda a situação que os levaram a se casar mas mesmo assim ele a estava protegendo e levando toda a culpa para cima de si. Erguendo o olhar Elizabeth vê os olhos de seu pai se mover indicando que está pensando sobre toda a situação.

- O.K.
- Seu pai suspira. - Elizabeth entre dentro de casa e você saia das minhas vistas e nunca mais chegue perto dela.

- Desculpa papai. - A prateada coloca suas mãos sobre o ombro do loiro apertando de leve. - Não vou ficar com você e nem longe de Meliodas.

- Não me diga que se apaixonou por esse mesquinho. - Meliodas contorce a face com o apelido.

- Não, não me apaixonei pelo Riquinho 2.0, eu só não posso deixá-lo sozinho. - Mordeu o lábio.

- Então não é minha filha, nenhum membro da família Liones se sucumbiria a um ser como ele. - Bartra aponta para o loiro. - O que foi que ele fez com você? Lhe seduziu? Deu drogas para você?

- Não, ele não fez nada disso comigo. - Exasperada de onde essa situação poderia ir, a Liones/Demon estão detrás do loiro. - Ele só....

- HA! - Bartra aponta o dedo acusador para ela. - É isso, ele se tornou uma das prostitutas dele, não foi?

Ofêgos altos são ouvidos atrás dele, sentindo as lágrimas queimarem em seus olhos Elizabeth leva as mãos aos lábios surpresa com o quão baixo seu pai havia ido.

- É isso, não é Elizabeth? - Ergueu o papel. - É por isso que está casada com ele? Porque é uma das prostitutas dele e para dar o golpe da barriga nele o embebedou mas o plano foi pela culatra.

- Bartra!/Papai! - As mulheres atrás dele exclamam.

- Isso mesmo! - O grisalho rir. - Você é uma vadia mesmo Elizabeth, se bem me lembro você namorava o irmão dele. Então quando viu que ele não daria lucro foi atrás do irmão mais velho dele em busca de privilégios. Puta é iss-!!! - Bartra dá dois passos para trás ao sentir o choque do punho em sua bochecha. - Seu moleque.

- Até entendo que queira me desmerecer ou até mesmo me repudiar! - Meliodas vocifera irritado. - Mas rebaixar sua filha a uma das escórias da humanidade isso já é demais!

Elizabeth olha para o loiro, as pupilas verdes estão escuras, o corpo do menor está tremendo levemente mas os punhos dele que a chamam atenção, as unhas curtas fincam na pele bronzeada tirando sangue das mesmas.

- Quem você pensa que é? - O Liones cospe o sangue do corte interno de sua bochecha.

- Alguém que dá mais valor a sua filha do que você mesmo. - A voz do loiro sai baixa, mansa mas ainda sim fria.

- Bartra, chega! - Caroline para a frente do marido colocando a mão em seu peito. - Melhor parar antes que algo pior aconteça.

- Algo pior? Eu irei matar esse merdinha, Caroline! - Olha para a esposa. - Você viu o que ele fez com nossa filha?

- Bartra foi um erro deles, isso acontece. - Suspirou tentando acalmar ele. - Eles são jovens.

- Agora vai defender eles? De que lado você está Caroline? - Bartra olha para ela.

- De nenhum. - Respondeu. - Só estou tentando mostrá-lo o lado deles.

- Meliodas. - Margareth põe sua mão no ombro do menor. - Leve Elizabeth para longe daqui, depois mandaremos suas coisas.

- Certo. - O Demon respira fundo dando um último olhar irado para Bartra e para Verônica atrás dele. - Vamos Elizabeth, estaremos no hotel da cidade.

- Tudo bem, mandarei tudo para lá. - A primogênita concorda.

- Dois dias. - Meliodas entra no carro dando o aviso que ela pega.

Fazendo a manobra o loiro deixa a fazenda e a família Liones para trás, Elizabeth ao seu lado morde o lábio para que não tremam, mas as lágrimas quentes rolam pelo seu rosto deixando um rastro molhado.

- Eu não sei mais o que me quebrou. - Elizabeth decide falar assim que chegam à cidade. - Ele não deixar que eu explicasse a situação ou ele me chamar de vadia. - Engasgou com os soluços.

- Elizabeth me desculpe, isso é tudo minha culpa. - Meliodas aperta os dedos no volante os nós ficando brancos. - Não deveria ter feito essa aposta e muito menos estado lá assim, não estaríamos nessa situação.

- Não, você é uma das vítimas. - A albina rir com amargura vendo a paisagem passar. - Mas fico feliz que tenha sido você, eu poderia estar em uma enrascada maior e bem pior. Talvez nem mesmo viva.

- Estamos na merda não é? - Parou o carro em uma das vagas do estacionamento do hotel.

- Sim. - Sorriu pequeno. - Vamos, vamos entrar quero sair dessa cidade o mais rápido possível. Espero que os dois dias não sejam tão longos.

Casados ao AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora