EPISÓDIO 6

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[ LISA MANOBAL ]

Após ter pegado a minha mochila eu comecei a andar no corredor junto com as meninas.

Meu peito começou a se apertar, um vazio surgiu em mim, algo do nada que me fez ficar intrigada. Me mantive com a minha postura para não preocupar as meninas, porém, aquele aperto, o sufoco foi algo tão do nada que eu estou me sentindo louca por ter sentido assim.
Até que lembro da minha mãe,
Eu me lembrei que quando brigava com a minha mãe sempre acontecia isso, pois a minha coincidência ficava pesada, era inevitável nossas brigas, nossas discussões. Eu sei, eu sei que sou mimada e tal, mas as vezes, estar rodeado de pessoas, amigos, familiares, alguém não pode se sentir bem no meio disso tudo. Eu era essa pessoa. Mas eu não queria demonstrar, quero curtir a noite, deixar meus pensamentos flutuarem na festa de hoje a noite. Vou fazer o possível para não pensar nas brigas da minha mãe.
Por mais que as vezes seu rosto sempre apareça no meu pensamento. Preciso ser forte pra lutar com isso.

Eu e as meninas saímos da escola, se despedimos de algumas pessoas que passaram por nós, e continuamos nosso caminho. Até que vejo J-hope, parecia que estava esperando por alguém.
Ok, foda-se. Não ligo para o que o nerd esteja pensando ou com quem iria se encontrar.

Me despeço das meninas e vou até o carro onde meu motorista estava me esperando.
Ele abriu a porta do carro para que eu entre, eu entrei e então seguimos o caminho.

No meio do caminho fiquei em silêncio pela a primeira vez, pois não havia brigado com o meu motorista, claro, eu não o que brigar, pois ele chegou na hora exata, eu já estou exagerado, eu sei.
Mas o meu silêncio foi por mais da minha vida que estava sendo ocorrida demais, fiquei quieta naquele banco daquele quarto, em silêncio, apenas fecho os olhos ao sentir o vento frio e ao mesmo tempo tão maravilhoso bater no meu rosto. Queria mudar com as pessoas, pois sei que se eu continuar assim iria terminar sozinha.

Ah, Lisa, para de pensar nisso!

Abri os olhos, e vejo toda a cidade movimentada, pois, as pessoas já estavam saindo dos seus trabalhos para a casa. Passamos pela a avenida toda de Seul , vejo as luzes dos postes. Como o carro estava rápido o vento começou a ficar forte, suspirei fundo.

Alguns minutos depois eu chego em casa, espero o motorista abrir a porta do carro para eu sair. Ele fez o que ele tinha que fazer. E então eu saio do carro.
Meus seguranças ao me verem se curvaram para mim, e logo entrei na mansão.

Assim que entrei em casa,
Vejo meu pai com as mãos na cabeça, parecia aflito com algo. Me lembrei mais uma vez da minha mãe, e logo meu aperto se transformou a uma dor, tentei me controlar colocando a mão no peito e caminhando até o mesmo.
Meu pai estava com alguém no telefone, ele estava nervoso eu estava sentindo tudo isso. Eu odiava ver meu pai daquele jeito, nervoso, abatido, eu comecei a ficar nervosa também, pois queria saber o que estava acontecendo e isso aumentava mais o aperto no meu peito.
Meu pai sentiu minha presença e se virou lentamente para mim, seus olhos se encontraram com o dos meus.

[ Marco ]- Filha? O que está fazendo aqui nesse horário? { ele perguntou ainda com o seu celular no seu ouvido direito }

[ Lisa ]- Teve aula vaga, e por isso viemos cedo. { eu digo, com a mão no peito ainda } Pai, o que aconteceu? É alguma coisa com a mamãe? { perguntei tirando a mão no peito e olhando para ele, eu estava ficando mais aflita do que ele, e o mesmo logo percebeu isso }

[ Marco ]- Filha, calma. { ele disse vindo até mim jogando o celular em cima do sofá para segurar na minha mão } É um assunto delicado, e não, não é sobre sua mãe. { ele disse e aquilo parecia ser a melhor coisa que o pai disse em toda a sua vida, por mais que brigasse com ela, eu sempre a amei muito, e agora uma pergunta, quem nunca brigou com a mãe? }

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