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Vamos começar a Bagaceira kklkk
vou fazer uma mini Maratona se tiver a interação de vocês!
Beijos Gatas🌸


Eu sabia que deveria ter ficado sem graça quando fui acordada na manhã seguinte por Sol , estando no sofá, completamente nua, tendo Clara  no mesmo estado, abraçada ao meu corpo, nós duas cobertas apenas pela colcha grossa que tinha trazido no dia anterior. Mas Sol  já parecia estar tão constrangida com aquela situação, que me esforcei para não piorar as coisas.

-Dra. Weinberg, já são sete e quinze – ela informou num sussurro, tomando cuidado para não acordar Clara . – Seu turno não começa em quarenta e cinco minutos?

Quase levantei de súbito, com o susto por estar atrasada, coisa que não acontecia há muito tempo. E só me contive porque se eu levantasse agora, a situação ali ficaria ainda mais constrangedora.

-Ah... Eu..., -Sol  gaguejou, lançando um olhar para as minhas roupas no chão, ao lado das de Clara , e pareceu travar uma batalha para decidir se as pegava para me entregar ou não. Mas ela optou por sair da sala. – Eu vou... Na cozinha. Agradeci num murmúrio e me apressei a me vestir quando fiquei sozinha com Clara , deixando-a ali dormindo enquanto subia as escadas correndo para tomar um banho. Vesti a primeira roupa que encontrei e voltei para o andar de baixo, encontrando Normani parada ao pé da escada com uma caneca térmica estendida numa mão, e minha maleta na outra.

-Obrigada, Sol . Você é um anjo – agradeci, agindo sem pensar ao me aproximar e beijar seu rosto, me afastando em seguida. Apesar de nunca ter feito nada daquilo com Sol , apenas pareceu a coisa certa a se fazer. Ela estava mesmo fazendo muito por mim nos últimos dias. – Não acorde Clara , está bem? Deixe-a descansar um pouco. Quando ela acordar, diga que eu ligo no meu intervalo.

-Okay, Dra. Weinberg – Sol  murmurou, ainda parecendo surpresa com a minha súbita demonstração de afeto.

Despedi-me rapidamente e saí quase correndo para a garagem, conseguindo chegar exatamente às oito no hospital.

A semana seguinte passou tão rápido que era quase como se apenas um dia tivesse passado. E eu queria mais que tudo que fosse diferente. Queria que aquela semana passasse como se tivesse durado um ano ou mais. Porque aquela seria a última semana de Clara  em minha casa.
Ela agora dormia no meu quarto, me desejando um bom dia quando eu saía para trabalhar e sempre me esperando com um sorriso e um beijo quando eu chegava ao final do dia. E era com ela que eu passava meu intervalo conversando pelo telefone, seja na minha sala ou andando pelo jardim do hospital enquanto comia um sanduíche. À Noite, quando eu chegava do trabalho, jantávamos juntas e íamos assistir a algum filme ou simplesmente íamos direto para o quarto, onde ficávamos longas horas conversando, até que a conversa morria e o desejo assumia o lugar.

Apesar de, no fundo, saber que estava fazendo tudo errado, eu não conseguia agir de outra forma. Sabia que deveria estar usando aqueles últimos dias para me acostumar com a ideia de que Clara  iria embora ao final de semana. Mas tudo que conseguia fazer era aproveitar cada segundo, sem sequer pensar no dia seguinte.

Mais uma vez chegou a sexta feira, e eu cheguei em casa tão cansada naquela noite, por ter dobrado o turno, que consegui apenas comer algo antes de cair na cama, exausta, tendo Clara  ao meu lado, fazendo carinho nos meus cabelos.

Havíamos combinado de sair no sábado. Eu finalmente a levaria para conhecer a cidade e, dependendo da sua vontade, também a levaria até uma praia ali perto,

-Não consigo me decidir sobre a blusa, Bárbara
-Clara  falou, entrando no meu closet enquanto eu terminava de me vestir, segurando duas blusas nas mãos, parecendo bastante indecisa. Apesar de já ter visto seu corpo nu várias vezes, eu ainda ficava um tanto aérea quando ela aparecia assim de surpresa, mesmo que apenas uma parte do seu corpo estivesse exposto. Mas o fato é que aquele sutiã ficava realmente bem em contraste com a sua pele. – Qual você acha melhor? – ela perguntou, exibindo as blusas à minha frente.

Sweet sin (Doce Pecado) - Clarena Onde histórias criam vida. Descubra agora