capítulo 64

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Ayla Martin 📸

Gabriel trouxe a cadeirinha da Layla, o que facilitou nosso trajeto. Como hoje eu estou de folga, e ele não está mais jogando. Ele disse para arrumar algumas roupas minhas e da Layla porque iriamos para um lugar.

Perguntei pra onde estávamos indo, mas ele não disse nada. O caminho inteiro foi um clima diferente. Layla dormia lá atrás como senão houvesse o amanhã.

Encostei minha cabeça no vidro e aos poucos fui fechando os outros e quando dei fé. Dormi.

Gabigol: Ei... Chegamos... - Abri meus olhos com dificuldade e olhei ao redor vendo o carro estacionado dentro de uma garagem. Gabriel está com a Layla no colo do lado de fora. Tirei o cinto e sair do carro.

Ayla: Onde estamos?

Peguei nossas coisas.

Gabigol: Angra.

Ayla: Que?

Gabigol: Minha mãe pediu para que eu vesse a casa daqui para passar o natal. - Segui ele. Logo estávamos dentro da casa enorme.

Ayla: É linda...

Gabigol: É... A vista nem ser fala. Vem, vamos colocar a Layla no quarto e vou te apresentar a casa.

(...)

Depois do tour da casa, fui tomar um banho com a Layla que acordou. Logo descemos e fomos para a cozinha fazer para comer.

Layla: Agora, vamos colocar isso?

Ayla: Sim, vem. - Coloquei ela no balcão. - Colocar.

Ela pegou a xícara de leite colocando na bacia enquanto eu mexia a massa do bolo.

Layla: Pai! - Ela sorriu toda animada. - Olha, estamos fazendo sua sobremesa favorita.

Olhei para porta vendo o Gabriel entrar na cozinha só de bermuda.

Gabigol: Sério, Lalá? - Ele chegou perto de nós. - E o que tem no forno?

Layla: Torta de frango.

Gabigol: Hum... Você que fez?

Layla: Não, mas estou ajudando a mamãe!

Gabriel ficou ali pela cozinha com nós. Comemos na mesa e logo Layla quis ir assistir filme. Ficamos ali pela sala com ela que logo dormiu de novo.

Gabigol: Podemos conversar agora...?

Concordei em silêncio. Ele se levantou com cuidado e logo eu segui seus passos. Formos para o de fora, onde fica a vista que o Gabriel tanto falava. A vista do mar. Me apoei no parapeito de madeira.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

Gabigol: Como foi os shows com o Lennon?

Ayla: Normal... Consegui testar várias técnicas diferentes.

Gabigol: Deu bom?

Ayla: Sim... - Joguei meu cabelo para trás. Senti meu coração acelerar.

Gabigol: Quando começou a fazer o tratamento?

Ayla: Depois do nosso encontro lá em casa... Quando eu percebi que sim... Eu realmente quero viver ao seu lado.

Gabigol: Pô, Ayla... Você mal deveria fazer isso!

Ayla: Mas você quer se pai!

Gabigol: E você quer ser mãe?! - Eu desviei olhar pro mar. - Você deveria ter vindo até mim e falando. Me contando!

Ayla: E deixa você como está?! Sabendo que não vai poder ser pai, se estiver comigo?

Gabigol: Ayla. - Ele passou a mão no cabelo - Eu não sou moleque. Não sei o que já te disseram no passado, ou o que tu passou quando descobriu sobre a doença. Mas eu não sou tão idiota de ter deixar por causa disso!

Ayla: Mas...

Gabigol: Eu te amo e tu já deve está cansada de saber disso, tá ligado? Eu não iria virar as costas e dizer que não iria querer mais nada contigo. Até porque não sou louco a esse ponto. Óbvio que foi uma surpresa pra mim naquele momento. Até porque nunca passou isso na pela minha cabeça, você dizia tão com certeza que iríamos logo logo ter um filho.

Ayla: Mas vamos... Só... - Respirei fundo. - Gabriel, não vai ser fácil.

Gabigol: Eu sei. Eu fui atrás disso, falei com a Camila e ela me explicou. Fui atrás de um especialista nessa parada e pá. Sei que não fácil, é um bagulho muito complicado. Mas não impossível.

Ayla: É...

Gabigol: Podemos ver isso... - Encarei ele. - Se tu querer é claro. Podemos tentar...

Ayla: Tá falando sério?

Gabigol: Tô, Ayla.

Ayla: Gabriel... Não vai ser de um dia pro outro!

Gabigol: Mas não vai acontecer ser corremos atrás... Por que eu quero isso! Quero ter uma família contigo!

Ayla: Você tem certeza que quer isso? Você ainda pode vazar e achar uma que... - Ela me puxou pela nuca e tampou minha boca.

Gabigol: Não terminar! Não ouse! - Tentei sorri e ele soltou um riso. - Se for menino tem que ser chamar Jube Bellingnham.

Empurrei ele.

Ayla: Vai a merda! - Ele riu me puxando pelo o braço.

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Bom dia 🌼

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